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Cineasta palestino é quase barrado nos EUA indo para o Oscar

O documentarista Michael Moore, membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede o Oscar, disse pelo Twitter que interveio para ajudar o colega

O cineasta palestino Emad Burnat (REUTERS/Mohamad Torokman)

O cineasta palestino Emad Burnat (REUTERS/Mohamad Torokman)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 20h35.

Los Angeles - Um cineasta palestino que concorre ao Oscar disse nesta quarta-feira que foi barrado temporariamente no Aeroporto Internacional de Los Angeles e ameaçado de deportação.

Emad Burnat, que concorre ao prêmio de melhor documentário longa-metragem por "5 Broken Cameras", disse que os agentes migratórios o retiraram da fila do controle de passaportes, junto com sua esposa e seu filho de oito anos na terça-feira à noite, quando a família desembarcava procedente da Turquia.

"Os funcionários da imigração pediram uma prova de que eu havia sido indicado a um prêmio da Academia ... e me disseram que se eu não conseguisse provar a razão da minha visita minha mulher, Soraya, meu filho Gibreel e eu seríamos mandados de volta para a Turquia no mesmo dia", relatou Burnat em nota.

O documentarista Michael Moore, membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede o Oscar, disse pelo Twitter que interveio para ajudar o colega.

"Embora ele tenha apresentado o convite que indicados ao Oscar recebem, isso não estava suficientemente bom e ele foi ameaçado de ser devolvido à Palestina. Aparentemente os agentes de Imigração e Alfândega não podiam conceber que um palestino fosse indicado ao Oscar." Moore disse que recebeu uma mensagem de Emad pedindo ajuda, e que então acionou funcionários da academia, que ligaram para advogados.

Burnat disse que ele e sua família passaram cerca de uma hora detidos. Autoridades dos Estados Unidos não comentaram o incidente, citando leis relativas à privacidade.

"Viajantes podem ser encaminhados para inspeções adicionais por uma variedade de razões, o que inclui verificação de identidade, motivo da viagem e confirmação da admissibilidade", disse em nota o departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras. "Os Estados Unidos foram e continuam sendo uma nação acolhedora."

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