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Chef Mario Batali vende restaurantes após acusações de assédio sexual

Medida incluiu também o fim da sociedade Batali & Bastianich Hospitality Group e a criação de uma nova empresa pelos ex-sócios

Chef italiano Mario Batali: com a venda, a nova empresa operará 16 restaurantes sob uma nova estrutura financeira (Gerardo Mora/Getty Images)
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EFE

Publicado em 7 de março de 2019 às 17h01.

Última atualização em 7 de março de 2019 às 17h02.

Nova York - O famoso chef americano Mario Batali vendeu a sua participação em todos restaurantes que tinha aos irmãos Tanya e Joe Bastianich, seus parceiros comerciais nas duas últimas décadas, um ano depois de várias mulheres o acusassem de assédio sexual e estupro, informou a imprensa nesta quarta-feira.

"Cheguei a um acordo com o Joe e já não terei mais participação nos restaurantes que construímos juntos. Desejo o melhor para eles", indicou Batali, de 58 anos, de acordo com o jornal "New York Times".

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A medida incluiu também o fim da sociedade Batali & Bastianich Hospitality Group e a criação de uma nova empresa pelos ex-sócios, que ainda não tem nome e que terá as operações diárias coordenadas por Tanya Bastianich Manuali, segundo o jornal.

Com a venda, a nova empresa operará 16 restaurantes sob uma nova estrutura financeira. Tanya Bastianich Manuali administrava até agora os restaurantes da mãe, Lidia, uma autoridade na cozinha italiana, com quem escreveu sete livros, e produziu uma série de TV.

Batali também tenta vender as suas ações na loja da rede Eataly no Chelsea, em Nova York, onde os produtos com o seu nome já não são mais vendidos, de acordo com o "Times".

Em dezembro do 2017, Batali anunciou que se afastaria dos seus mais de 20 restaurantes e que deixaria de participar do programa "The Chew", da rede "ABC", depois que quatro mulheres o acusaram de conduta sexual inadequada.

Em maio do ano passado, o jornal publicou que outra mulher também tinha formalizado acusações de que em 2004 o chef tentou abusar dela em um dos seus restaurantes em Manhattan. Segundo o relato, ela esteve bebendo no bar e foi ao banheiro. Depois se lembra apenas de acordar com Batali a estuprando.

Recentemente, o programa "60 Minutes", da rede "CBS", entrevistou outra mulher, que na condição de anonimato, denunciou que em 2005 Batali abusou dela em um estabelecimento de Nova York.

Em janeiro, a Polícia nova-iorquina suspendeu três investigações sobre Batali sem apresentar acusações porque não encontrava evidências suficientes sobre para prendê-lo.

Nos três casos as mulheres disseram que estavam bebendo e que não conseguiam se lembrar de todos os acontecimentos, mas a Polícia informou que poderia reabrir as investigações caso novas evidências surgissem, conforme noticiou o "Times" naquela época.

Batali e os sócios chegaram a ter dezenas de restaurantes e outros negócios no ramo alimentício nos Estados Unidos, na Itália, em Singapura e em Hong Kong. Desde que o início do escândalo, Joe Bastianich insistiu que não sabia da conduta sexual inadequada de sócio. EFE

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