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Câmera ajudará a compreender acidente de Schumacher

O filho de Schumacher e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores, diz fonte


	Michael Schumacher durante descida de esqui: segundo autoridades, o capacete de Schumacher se partiu em dois por causa do impacto de sua cabeça contra uma pedra
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Michael Schumacher durante descida de esqui: segundo autoridades, o capacete de Schumacher se partiu em dois por causa do impacto de sua cabeça contra uma pedra (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 20h24.

Uma câmera fixada no capacete que Michael Schumacher usada no momento de seu acidente de esqui está com os investigadores franceses encarregados do caso - informou nesta sexta-feira à AFP uma fonte ligada à polícia.

O filho do sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1 - que completou 45 anos hoje - e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores, segundo a mesma fonte.

A câmera deve ajudar a esclarecer as circunstâncias do acidente, que ocorreu no último domingo em Méribel, nos Alpes Franceses. O piloto está internado em coma num hospital da cidade de Grenoble.

A existência da câmera foi revelada pelo jornal local Dauphiné Libéré. A data da entrega aos investigadores não foi divulgada.

Segundo as autoridades, o capacete de Schumacher se partiu em dois por causa do impacto de sua cabeça contra uma pedra. No momento do acidente, ele corria numa área fora da pista e estava em alta velocidade.

Esta versão é contestada por Sabine Kehm, porta-voz do piloto. Questionada pela AFP sobre as novas informações, Kehm disse apenas que não faria comentários.

Nenhuma nova informação sobre o estado de saúde de Schumacher foi divulgada nesta sexta-feira. Até o momento, a situação é "estável", mas sempre "crítica".

Nesta sexta-feira, dezenas de fãs da escuderia italiana Ferrari foram ao Centro Hospitalar Universitário, em Grenoble, mostrar apoio ao ídolo.

"Schumi fez muito por nós. A única coisa que nós poderíamos fazer neste momento era vir aqui e dar apoio a ele a sua família no dia de seu aniversário", disse á AFP Stefano Pini, 47 anos.


Menos fãs do que jornalistas

A Ferrari anunciou na quinta-feira que colocaria à disposição dos fãs italianos "cerca de 20 ônibus" para transportá-los até Grenoble. Dois chegaram à cidade francesa nesta sexta-feira, trazendo cerca de 100 pessoas, um número inferior ao de jornalistas que cobrem o caso.

"Ele é um dos meus maiores ídolos, sempre acompanhei seus passos. Espero que ele saia dessa", disse Gabriel Klos, 36 anos, que foi à França acompanhado do filho Logan, 12 anos.

A manifestação de apoio ficou caótica em alguns momentos do dia, especialmente quando fãs e jornalistas se espremiam numa das entradas do hospital, impedindo a passagem de médicos e pacientes.

Entre os 130 fã-clubes da Ferrari espalhados pela Europa, a manifestação de apoio não foi unanimidade.

O presidente do clube Ferrari Roma-Colosseo, Roberto Luongo, se recusou a comparecer ao local "em consideração a um homem que está sofrendo". "É delicado, e se eu fosse da família de Schumacher, estaria decepcionado com tal iniciativa".

O ex-piloto de F1 Philippe Streiff, tetraplégico após um acidente durante um treino no Rio de Janeiro, também foi ao hospital falar com a esposa de Michael Schumacher.

"Espero que ele consiga se comunicar, que ele não fique com sequelas como eu fiquei", disse Streiff aos repórteres.

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