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Caco Ciocler leva ao teatro 'A Construção', de Kafka

Quem conduz Ciocler na nova criação é o diretor Roberto Alvim. Ambos já haviam trabalhado juntos em "45 Minutos", montagem do ano passado

Na peça, escrita por Marcelo Pedreira, mostrava-se um ator em crise com o próprio ofício (Guga Melgar/Contigo)

Na peça, escrita por Marcelo Pedreira, mostrava-se um ator em crise com o próprio ofício (Guga Melgar/Contigo)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 09h54.

São Paulo - "Você já leu 'A Construção'? Então, leia." Foi essa sentença que Caco Ciocler ouviu durante uma sessão de análise, anos atrás. Naquele momento, a novela de Franz Kafka surgia como resposta para um sem-número de questões pessoais. E dela, o ator conta, não seria possível livrar-se mais. "Desde que li não consegui me desgrudar. Pensei: esse é o meu discurso enquanto artista."

O espetáculo, que abre seus ensaios abertos a partir de hoje na Caixa Cultural e estreia dia 10 no Sesc Pompeia, nasce nesse contexto. Toma emprestado o texto do escritor checo para concretizar um desejo de verbalizar conflitos e perguntas muito particulares.

Quem conduz Ciocler na nova criação é o diretor Roberto Alvim. Ambos já haviam trabalhado juntos em "45 Minutos", montagem do ano passado na qual o intérprete já prenunciava certa necessidade de espelhar a própria condição no palco.

Na peça, escrita por Marcelo Pedreira, mostrava-se um ator em crise com o próprio ofício. Desgostoso com aquilo que faz, ele se dizia obrigado a estar no palco. Estava ali apenas em troca do quarto que ocupava nos fundos do teatro. Provocava o público. A situação servia de pretexto para que se expusesse um dilema na ordem do dia para o teatro: como fazer arte em um mundo sedento por entretenimento?

De certa maneira, "A Construção" leva adiante o questionamento. Reafirma a recusa em oferecer algo de "palatável" à plateia. Assim como também aprofunda a estética que estava delineada na parceria anterior entre Ciocler e o encenador: os movimentos rareiam, toda a cena está imersa na escuridão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Construção - Caixa Cultural (Praça da Sé, 111). Tel. (011) 3321-4400. 5ª a dom., 19h30. Grátis. Ensaios abertos até 5/2.

Sesc Pompeia - Teatro (Rua Clelia, 93). Tel. (011) 3871-7700. 6ª e sáb., 21 h; dom., 19 h. R$ 4/ R$ 16. Até 25/3. Estreia em 10/2.

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