Exame Logo

Brigitte Bardot: a biografia de uma mulher livre

Nas páginas de ou 'Brigitte Bardot, para encher os olhos', a autora Marie-Dominique Lelièvre, do jornal Libération, apresenta o retrato de um ícone

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 21h42.

Paris - Estrela, apesar da relutância, Brigitte Bardot construiu a legenda de uma independência selvagem, desistindo da carreira de atriz pela defesa dos animais: o "mistério Bardot" é descrito numa nova biografia elogiosa da ex-artista francesa.

Nas páginas de "Brigitte Bardot, plein la vue" (Flammarion), ou Brigitte Bardot para encher os olhos, numa tradução livre, Marie-Dominique Lelièvre, do jornal Libération, apresenta o retrato de um ícone, assumindo sua admiração "pela trajetória, a ousadia e a coragem" da mulher.

"De todos os personagens sobre os quais escrevi, Bardot é o mais complexo, mais que (o cantor Serge) Gainsbourg ou (o estilista Yves) Saint Laurent", disse à AFP Marie-Dominique Lelièvre, uma apaixonada pelos arautos da cultura francesa pop.

"Optei por não me encontrar com Brigitte Bardot porque ela exigiria uma releitura do que eu escrevesse. Pesquisei sobre as relações profissionais e de amizade que ela misturou com frequência", acrescentou Lelièvre.

"Criatura gerada pela vontade de outros", sex symbol dos anos 'Sixties' é apresentada, principalmente, como mulher livre, "rejeitando as obrigações e porta-voz de uma geração", estima a autora, passando em revista os amores de B.B. entre eles os quatro maridos sucessivos (Roger Vadim, Jacques Charrier, Gunter Sachs e o atual, Bernard d'Ormale).

Para Marie-Dominique Lelièvre, Bardot foi presa muito cedo da celebridade, "o que a fechou no vazio vertiginoso de seu próprio reflexo".


"Bardot diz e faz o que pensa, sem satisfações a dar, encerrada nela mesma (...)", acrescenta a autora que a descreve hoje como reclusa, fora do próprio tempo e da sociedade.

"Com uma carreira devoradora, ela se saiu da melhor forma possível. O ódio ao gênero humano é um antídoto. Possui todos os defeitos e todas as virtudes dos franceses (...) Com sua forma decidida, de grande dama, ela defende os animais, desafiando o ridículo. Sob sua influência, costumes e leis evoluem", destaca a autora.

Sabe-se que Brigitte Bardot sujeita-se aos impostos sobre sua fortuna, administrando seus bens com sagacidade, o que lhe permite viver confortavelmente, embora tenha doado a maior parte das posses à sua fundação para os animais.

A autora passa de leve nas condenações da ex-estrela por incitação ao ódio racial e por sua estigmatização da comunidade muçulmana, regularmente questionada pelo sacrifício de carneiros na festa do Aïd.

"Sua maneira de envelhecer, enfrentando a idade de frente, numa época que esconde a velhice, é uma marca de de coragem", destaca Marie-Dominique Lelièvre.

"Bardot é uma rainha. Pode-se abandoná-la, mas nunca destroná-la".

Veja também

Paris - Estrela, apesar da relutância, Brigitte Bardot construiu a legenda de uma independência selvagem, desistindo da carreira de atriz pela defesa dos animais: o "mistério Bardot" é descrito numa nova biografia elogiosa da ex-artista francesa.

Nas páginas de "Brigitte Bardot, plein la vue" (Flammarion), ou Brigitte Bardot para encher os olhos, numa tradução livre, Marie-Dominique Lelièvre, do jornal Libération, apresenta o retrato de um ícone, assumindo sua admiração "pela trajetória, a ousadia e a coragem" da mulher.

"De todos os personagens sobre os quais escrevi, Bardot é o mais complexo, mais que (o cantor Serge) Gainsbourg ou (o estilista Yves) Saint Laurent", disse à AFP Marie-Dominique Lelièvre, uma apaixonada pelos arautos da cultura francesa pop.

"Optei por não me encontrar com Brigitte Bardot porque ela exigiria uma releitura do que eu escrevesse. Pesquisei sobre as relações profissionais e de amizade que ela misturou com frequência", acrescentou Lelièvre.

"Criatura gerada pela vontade de outros", sex symbol dos anos 'Sixties' é apresentada, principalmente, como mulher livre, "rejeitando as obrigações e porta-voz de uma geração", estima a autora, passando em revista os amores de B.B. entre eles os quatro maridos sucessivos (Roger Vadim, Jacques Charrier, Gunter Sachs e o atual, Bernard d'Ormale).

Para Marie-Dominique Lelièvre, Bardot foi presa muito cedo da celebridade, "o que a fechou no vazio vertiginoso de seu próprio reflexo".


"Bardot diz e faz o que pensa, sem satisfações a dar, encerrada nela mesma (...)", acrescenta a autora que a descreve hoje como reclusa, fora do próprio tempo e da sociedade.

"Com uma carreira devoradora, ela se saiu da melhor forma possível. O ódio ao gênero humano é um antídoto. Possui todos os defeitos e todas as virtudes dos franceses (...) Com sua forma decidida, de grande dama, ela defende os animais, desafiando o ridículo. Sob sua influência, costumes e leis evoluem", destaca a autora.

Sabe-se que Brigitte Bardot sujeita-se aos impostos sobre sua fortuna, administrando seus bens com sagacidade, o que lhe permite viver confortavelmente, embora tenha doado a maior parte das posses à sua fundação para os animais.

A autora passa de leve nas condenações da ex-estrela por incitação ao ódio racial e por sua estigmatização da comunidade muçulmana, regularmente questionada pelo sacrifício de carneiros na festa do Aïd.

"Sua maneira de envelhecer, enfrentando a idade de frente, numa época que esconde a velhice, é uma marca de de coragem", destaca Marie-Dominique Lelièvre.

"Bardot é uma rainha. Pode-se abandoná-la, mas nunca destroná-la".

Acompanhe tudo sobre:ArteArtistasCelebridadesCinemaEntretenimentoLivros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame