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Brasil inaugura pavilhão na 13ª edição da Bienal de Veneza

Brasil inaugurou com a exposição ''Con Vivência: Lucio Costa and Marcio Kogan'', uma proposta na qual o trabalho dos arquitetos partem em busca deste terreno em comum

Veneza: cidade abriga Bienal de Arquitetura (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 20h16.

Veneza (Itália) - Brasil, Argentina, Peru e México inauguraram nesta segunda-feira seus respectivos pavilhões na 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que amanhã legitima ainda mais a presença latino-americana no evento com a abertura dos espaços do Uruguai, Venezuela e Chile.

No primeiro dos dois dias das apresentações restritas aos arquitetos , especialistas do setor e imprensa, esses quatro países apresentaram diversas propostas, mas todas tentando se encaixar no lema da Bienal deste ano, o ''Terreno comum'' (''Common Ground'').

Neste aspecto, o Brasil inaugurou seu pavilhão com a exposição ''Con Vivência: Lucio Costa and Marcio Kogan'', uma proposta na qual o trabalho dos arquitetos partem em busca deste terreno em comum, mas sem deixarem de exaltar suas diferenças.

Segundo o curador da exposição, Lauro Cavalcanti, a ideia era que os dois artistas, que são de gerações diferentes, tivessem instalações próprias e conjuntas, as quais pudessem falar por elas mesmas, sem a necessidade de uma ligação prévia.

Desta forma, a montagem de Costa convida o público ao descanso com a instalação de várias redes sob um céu coberto por toldos e com violões para serem tocados, enquanto a proposta de Kogan mostra o interior de uma luxuosa casa da capital paulista através de um painel cheio de pequenos buracos.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que já participou do evento na última edição, foi encarregada de inaugurar por videoconferência o espaço de seu país, que pela primeira vez conta com um pavilhão permanente, um edifício datado em 1570.

''Hoje, dois anos após nosso bicentenário (da independência), temos pela primeira vez na história um pavilhão permanente (...) Este pavilhão não é qualquer coisa. Temos um espaço nos famosos salões da Bienal'', disse a presidente argentina.


O projeto da Argentina no evento, intitulado ''Identidade na diversidade'', destaca o veterano arquiteto Clorindo Testa como principal comissário, além da colaboração de Hernán Bisman e Enrique Cordeyro.

A intenção deste projeto, que apresenta fotografias, vídeos e histórias em quadrinhos em um espaço alongado e decorado com as cores da bandeira argentina, é mostrar a arquitetura contemporânea do país em relação ao passado e, por consequência, a diversidade encontrada nas grandes cidades.

O Peru também celebrou a inauguração de seu pavilhão na Bienal de Arquitetura, um ato que teve um simbolismo especial, já que é a primeira vez que o país conta com um espaço expositivo próprio neste evento, que abre suas portas ao público na próxima quarta-feira e se estende até o dia 25 de novembro.

A proposta peruana pretende esmiuçar a ''utopia arquitetônica andina'' em torno do chamado ''Projeto Olmos'', que pretende levar a água do Amazonas até a árida e seca costa peruana do Oceano Pacífico.

O projeto, que requer a construção de um túnel de 20 quilômetros pela cordilheira dos Andes, também representa a criação de cerca de 250 mil postos de trabalho e, inclusive, a fundação de uma nova cidade. A ideia é levar para Veneza todas as propostas que acompanham o Olmos, as quais foram elaboras em 20 anos de estudos arquitetônicos.


''Queríamos vir com muita vontade por ser nossa primeira vez sozinho, para poder expressar nossa cultura. Viemos à Europa da mesma maneira que a Europa veio até nós há muitos séculos. Trazemos uma espécie de utopia andina'', afirmou o curador da exposição, Enrique Bonilla, em entrevista à Agência Efe.

No espaço mais chamativo da Bienal Internacional de Arquitetura, a igreja de San Lorenzo - uma das mais antigas e peculiares construções religiosas de Veneza -, o México também apresentou seu projeto nesta segunda, a revitalização do próprio espaço.

O Governo mexicano e a Prefeitura de Veneza chegaram a um acordo pelo que o México se responsabilizará pelo investimento de mais de 1 milhão de euros para reinaugurar o edifício, até então fechado. A ideia é que o país latino-americano possa utilizar o local como um espaço expositivo e cultural permanente pelos próximos anos.

Segundo seus restauradores, a igreja de San Lorenzo, construída em 1592, começará a receber o público a partir de 2014.

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Veneza (Itália) - Brasil, Argentina, Peru e México inauguraram nesta segunda-feira seus respectivos pavilhões na 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que amanhã legitima ainda mais a presença latino-americana no evento com a abertura dos espaços do Uruguai, Venezuela e Chile.

No primeiro dos dois dias das apresentações restritas aos arquitetos , especialistas do setor e imprensa, esses quatro países apresentaram diversas propostas, mas todas tentando se encaixar no lema da Bienal deste ano, o ''Terreno comum'' (''Common Ground'').

Neste aspecto, o Brasil inaugurou seu pavilhão com a exposição ''Con Vivência: Lucio Costa and Marcio Kogan'', uma proposta na qual o trabalho dos arquitetos partem em busca deste terreno em comum, mas sem deixarem de exaltar suas diferenças.

Segundo o curador da exposição, Lauro Cavalcanti, a ideia era que os dois artistas, que são de gerações diferentes, tivessem instalações próprias e conjuntas, as quais pudessem falar por elas mesmas, sem a necessidade de uma ligação prévia.

Desta forma, a montagem de Costa convida o público ao descanso com a instalação de várias redes sob um céu coberto por toldos e com violões para serem tocados, enquanto a proposta de Kogan mostra o interior de uma luxuosa casa da capital paulista através de um painel cheio de pequenos buracos.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que já participou do evento na última edição, foi encarregada de inaugurar por videoconferência o espaço de seu país, que pela primeira vez conta com um pavilhão permanente, um edifício datado em 1570.

''Hoje, dois anos após nosso bicentenário (da independência), temos pela primeira vez na história um pavilhão permanente (...) Este pavilhão não é qualquer coisa. Temos um espaço nos famosos salões da Bienal'', disse a presidente argentina.


O projeto da Argentina no evento, intitulado ''Identidade na diversidade'', destaca o veterano arquiteto Clorindo Testa como principal comissário, além da colaboração de Hernán Bisman e Enrique Cordeyro.

A intenção deste projeto, que apresenta fotografias, vídeos e histórias em quadrinhos em um espaço alongado e decorado com as cores da bandeira argentina, é mostrar a arquitetura contemporânea do país em relação ao passado e, por consequência, a diversidade encontrada nas grandes cidades.

O Peru também celebrou a inauguração de seu pavilhão na Bienal de Arquitetura, um ato que teve um simbolismo especial, já que é a primeira vez que o país conta com um espaço expositivo próprio neste evento, que abre suas portas ao público na próxima quarta-feira e se estende até o dia 25 de novembro.

A proposta peruana pretende esmiuçar a ''utopia arquitetônica andina'' em torno do chamado ''Projeto Olmos'', que pretende levar a água do Amazonas até a árida e seca costa peruana do Oceano Pacífico.

O projeto, que requer a construção de um túnel de 20 quilômetros pela cordilheira dos Andes, também representa a criação de cerca de 250 mil postos de trabalho e, inclusive, a fundação de uma nova cidade. A ideia é levar para Veneza todas as propostas que acompanham o Olmos, as quais foram elaboras em 20 anos de estudos arquitetônicos.


''Queríamos vir com muita vontade por ser nossa primeira vez sozinho, para poder expressar nossa cultura. Viemos à Europa da mesma maneira que a Europa veio até nós há muitos séculos. Trazemos uma espécie de utopia andina'', afirmou o curador da exposição, Enrique Bonilla, em entrevista à Agência Efe.

No espaço mais chamativo da Bienal Internacional de Arquitetura, a igreja de San Lorenzo - uma das mais antigas e peculiares construções religiosas de Veneza -, o México também apresentou seu projeto nesta segunda, a revitalização do próprio espaço.

O Governo mexicano e a Prefeitura de Veneza chegaram a um acordo pelo que o México se responsabilizará pelo investimento de mais de 1 milhão de euros para reinaugurar o edifício, até então fechado. A ideia é que o país latino-americano possa utilizar o local como um espaço expositivo e cultural permanente pelos próximos anos.

Segundo seus restauradores, a igreja de San Lorenzo, construída em 1592, começará a receber o público a partir de 2014.

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