Usain Bolt: O homem é um mito”, disse Trayvon Bromell sobre o jamaicano (REUTERS/Dominic Ebenbichler)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2016 às 14h56.
Rio de Janeiro - Os velocistas que perderam para Usain Bolt nos últimos 12 anos despejaram elogios sobre o astro jamaicano na sexta-feira (19), após ele ter completado sua histórica conquista tripla naquela que ele diz ser sua última Olimpíada. Desde os Jogos de Pequim em 2008, o atleta de 29 anos domina as provas de velocidade, vencendo todas as medalhas de ouro nos 100m, 200m e 4x100m e fazendo história ao não dar chances para outros países no topo do pódio.
O norte-americano Tyson Gay, que teve sua estreia olímpica em 2008, ao mesmo tempo em que Bolt começou sua incrível série de vitórias, descreveu a grandeza do jamaicano como sendo “simplesmente autoexplicativa”. Gay, de 34 anos, acrescentou: “Palavras não podem descrever esse tipo de cara e o que ele fez pelo esporte. Todos simplesmente admiram o que ele fez”.
A popularidade de Bolt ficou claramente demonstrada nesta semana no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro. Embora o estádio raramente tivesse todos os seus 60 mil lugares ocupados, o público foi maior nas noites em que Bolt correu, e notadamente menor nas noite em que ele esteve ausente.
“O homem é um mito”, disse Trayvon Bromell, o jovem corredor norte-americano de 21 anos que em sua estreia olímpica no Rio enfrentou Bolt duas vezes, nos 100m e nos 4x100m. Destacando os comentários feitos por especialistas no início da carreira de Bolt, que diziam que o atleta de 1,96 metro de altura nunca poderia se tornar um velocista de destaque, Bromell ressaltou a ironia das opiniões dos que hoje avaliam ele e o canadense Andre de Grasse, com 1,76 metro de altura, como baixos demais para o primeiro lugar.
“Ele (Bolt) quebrou barreiras e mostrou às pessoas que tudo é possível”, disse Bromell, que tem 1,73 metro de altura. “Então isso me dá esperanças de mostrar ao mundo que o impossível é possível.”
De Grasse, que também tem 21 anos e fez sua estreia em Jogos Olímpicos, foi o que mais se aproximou de desafiar Bolt no Rio, pressionando o ritmo na semifinal dos 200m e tentando superá-lo na final de quinta-feira, quando ficou com a prata. “Ninguém vai poder dizer a ele... que ele não é o melhor”, disse. “Ele provou vez após vez, todas as vezes. Ele é um dos melhores e não sei mais o que ele tem a provar.”