Decoração com plantas. (André Klotz/Divulgação)
Publicado em 14 de março de 2023 às 15h15.
Última atualização em 20 de março de 2023 às 09h04.
Pensar no contato com a natureza como fonte de benefícios para os seres humanos vai além do senso comum, essa relação de amor ganhou nome de biofilia a partir de uma pesquisa feita pelo ecólogo norte-americano Edward O. Wilson, autor do livro publicado em 1984 que popularizou o termo. Incontáveis pesquisas depois reforçaram o tema central do seu livro, que defende que conectar o ser humano moderno à natureza é uma fonte de benefícios.
Trazer aspectos do mundo externo para o interno se revela uma forma prática de conectar o ser humano moderno e ultradigital aos princípios mais básicos do mundo natural. Cultivar um jardim, investir em revestimentos naturais e paleta cromática acolhedora são alguns deles. Confira mais sugestões a seguir.
Dos terrosos aos verdes, incluindo azuis - tudo o que referenciar natureza conta pontos positivos. O mais importante, no entanto, é fugir dos tons muito saturados e caminhar na direção dos calmos, pálidos, capazes de trazer tranquilidade e desconexão das urgências digitais do mundo atual. Neste projeto, bege, terracota e verde-claríssimo preenchem a sala paulistana.
Sisal, algodão, linho, seda, juta, fibra de bambu ou mesmo a madeira - todos esses materiais têm em comum o conforto ao toque e consequente reação tátil agradável. Combinar alguns deles confere riqueza sensorial ao ambiente - caso desta sala que combina o tapete de fibra de bananeira com a lã bouclê nas almofadas e o tauari das mesas de apoio, por exemplo.
Parece estranho caracterizar pedras como naturais, certo? Isso se tornou necessário desde que as pedras sintéticas - que mesclam compostos minerais com resinas - aportaram no mercado da arquitetura. As naturais contam com a exclusividade que lhe é irretocável, uma infinidade de cores e diferentes acabamentos que dão nova vida a velhos materiais, como nesta pia esculpida de mármore italiano Breccia Oniciata.
Basta uma busca rápida pelo termo ‘proporção áurea’ para descobrir que a natureza deriva e se multiplica a partir de curvas. Abaular quinas e cantos, portanto, se torna algo mais confortável e acolhedor do que converter superfícies em ângulos retos. Basta ver como esta sala de jantar que decoramos para este projeto na região central de São Paulo parece inesperadamente convidativa.
Esta casa que reformamos em São Paulo já era dona de um jardim maduro, mas que contou com o auxílio da nossa equipe e das mãos das paisagistas Gabriella Ornaghi e Bianca Vasone para alcançar seu potencial exuberante. Criar espaços agradáveis ao lado de fora que convidem a visão a um passeio é outro modo de unir exterior e interior.