Até a pipoca virou superalimento (e sem milho)
Pipoca com altos valores nutricionais é feita de sorgo, um grão ancestral com propriedades antioxidantes poderosas
Vanessa Barbosa
Publicado em 11 de junho de 2016 às 18h57.
São Paulo – No universo da alimentação saudável, os superalimentos costumam roubar atenção. Quem nunca ouviu falar das propriedades poderosas para a saúde da couve, do açaí, da quinoa ou da lentilha?
Até mesmo a pipoca está surfando essa onda. Mas não se trata de uma pipoca comum: a “superpipoca” é feita de sorgo, um grão ancestral com altos valores nutritivos e propriedades antioxidantes.
Originário da África e da Índia, o sorgo no Brasil é comumente usado para alimentação animal, mas desde dezembro do ano passado já é possível encontrar no mercado um grão especialmente desenvolvido para consumo humano e com um diferencial – ele tem altas concentrações de tanino, um composto bioativo com capacidades antioxidantes.
Segundo a empresa Farovitta, que desenvolveu o produto em parceria com a Campofert, a capacidade antioxidante do grão de sorgo é quase 300 vezes a do milho amarelo.
Além da versão em grão, que pode ser utilizado no preparo de pipoca (de panela ou pipoqueira), saladas, arroz e receitas diversas, também é possível encontrar a versão em farinha, que não possui glúten, ideal para pães, bolos, panquecas e massas.
A empresa trabalhou em parceria com a Embrapa no desenvolvimento. Pesquisa recente selecionou genótipos (variedades) do cereal com grãos e identificou altos teores de ferro, zinco, proteínas, fibras e vitamina, além de detectar a presença de compostos fenólicos com alta capacidade antioxidante, os quais podem auxiliar no combate a doenças crônicas como a obesidade, o diabetes e o câncer.
No suco, como tempero ou em forma de chá, o gengibre é outro alimento que pode melhor o humor, isso porque contém inúmeros componentes, betacaroteno, capsaicina e cúrcuma.
Ana ainda explica que ele funciona como agente anti-inflamatório nas doenças musculoesqueléticas, incluindo o reumatismo, e ajuda até na cura da depressão.
Já os prebióticos, como cereais integrais, farelo de trigo, folhosos, linhaça, frutas cítricas e aveia, são ingrediente alimentar não digerível pela maioria dos microrganismos do intestino. Eles afetam beneficamente o hospedeiro pelo estímulo seletivo do crescimento e/ou atividade de um número limitado de bactérias probióticas.
Segundo a especialista, esses tipos de alimentos reduzem sintomas alérgicos e alivia a constipação, o que, consequentemente, melhora o humor.
Já o café possui compostos bioativos como cafeína, trigonelina, niacina, melanoidinas, quinídeos e ácidos clorogênicos.
De acordo com a nutricionista, esses compostos estimulam o sistema nervoso central, aumentam a síntese e a liberação de neurotransmissores, afetam a força de contração cardíaca, afetam o ritmo respiratório, aumentam a taxa metabólica basal e o efeito diurético. Resumindo: o café ajuda a prevenir a depressão.