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Artista usa cinzas da floresta amazônica para criar mural em São Paulo

Brasileiro viajou mais de 10 mil quilômetros recolhendo cinzas dos incêndios florestais para criar obra de 1.000 metros quadrados

Arte: painel estampa um prédio de São Paulo.  (Amanda Perobelli/Reuters)

Arte: painel estampa um prédio de São Paulo. (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 15h00.

Última atualização em 15 de outubro de 2021 às 15h24.

O artista brasileiro Mundano tem usado cinzas dos incêndios da floresta amazônica para criar um mural em São Paulo que retrata um bombeiro parado em meio a desmatamento, incêndios e animais mortos.

"Estou usando a prova de um crime", disse Mundano, chamando a arte de 1.000 metros quadrados na lateral de um prédio um ato de "artivismo".

Mundano viajou mais de 10.000 quilômetros pelo Brasil nos meses de junho e julho, recolhendo cinzas da floresta amazônica, do Pantanal, do cerrado e da Mata Atlântica.

Ele também se encontrou com bombeiros e voluntários para ouvir suas histórias.

O desmatamento ilegal na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, tem disparado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, com sua defesa da agropecuária e do garimpo na região.

Somente em agosto, satélites registraram 28.060 focos de incêndio na Amazônia, região vista como uma defesa vital contra a mudança climática por causa da vasta quantidade de dióxido de carbono que sua vegetação absorve e armazena, e o desmatamento aumentou em setembro em comparação com um ano atrás.

"Esse mural é um protesto, um socorro", disse Mundano. "Estou com a causa dos brigadistas e também com a causa para pararmos com essa cultura do fogo, que está nos levando à autodestruição."

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