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Artista de Final Fantasy comenta suas obras no Brasil

Yoshitaka Amano está pela primeira vez no Brasil com sua mostra de 31 quadros, expostos no GameWorld

Yoshitaka Amano, artista japonês do game Final Fantasy, fala durante sua primeira passagem pelo Brasil (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2012 às 14h00.

São Paulo - Tímido, extremamente educado e com fala calma e pausada. Yoshitaka Amano pode não ter a mesma genialidade na oratória quanto com as mãos no pincel, mas é um dos grandes mestres da arte contemporânea. Admirado e respeitado artista japonês, Amano participa desde a década de 1960 de grandes projetos em quadrinhos, animações, teatro e games.

Amano está pela primeira vez no Brasil com sua mostra de 31 quadros, expostos no GameWorld, evento que acontece nesse final de semana (30, 1 e 2) no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo.

Em uma coletiva de imprensa, Amano contou um pouco de sua história como artista, que começou com seus primeiros trabalhos para o estúdio de animação Tatsunoko, em obras como “Time Bokan”, “G-Force”, “Tekkaman” entre outros.

“O avanço da tecnologia realmente mudou muito a forma como o trabalho dos artista é exposto. Antigamente, os meus desenhos eram transportados para pontos em personagens muito simples. O jogador precisava imaginar o mundo de Amano em suas cabeças”, disse o artista quando perguntado sobre a diferença de quando começou a trabalhar com jogos e hoje.

No Brasil, ele é muito conhecido por seus trabalhos na série de videogames Final Fantasy, onde colabora desde a primeira edição. Seus traços únicos são reconhecido em monstros e personagens como Terra, de Final Fantasy VI – uma das favoritas de Amano.

Apesar de ser um nome tão importante para o entretenimento interativo, Amano é simples e confessa não usar muitos recursos tecnológicos. “Não uso Twitter, não uso muito internet. Na verdade, aprendi a usar um celular há pouco tempo”, confessa.

A parceria de Amano com o famoso quadrinista Neil Gaiman em “Sandman: O Caçador de Sonhos” rendeu uma ótima história de bastidores. “Na época, nem eu nem Neil sabíamos como faríamos o livro. Eu não sabia o tamanho, então me inspirei e mandei dezenas e mais dezenas de desenho para Neil. Ele se inspirava nas artes para ampliar a história, e eu nos textos para fazer mais desenhos. Se pudéssemos, faríamos isso infinitamente”, contou.

A curta estadia no Brasil, apenas seis dias, é pouco tempo para conhecer as obras nacionais, segundo Amano. “Vou ir em museus, exposições e tentar absorver o máximo possível das obras brasileiras”, disse. Amano, no entanto, ficou triste ao saber que não poderia visitar um dos locais que tem mais curiosidade de conhecer em nosso país. “Quando cheguei, disse que gostaria de visitar a Amazônia. Mas me disseram que era longe demais e seria impossível”, contou.

A mostra de Yoshitaka Amano permanece no Centro de Convenções do Frei Caneca até amanhã, dia 2 de março. A entrada para o evento Game World custa R$50.

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São Paulo - Tímido, extremamente educado e com fala calma e pausada. Yoshitaka Amano pode não ter a mesma genialidade na oratória quanto com as mãos no pincel, mas é um dos grandes mestres da arte contemporânea. Admirado e respeitado artista japonês, Amano participa desde a década de 1960 de grandes projetos em quadrinhos, animações, teatro e games.

Amano está pela primeira vez no Brasil com sua mostra de 31 quadros, expostos no GameWorld, evento que acontece nesse final de semana (30, 1 e 2) no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo.

Em uma coletiva de imprensa, Amano contou um pouco de sua história como artista, que começou com seus primeiros trabalhos para o estúdio de animação Tatsunoko, em obras como “Time Bokan”, “G-Force”, “Tekkaman” entre outros.

“O avanço da tecnologia realmente mudou muito a forma como o trabalho dos artista é exposto. Antigamente, os meus desenhos eram transportados para pontos em personagens muito simples. O jogador precisava imaginar o mundo de Amano em suas cabeças”, disse o artista quando perguntado sobre a diferença de quando começou a trabalhar com jogos e hoje.

No Brasil, ele é muito conhecido por seus trabalhos na série de videogames Final Fantasy, onde colabora desde a primeira edição. Seus traços únicos são reconhecido em monstros e personagens como Terra, de Final Fantasy VI – uma das favoritas de Amano.

Apesar de ser um nome tão importante para o entretenimento interativo, Amano é simples e confessa não usar muitos recursos tecnológicos. “Não uso Twitter, não uso muito internet. Na verdade, aprendi a usar um celular há pouco tempo”, confessa.

A parceria de Amano com o famoso quadrinista Neil Gaiman em “Sandman: O Caçador de Sonhos” rendeu uma ótima história de bastidores. “Na época, nem eu nem Neil sabíamos como faríamos o livro. Eu não sabia o tamanho, então me inspirei e mandei dezenas e mais dezenas de desenho para Neil. Ele se inspirava nas artes para ampliar a história, e eu nos textos para fazer mais desenhos. Se pudéssemos, faríamos isso infinitamente”, contou.

A curta estadia no Brasil, apenas seis dias, é pouco tempo para conhecer as obras nacionais, segundo Amano. “Vou ir em museus, exposições e tentar absorver o máximo possível das obras brasileiras”, disse. Amano, no entanto, ficou triste ao saber que não poderia visitar um dos locais que tem mais curiosidade de conhecer em nosso país. “Quando cheguei, disse que gostaria de visitar a Amazônia. Mas me disseram que era longe demais e seria impossível”, contou.

A mostra de Yoshitaka Amano permanece no Centro de Convenções do Frei Caneca até amanhã, dia 2 de março. A entrada para o evento Game World custa R$50.

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