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Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 18h01.
Rio de Janeiro - O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi enterrado no cemitério São João Batista, na zona sul do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira após ser velado na capital fluminense e em Brasília.
Niemeyer morreu na noite de quarta-feira, aos 104 anos, de infecção respiratória após pouco mais de um mês internado no Rio para tratar problemas renais e hemorragias digestivas.
Na quinta-feira, milhares de pessoas participaram do velório do arquiteto no Palácio do Planalto, em Brasília, cidade que ele projetou nos anos 1950. Na mesma noite, o corpo foi trasladado de volta ao Rio.
Na manhã desta sexta-feira, o público pôde dar o último adeus ao arquiteto no velório realizado no Palácio da Cidade, no centro do Rio, cidade natal de Niemeyer.
Antes de o corpo ser levado ao cemitério, um ato ecumênico de 20 minutos reuniu familiares, amigos e autoridades para a última homenagem ao arquiteto carioca.
"Pela primeira vez uma pessoa conseguiu reunir todas as religiões em um ato mesmo sendo ateu e comunista", disse o pastor Mozart Noronha.
Para o padre Jorjão, apesar de o arquiteto se dizer ateu, "Niemeyer projetou inúmeras igrejas católicas em todo o Brasil e foi um divulgador da religião".
Reconhecido internacionalmente, ele organizou o concurso para a escolha do plano-piloto de Brasília nos anos 1950 e projetou os principais prédios da nova capital federal, como o Palácio da Alvorada e do Planalto e o Congresso Nacional, e monumentos como a Catedral Metropolitana.
Niemeyer também projetou o Memorial da América Latina, o Auditório do Ibirapuera e o edifício Copan, em São Paulo; o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói; a Passarela do Samba, no Rio; e o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, entre outros.
O arquiteto completaria 105 anos em 15 de dezembro.