Lance Armstrong: O atleta perdeu os títulos conquistados desde 1998 ao desistir de se defender das acusações de doping feitas pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2012 às 18h20.
Aspen, EUA - Lenda do ciclismo, o norte-americano Lance Armstrong minimizou neste sábado a perda dos sete títulos da Volta da França, entre outras conquistas desde 1998, por conta de acusações de doping. Sem demonstrar abatimento, o atleta evitou comentar a punição imposta pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês).
"Ninguém precisa chorar por mim. Vou ficar bem", afirmou, lacônico, após disputar uma prova de mountain bike na altitude de Aspen, nos Estados Unidos. Armstrong ficou em segundo lugar, quase cinco minutos atrás do adolescente Keegan Swirbul, de apenas 16 anos.
Armstrong, prestes a completar 41 anos, conversou rapidamente com a imprensa ao fim da prova. Mas não se estendeu sobre a punição aplicava pela Usada, na sexta-feira. "Ok, vou ali comer um cheeseburguer". No domingo, o ciclista aposentado vai disputar uma maratona de 36 milhas na mesma cidade americana.
O atleta perdeu os títulos conquistados desde 1998 ao desistir de se defender das acusações de doping feitas pela Usada. Assim, acabou sendo banido para sempre do ciclismo. Mas pode ainda competir em outras modalidades.
Considerado uma lenda de sua modalidade e um dos maiores atletas da história, Armstrong conquistou a Volta da França de forma consecutiva entre 1999 e 2005, um recorde. O ciclista sempre alegou inocência contra as acusações de doping, mas agora passou a ser considerado oficialmente pela Usada como um atleta que fez uso de substâncias ilegais e que trapaceou para levar vantagem sobre os seus adversários ao longo de sua carreira.
Apesar da decisão atual da Usada e das frequentes acusações de doping contra Armstrong, o ciclista foi visto anteriormente por milhares como um herói por ter superado um câncer no testículo e voltado a competir para depois se tornar heptacampeão da Volta da França. Ele ainda criou a Fundação Livestrong para ajudar as vítimas deste tipo de doença.