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Argentinos pensam ser melhores do que são, diz Sabella

O treinador argentino fez o comentário ao ser questionado sobre a expectativa do país de sempre chegar à final do Mundial

Sabella: "às vezes, esse comportamento é bom, às vezes é ruim. Tem dois lados" (REUTERS/Marcos Brindicci)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 13h24.

Brasília - O técnico argentino Alejandro Sabella fez uma análise do jeito de ser dos argentinos ao ser questionado sobre a partida contra a Bélgica, válida pelas quartas de final da Copa do Mundo , neste sábado, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O treinador afirmou que, em geral, os argentinos têm uma visão exagerada sobre sua própria condição.

"Os argentinos pensam que são melhores do que realmente são", afirmou o treinador em entrevista coletiva nesta manhã de sexta-feira no local da partida. "Às vezes, esse comportamento é bom, às vezes é ruim. Tem dois lados."

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O treinador fez o comentário ao ser questionado sobre a expectativa do país de sempre chegar à final do Mundial. O coordenador de seleções, Carlos Bilardo, costuma dizer que a Argentina pensa em jogar os sete jogos da Copa e chegar à decisão sempre que começa o torneio. Sabella não respondeu, no entanto, se a equipe atual estaria sendo superestimada.

"Quando eu era pequeno, diziam que nós éramos os melhores do mundo, mas nem tínhamos conquistado o Mundial ainda", exemplificou o treinador. "É um traço cultural. É nosso jeito de ser", definiu.

A Argentina encara o jogo deste sábado como uma chance de quebrar um importante tabu. Nas duas últimas Copas, a equipe foi eliminada nas quartas de final, exatamente a fase que disputa agora. Além disso, desde 1990, quando foi vice-campeã, a equipe argentina não chega às semifinais.

"Se não conseguirmos vencer, obviamente teremos um sentimento de frustração. Temos a fé e a confiança de que vamos seguir à frente na competição", afirmou o treinador.

A escalação para o jogo deste sábado não foi confirmada oficialmente, mas Sabella já antecipou que o esquema com três atacantes será mantido. A principal dúvida é a presença de Lavezzi na equipe. Contra a Suíça, ele teve participação apenas regular.

Quando foi substituído por Rodrigo Palacio, a equipe melhorou e conseguiu a vitória. Foi o próprio Palacio que iniciou a jogada do gol. "Para aqueles que acham que a seleção tem muitos volantes, Palacio, que é um atacante, roubou a bola como volante. Mais importante que volantes e atacantes, é ocupar espaços", afirmou.

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