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Argentina e Bélgica duelam por uma vaga na semifinal

Desde 1990, quando foi vice-campeã, 24 anos atrás, a equipe argentina não consegue chegar a uma semifinal


	Messi: o jogo deste sábado define se ele realmente superou a fase irregular na seleção
 (Reuters)

Messi: o jogo deste sábado define se ele realmente superou a fase irregular na seleção (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2014 às 10h59.

Brasília - A Argentina tem um acerto de contas com a sua história neste sábado, às 13 horas, nas quartas de final contra a Bélgica, no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Nas duas últimas Copas (2006 e 2010), a equipe não conseguiu passar desta fase. Desde 1990, quando foi vice-campeã, 24 anos atrás, a equipe não consegue chegar a uma semifinal. O jogo vai dizer, simbolicamente, que lugar ocupa o craque Lionel Messi na história dos Mundiais.

O técnico Alejandro Sabella reconheceu o tamanho da encrenca na entrevista desta sexta-feira. "Se não conseguirmos vencer, obviamente teremos um sentimento de frustração. Temos a fé e a confiança de que vamos seguir à frente na competição".

O volante Javier Mascherano, uma espécie de capitão sem faixa da seleção argentina - o líder oficial é Messi -, quer transformar essa pressão em algo positivo. Fazer do limão uma limonada, como dizem os livros de autoajuda.

"Temos de transformar esse estigma das quartas de final em uma oportunidade. É um desafio e temos a chance de superá-lo", disse o jogador de 30 anos, que participou das duas últimas eliminações da Argentina.

Messi também sabe que o jogo deste sábado define se ele realmente superou a fase irregular na seleção argentina e está pronto para figurar ao lado de heróis das Copas, como Mario Kempes e Diego Maradona.

Por enquanto, os quatro gols que marcou e a assistência para o gol de Di María no último jogo são importantes até a página 2 da história dos Mundiais. "Podemos fazer algo grande nesta Copa", escreveu nas redes sociais.

Da mesma forma que reconhece o peso da história, Sabella procura minimizar a responsabilidade da geração de Messi. Morde e assopra. "Os argentinos pensam que são melhores do que realmente são", afirmou o treinador.

"Às vezes, esse comportamento é bom, mas, outras vezes, é ruim". O treinador continua o seu argumento. "Quando eu era pequeno, diziam que nós éramos os melhores do mundo, mas nem tínhamos conquistado o Mundial", exemplificou o treinador. "É um traço cultural. É nosso jeito de ser".

Na visão de Sabella, isso significa que uma eventual derrota neste sábado não poderia colocar por terra o trabalho dos últimos três anos. "O resultado é mais importante, mas outros aspectos podem ser analisados, como a evolução dos jogadores e a formação de uma base".

A resolução desses grandes dilemas começa com pragmatismo. O treinador continua preocupado com a defesa e pode colocar a experiência de Demichelis no lugar da instabilidade de Fernández. Na frente, Lavezzi deve ser mantido como o atacante que volta para marcar.

BÉLGICA NO ATAQUE - Já o técnico Marc Wilmots não pretende mudar o sistema ofensivo da Bélgica. "Nós vamos fazer o nosso jogo e atacar. Essa é a nossa filosofia e que vem dando certo até agora", disse o treinador.

Uma das estratégicas é explorar os lados do campo. "Conversei com Hazard para tentar encontrar uma posição para que ele possa render ainda mais. Sua individualidade estará a serviço da equipe".

Quanto à Argentina, Wilmots prega respeito. "É uma seleção com valores e tradições, com jogadores que nunca desistem. Com Messi, Di María, Higuaín, Agüero e Lavezzi, eles têm cinco peças que podem decidir", analisou o ex-atacante da Bélgica, que fez quatro gols em quatro Copas disputadas entre 1990 e 2002.

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