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Aos 70, idosa larga tudo para fazer intercâmbio e ser médica

Conheça a história de Leda Schechter, mulher aposentada que sempre sonhou em estudar medicina e, agora, começa a fazer o curso na Argentina

Desde os anos 60, Leda Schechter tinha o sonho de estudar medicina e, aos 70, não deixou a idade acabar com seus planos (Arquivo Pessoal)

Desde os anos 60, Leda Schechter tinha o sonho de estudar medicina e, aos 70, não deixou a idade acabar com seus planos (Arquivo Pessoal)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2014 às 11h54.

São Paulo – Qual é a idade certa para começar a realizar um sonho? Para a ex-funcionária pública Leda Schechter, de 70 anos, não é a quantidade de primaveras comemoradas ao longo da vida que determina quando se deve começar uma nova jornada, mas a oportunidade. Em uma época em que é cada vez mais comum ver jovens adultos abrindo mão de seus empregos para fazer viagens ao redor do mundo, como no livro e filme “Comer, Rezar, Amar”, a idosa também deu início a uma nova fase de sua vida, mas de um modo um pouco diferente.

Neste semestre, ela arrumou as malas, despediu-se do marido (que a apoiou) e de seus dois cachorros da raça Yorkshire e foi morar na Argentina, para cursar medicina na Universidad de Buenos Aires. Nascida em Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, Leda nutre o sonho de ser médica desde 1964, quando terminou os estudos no colégio. Mas, naquele tempo, não imaginava que essa meta traria não só o diploma, mas também a experiência de viver em outro país e conviver com uma língua e cultura diferentes.

Enquanto não conseguia ingressar no curso de medicina, formou-se em biblioteconomia, em letras (bacharelado e licenciatura em língua portuguesa e bacharelado em literatura russa) e em direito. Em 2006, aposentou-se na carreira de funcionária pública, sem considerar que a nova etapa seria o fim de sua vida de estudante e profissional.

Ao contrário do que muitos podem pensar, a idade já avançada não foi um obstáculo para ela, quando decidiu procurar a agência de intercâmbios EducAR, especializada em viagens para a Argentina, e checar a possibilidade de estudar em uma das universidades mais conceituadas e não pagas do país. “A idade é um incentivo maior e pessoal para fazer o curso e praticar a medicina. Não temos de discriminar nossa vida pela idade, pois o que mais importa é realizar nossos sonhos para o nosso bem visando ser útil para nosso próximo e a sociedade”, afirma.

Com coragem e disposição capazes de inspirar pessoas de todas as faixas etárias, Leda deixa uma recomendação: “meu conselho a todas as pessoas, independentemente da idade, é não parar de estudar, continuar fazendo especializações, sempre com foco em Deus durante o percurso”. 

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