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Antonio Banderas diz que 'trabalhar com Almodóvar é um ato de fé'

O ator estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos 'A Pele que Habito', do diretor espanhol

Juntos, os dois fizeram seis filmes, entre eles: 'A Lei do Desejo' (1986), 'Mulheres à beira de um Ataque de Nervos' (1988), 'Ata-me' (1989) e agora, mais de 20 anos depois, 'A Pele que Habito'
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 10h19.

Los Angeles - Antonio Banderas estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos 'A Pele que Habito', a primeira produção espanhola que o ator protagoniza desde 'Quero Dizer que te Amo', há 16 anos, e que é também seu reencontro com o diretor Pedro Almodóvar.

Para o ator, trabalhar com o cineasta espanhol representa 'um ato de fé', afirmou à Agência Efe.

'Temos que acreditar no que fazemos. Lembro que tinha medo quando gravei 'A Lei do Desejo'. O filme acabou se tornando um clássico porque rompe narrativas', disse o ator. 'Pedro tem coragem de continuar experimentando e propondo mundos novos, e é isso o que me atrai', acrescentou.

Juntos, os dois fizeram seis filmes: 'Labirinto de Paixões' (1982), 'Matador' (1985), 'A Lei do Desejo' (1986), 'Mulheres à beira de um Ataque de Nervos' (1988), 'Ata-me' (1989) e agora, mais de 20 anos depois, 'A Pele que Habito'.

'É muito bom voltar para casa, voltar à família Almodóvar, com a qual tenho uma longa história', destacou o ator espanhol, que em Hollywood gravou filmes como 'Philadelphia' (1993), 'A Balada do Pistoleiro' (1995), 'A Máscara do Zorro' (1998), 'Pequenos Espiões' (2001) e toda a saga de 'Shrek'.

'Volto a um lugar onde posso me colocar em um universo de risco, de desafio às leis da gravidade cinematográfica. Isto representa uma dificuldade e uma satisfação enorme', considerou.

Duas décadas se passaram desde que Banderas foi para os Estados Unidos. 'Agora estes dois mundos se unem em minha vida profissional: de um lado o cinema que explora as complexidades do ser humano, e do outro o cinema entendido como indústria. É quase uma metáfora da minha vida aqui. E estou muito feliz de voltar a trabalhar com Pedro e de criar um monstro absolutamente apaixonante', declarou.

O monstro a que o ator se refere é o seu personagem em 'A Pele que Habito', o psicopata Robert Legrand, um médico obcecado pela morte de sua mulher, a qual não conseguiu salvar de um incêndio, e de sua filha.

O filme, um thriller futurista de terror com toques de humor puramente almodovariano, conta a história de Vera (Elena Anaya), uma belíssima mulher criada por Legrand que vive fechada e observada, e cujo único objetivo é fugir.

Tanto Almodóvar como o próprio Banderas e Elena Anaya convenceram a crítica americana, que já começou a especular possíveis candidaturas ao Oscar.

'A expectativa gera frustrações e eu prefiro não pensar nisso. Mas se acontecer, será muito bom', frisou Banderas, que capta financiamento para seu próximo filme, que começaria a ser gravado em abril. 'Porém, a crise não atinge apenas os trabalhadores. Afeta muito o cinema também', lamentou. EFE

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Los Angeles - Antonio Banderas estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos 'A Pele que Habito', a primeira produção espanhola que o ator protagoniza desde 'Quero Dizer que te Amo', há 16 anos, e que é também seu reencontro com o diretor Pedro Almodóvar.

Para o ator, trabalhar com o cineasta espanhol representa 'um ato de fé', afirmou à Agência Efe.

'Temos que acreditar no que fazemos. Lembro que tinha medo quando gravei 'A Lei do Desejo'. O filme acabou se tornando um clássico porque rompe narrativas', disse o ator. 'Pedro tem coragem de continuar experimentando e propondo mundos novos, e é isso o que me atrai', acrescentou.

Juntos, os dois fizeram seis filmes: 'Labirinto de Paixões' (1982), 'Matador' (1985), 'A Lei do Desejo' (1986), 'Mulheres à beira de um Ataque de Nervos' (1988), 'Ata-me' (1989) e agora, mais de 20 anos depois, 'A Pele que Habito'.

'É muito bom voltar para casa, voltar à família Almodóvar, com a qual tenho uma longa história', destacou o ator espanhol, que em Hollywood gravou filmes como 'Philadelphia' (1993), 'A Balada do Pistoleiro' (1995), 'A Máscara do Zorro' (1998), 'Pequenos Espiões' (2001) e toda a saga de 'Shrek'.

'Volto a um lugar onde posso me colocar em um universo de risco, de desafio às leis da gravidade cinematográfica. Isto representa uma dificuldade e uma satisfação enorme', considerou.

Duas décadas se passaram desde que Banderas foi para os Estados Unidos. 'Agora estes dois mundos se unem em minha vida profissional: de um lado o cinema que explora as complexidades do ser humano, e do outro o cinema entendido como indústria. É quase uma metáfora da minha vida aqui. E estou muito feliz de voltar a trabalhar com Pedro e de criar um monstro absolutamente apaixonante', declarou.

O monstro a que o ator se refere é o seu personagem em 'A Pele que Habito', o psicopata Robert Legrand, um médico obcecado pela morte de sua mulher, a qual não conseguiu salvar de um incêndio, e de sua filha.

O filme, um thriller futurista de terror com toques de humor puramente almodovariano, conta a história de Vera (Elena Anaya), uma belíssima mulher criada por Legrand que vive fechada e observada, e cujo único objetivo é fugir.

Tanto Almodóvar como o próprio Banderas e Elena Anaya convenceram a crítica americana, que já começou a especular possíveis candidaturas ao Oscar.

'A expectativa gera frustrações e eu prefiro não pensar nisso. Mas se acontecer, será muito bom', frisou Banderas, que capta financiamento para seu próximo filme, que começaria a ser gravado em abril. 'Porém, a crise não atinge apenas os trabalhadores. Afeta muito o cinema também', lamentou. EFE

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