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Alva Noto e Ryuichi Sakamoto juntos no festival Sónar

Desde 1997, os dois artistas fazem colaborações

O espetáculo com Sakamoto será inédito (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 09h48.

São Paulo - Em 1997, o artista alemão Carsten Nicolai, mais conhecido como Alva Noto, viu na plateia de sua performance um espectador ilustre: o compositor e pianista japonês Ryuichi Sakamoto (ganhador do Oscar pela trilha sonora de O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci). Após o show, mais uma surpresa: Sakamoto o procurou nos camarins para propor-lhe um trabalho em parceria.

Desde então, Alva Noto e Sakamoto fizeram várias colaborações juntos. A última, o disco summvs (lê-se sumus, uma fusão de "soma" e "versus"), uma insólita combinação entre acústico e eletrônico, desembarca em sua forma de espetáculo no dia 11 no festival Sónar, no Anhembi, em São Paulo. "Ter encontrado Sakamoto não foi um turning point em minha carreira, mas certamente contribuiu para a expansão do meu espectro musical, tornou-se parte do meu aprendizado", contou Nicolai/Alva Noto em entrevista à reportagem na sexta-feira, no início da tarde, por telefone, da Alemanha.

Alva Noto, que declara como suas influências artísticas "os sons naturais, as formas clássicas dos jardins japoneses e o avant garde dos anos 1980, de Brian Eno, Laurie Anderson e Einstürzend Neubauten", tem um leque de interesses bem mais amplo do que o da cultura pop tradicional. Para começar, é fissurado no trabalho do paisagista brasileiro Burle Marx (1909-1994). Mas não tem atração por coisas massivas. "Kraftwerk (grupo alemão anunciado na sexta como grande atração do Sónar) é muito comercial para mim, é música pop. Conheço também o trabalho de Vangelis, ouvia quando era adolescente. Fez boas trilhas sonoras, como aquela de Blade Runner - O Caçador de Androides", conta.

Apesar disso, ele não é refratário a apresentações em grandes festivais , como o Sónar. "Gosto de fazer apresentações em museus e também para plateias maiores, em festivais. São contextos específicos nos quais o desafio é criar um momento de excitação", considera. O resultado é uma rede de texturas minimalistas. Ele diz que não gosta de ter seu trabalho associado ao rótulo new age. "Não é por nada, é que eu detesto rótulos de uma maneira geral", afirma.

O espetáculo com Sakamoto será inédito. Nele, o compositor japonês toca piano e Alva Noto opera computadores e imagens. O som acústico do piano pode ou não ser processado pelo computador, ao mesmo tempo que Alva Noto cria imagens em tempo real, como uma leitura visual do som. "Há uma série de desenhos flexíveis a partir dos quais eu posso improvisar", explica. "O que fazemos é isso, criar momentos visuais em consonância com a música". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

SÓNAR Arena Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209. 11 e 12/5. R$ 100/ R$ 450.

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São Paulo - Em 1997, o artista alemão Carsten Nicolai, mais conhecido como Alva Noto, viu na plateia de sua performance um espectador ilustre: o compositor e pianista japonês Ryuichi Sakamoto (ganhador do Oscar pela trilha sonora de O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci). Após o show, mais uma surpresa: Sakamoto o procurou nos camarins para propor-lhe um trabalho em parceria.

Desde então, Alva Noto e Sakamoto fizeram várias colaborações juntos. A última, o disco summvs (lê-se sumus, uma fusão de "soma" e "versus"), uma insólita combinação entre acústico e eletrônico, desembarca em sua forma de espetáculo no dia 11 no festival Sónar, no Anhembi, em São Paulo. "Ter encontrado Sakamoto não foi um turning point em minha carreira, mas certamente contribuiu para a expansão do meu espectro musical, tornou-se parte do meu aprendizado", contou Nicolai/Alva Noto em entrevista à reportagem na sexta-feira, no início da tarde, por telefone, da Alemanha.

Alva Noto, que declara como suas influências artísticas "os sons naturais, as formas clássicas dos jardins japoneses e o avant garde dos anos 1980, de Brian Eno, Laurie Anderson e Einstürzend Neubauten", tem um leque de interesses bem mais amplo do que o da cultura pop tradicional. Para começar, é fissurado no trabalho do paisagista brasileiro Burle Marx (1909-1994). Mas não tem atração por coisas massivas. "Kraftwerk (grupo alemão anunciado na sexta como grande atração do Sónar) é muito comercial para mim, é música pop. Conheço também o trabalho de Vangelis, ouvia quando era adolescente. Fez boas trilhas sonoras, como aquela de Blade Runner - O Caçador de Androides", conta.

Apesar disso, ele não é refratário a apresentações em grandes festivais , como o Sónar. "Gosto de fazer apresentações em museus e também para plateias maiores, em festivais. São contextos específicos nos quais o desafio é criar um momento de excitação", considera. O resultado é uma rede de texturas minimalistas. Ele diz que não gosta de ter seu trabalho associado ao rótulo new age. "Não é por nada, é que eu detesto rótulos de uma maneira geral", afirma.

O espetáculo com Sakamoto será inédito. Nele, o compositor japonês toca piano e Alva Noto opera computadores e imagens. O som acústico do piano pode ou não ser processado pelo computador, ao mesmo tempo que Alva Noto cria imagens em tempo real, como uma leitura visual do som. "Há uma série de desenhos flexíveis a partir dos quais eu posso improvisar", explica. "O que fazemos é isso, criar momentos visuais em consonância com a música". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

SÓNAR Arena Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209. 11 e 12/5. R$ 100/ R$ 450.

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