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Alicia Keys faz show refinado e profissional

A artista deu no Rock in Rio uma aula de refinamento para gritalistas de R&B de todo o espectro pop

Alicia Keys: o som estava perfeito, cada frase das letras, cada inflexão vocal, cada instrumento era perfeitamente audível (Buda Mendes/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 07h20.

Rio - Elegante, cool, usando um modelito Cotton Club (bustiê azul sem nada nas costas, gargantilha, cabelo chanelzinho), Alicia Keys deu no Rock in Rio uma aula de refinamento para gritalistas de R&B de todo o espectro pop (como a novata Jessie J., que cantou antes dela).

Não precisa de derramamento dramático, não precisa de covers esquizofrênicas; precisa de técnica, envolvimento, parecia dizer a já veterana Alicia, em ação desde 1985.

"E aí, Rio?", disse a cantora, em português, após abrir com New York (no telão, um sóbrio skyline de Nova York para não perder o senso didático).

Depois, com You Don't Know My Name, ao piano Yamaha, afirmou a diferença entre profissionalismo e amadorismo - o som estava perfeito, cada frase das letras, cada inflexão vocal, cada instrumento era perfeitamente audível.

Na canção, Alicia brinca em um diálogo telefônico com um amante, que é interpretado por um bailarino. Era curioso o efeito, lembrando as brincadeiras cênicas de algumas coisas da MPB, como O Telefone Tocou Novamente, de Benjor, ou O Telefone Chora, de Márcio José.

Listen to Your Heart veio a seguir, embalada em uma batida eletrônica, mas ainda mais envolvida na atmosfera de essencialidade. "Essa canção é sobre fazer coisas que você nunca imaginou que faria", disse a cantora, antes de cantar Unthinkable, com um dos seus bailarinos fazendo o papel dramático de Drake, que a acompanha na faixa.

A Woman's Worth a levou ao piano branco de novo. Alicia é uma cantora segura, com um timing perfeito entre espetáculo e entrega emocional, e seu show é conduzido com brilhantismo por uma banda de alta octanagem. Foi um dos bons concertos do primeiro fim de semana do festival .

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Não precisa de derramamento dramático, não precisa de covers esquizofrênicas; precisa de técnica, envolvimento, parecia dizer a já veterana Alicia, em ação desde 1985.

"E aí, Rio?", disse a cantora, em português, após abrir com New York (no telão, um sóbrio skyline de Nova York para não perder o senso didático).

Depois, com You Don't Know My Name, ao piano Yamaha, afirmou a diferença entre profissionalismo e amadorismo - o som estava perfeito, cada frase das letras, cada inflexão vocal, cada instrumento era perfeitamente audível.

Na canção, Alicia brinca em um diálogo telefônico com um amante, que é interpretado por um bailarino. Era curioso o efeito, lembrando as brincadeiras cênicas de algumas coisas da MPB, como O Telefone Tocou Novamente, de Benjor, ou O Telefone Chora, de Márcio José.

Listen to Your Heart veio a seguir, embalada em uma batida eletrônica, mas ainda mais envolvida na atmosfera de essencialidade. "Essa canção é sobre fazer coisas que você nunca imaginou que faria", disse a cantora, antes de cantar Unthinkable, com um dos seus bailarinos fazendo o papel dramático de Drake, que a acompanha na faixa.

A Woman's Worth a levou ao piano branco de novo. Alicia é uma cantora segura, com um timing perfeito entre espetáculo e entrega emocional, e seu show é conduzido com brilhantismo por uma banda de alta octanagem. Foi um dos bons concertos do primeiro fim de semana do festival .

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