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Alemães invadem Maracanã, mas quem festeja são os franceses

Pouco antes do início do duelo pelas quartas de final da Copa entre França e Alemanha, os torcedores das respectivas seleções lotam as imediações do estádio

Torcedores franceses: seleção francesa ganhou o apoio da maior parte dos torcedores (Eddie Keogh/Reuters)

Torcedores franceses: seleção francesa ganhou o apoio da maior parte dos torcedores (Eddie Keogh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 13h07.

Rio de Janeiro - Pouco antes do início do duelo pelas quartas de final da Copa do Mundo entre França e Alemanha, nesta sexta-feira, no Maracanã, os torcedores das respectivas seleções, além de brasileiros, americanos, canadenses, russos, iraquianos, entre outras nacionalidades, lotam as imediações do estádio, fazem uma grande festa e arriscam um palpite sobre o vencedor em um jogo que todos apontam como "difícil, disputado e histórico".

Teve gente que disse ter sonhado com esse jogo há mais de 40 anos.

"Tenho 56 anos e, quando tinha 12, falei que um dia veria a seleção da França atuando no Maracanã. Esse é meu primeiro jogo na Copa, e espero muito ver uma vitória do meu país", disse o comerciante Alain Pollet, que estava acompanhado do filho.

Pollet, que vestia uma camisa do Lyon, time no qual Juninho Pernambucano fez história na França, também falou sobre o ex-jogador, Zidane e Pelé.

"O Juninho, quando jogou no Lyon, foi o melhor, mas para mim o melhor jogador da história foi o Pelé. O Zidane foi um grande jogador, principalmente pela cabeçada que ele deu", completou, aos risos, referindo-se ao lance em que "Zizou" acertou o italiano Materazzi na final do Mundial de 2006.

Havia mais alemães nos arredores do estádio do que franceses, mas a animação era mais evidente do lado dos "bleus".

A seleção francesa não ganhou o apoio somente de seus compatriotas, mas assim como da maior parte dos torcedores, com exceção dos brasileiros e alemães.

Assim acontece com o iraquiano Salah el Baghdati, de 35 anos, que ao chegar com a bandeira de seu país, animou o público ao redor, que entoou cânticos de "Iraque, Iraque".

"Quero que a França ganhe, porque eu gosto do país, é muito próximo dos árabes. Depois daqui, vou acompanhar em Copacabana o jogo entre Brasil e Colômbia. Quero uma final Brasil x Holanda", disse.

A mesma opinião é compartilhada pelo hondurenho Ramon Logo, que diz torcer para a França.

"Vai ser uma partida muito forte. Eu quero que a França venca para o Brasil se vingar na semifinal. A final vai ser Brasil e Holanda, com o Brasil campeão", disse.

Já o alemão Goerg Buhann acredita em vitória de sua seleção.

"Acho que a partida vai ser boa, com a Alemanha ganhando. Quero ver Brasil e Alemanha na semifinal, mas eu já vou ter voltado para meu país. Deixo o Brasil no domingo. Vi jogo em Porto Alegre e agora vejo as quartas aqui. A gente ama o Brasil, mas quer que a Alemanha vença", comentou.

Já o canadense Paul Billington, de 55 anos, comentou que ama o futebol, apesar de gostar mais de hóquei no gelo, e também elogiou a segurança no Rio, a hospitalidade e alegria dos brasileiros.

"Eu e minha mulher amamos futebol, mas nem tanto quanto hóquei", contou.

"Acredito que vai ser uma boa partida, mas a Alemanha vai ganhar. Eles vão ganhar porque são um ótimo time, e quero ver Brasil e Alemanha na semifinal. Quero o Brasil na final com a Holanda. A Argentina não. Eles vão para casa amanhã", matizou.

"A gente tá amando a hospitalidade, é tudo fantástico, perfeito, a seguranca no Rio está ótima. Os brasileiros são demais, sempre quando você dá um sorriso, eles respondem sorrindo de volta", definiu Glenda Middleton, esposa de Billigton.

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