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Afegão mata esposa que não lhe deu filhos homens

O casal teve uma discussão sobre o sexo do bebê e o marido estrangulou a mulher

Apesar dos avanços sociais conquistados com a queda do regime talibã, os direitos das mulheres no Afeganistão continuam sendo violados (Philippe Desmazes/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 17h35.

Cabul - Um homem matou sua esposa no norte do Afeganistão por não lhe dar filhos homens, depois de terem três filhas, a última delas há três meses, informou nesta segunda-feira à Agência Efe uma fonte da polícia.

O casal teve uma discussão sobre o sexo do bebê e o marido estrangulou a mulher, Storay, de 30 anos, informou um porta-voz da polícia, Syed Sarwar Hussaini.

O incidente aconteceu na noite de sábado em uma pequena aldeia da província de Kunduz, no norte afegão.

As autoridades prenderam como cúmplice do assassinato a sogra de Storay, que presenciou a cena, mas o marido, Sher Mohammed, conseguiu fugir e ainda não foi localizado, apesar dos esforços das autoridades.

'Estamos interrogando a mãe do suposto assassino. Segundo sabemos, Mohammed tinha ameaçado sua mulher de morte caso ela desse à luz a outra filha', disse o porta-voz.

Apesar dos avanços sociais conquistados com a queda do regime talibã, os direitos das mulheres no Afeganistão continuam sendo violados.

Há um mês, a polícia resgatou uma jovem de 15 anos na província de Baghlan, que, ao se recusar a se prostituir, foi trancafiada e torturada por seu marido e a família dele.

A Missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) denunciou em novembro que ainda resta 'um longo caminho' na aplicação da legislação que protege as mulheres afegãs contra a violência de gênero.

De acordo com este órgão, no Afeganistão as leis se chocam com práticas socialmente aceitas como a compra e venda de mulheres para o casamento, os matrimônios infantis ou forçados, as violações e o 'baad' (dar uma mulher de presente para resolver uma disputa familiar).

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O casal teve uma discussão sobre o sexo do bebê e o marido estrangulou a mulher, Storay, de 30 anos, informou um porta-voz da polícia, Syed Sarwar Hussaini.

O incidente aconteceu na noite de sábado em uma pequena aldeia da província de Kunduz, no norte afegão.

As autoridades prenderam como cúmplice do assassinato a sogra de Storay, que presenciou a cena, mas o marido, Sher Mohammed, conseguiu fugir e ainda não foi localizado, apesar dos esforços das autoridades.

'Estamos interrogando a mãe do suposto assassino. Segundo sabemos, Mohammed tinha ameaçado sua mulher de morte caso ela desse à luz a outra filha', disse o porta-voz.

Apesar dos avanços sociais conquistados com a queda do regime talibã, os direitos das mulheres no Afeganistão continuam sendo violados.

Há um mês, a polícia resgatou uma jovem de 15 anos na província de Baghlan, que, ao se recusar a se prostituir, foi trancafiada e torturada por seu marido e a família dele.

A Missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) denunciou em novembro que ainda resta 'um longo caminho' na aplicação da legislação que protege as mulheres afegãs contra a violência de gênero.

De acordo com este órgão, no Afeganistão as leis se chocam com práticas socialmente aceitas como a compra e venda de mulheres para o casamento, os matrimônios infantis ou forçados, as violações e o 'baad' (dar uma mulher de presente para resolver uma disputa familiar).

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