A volta das óperas presenciais? Teatro São Pedro programa quatro para este semestre
Todos os espetáculos preveem a princípio a presença do público, mas também serão transmitidos gratuitamente pela internet
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 10h01.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 18h08.
O Teatro São Pedro programou quatro óperas para o primeiro semestre deste ano. A programação terá ainda uma série de concertos sinfônicos e de música de câmara. Todos os espetáculos preveem a princípio a presença do público, de acordo com as determinações do Plano São Paulo de combate à pandemia do coronavírus, mas também serão transmitidos gratuitamente pela internet.
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As óperas estão divididas em dois espetáculos. Em maio, uma dobradinha francesa reúne Sócrates, de Erik Satie, e O Marinheiro Pobre, de Darius Milhaud. A direção cênica será de Caetano Vilela e a direção musical de Gabriel Rhein-Schirato, com elenco formado por cantores como a soprano Gabriella Pace e o tenor Paulo Mandarino.
A segunda dobradinha lírica, em junho, traz títulos de compositores russos: Renard, de Stravinski, e Mozart e Salieri, de Rimsky-Korsakov. O espetáculo terá direção musical e regência de André dos Santos e direção cênica de William Pereira. No elenco, os tenores Giovanni Tristacci e Daniel Umbelino e o baixo Anderson Barbosa.
A escolha de títulos de câmara, ou seja, que exigem a presença de menos músicos, atenta ao mesmo tempo a uma percepção a respeito da vocação do teatro e às necessidades impostas pela pandemia: protocolos de segurança sanitária utilizados por orquestras e teatros de todo o País exigem uma quantidade menor de artistas no palco, permitindo maior distanciamento entre eles no palco.
Ainda no universo da ópera, está previsto um espetáculo da Academia de Ópera e da Orquestra Jovem do Teatro São Pedro, com árias do período do bel canto e do século 20, com regência de Priscila Bomfim e direção de Julianna Santos.
A temporada do São Pedro começa oficialmente com concertos nos dias 6 e 7 de março, nos quais Ligia Amadio rege a orquestra do teatro em um programa com obras de Händel, Mozart e Villa-Lobos, com a soprano Edna D’Oliveira e o barítono Michel de Souza como solistas. A série de concertos inclui ainda apresentações, em 8 e 9 de maio, de obras de Mozart e Straus, com o maestro Ira Levin como regente e solista.
O São Pedro também mantém a parceria com a São Paulo Companhia de Dança: em abril, com regência de Claudio Cruz, a orquestra do teatro acompanha os bailarinos em coreografias inspiradas na música de autores como Francisco Mignone.
Na música de câmara, a programação vai abordar o repertório de canções em quatro espetáculos idealizados pelo pianista Ricardo Ballestero.
No primeiro, batizado de Reais e Imaginárias, a soprano Manuela Freua e o Quarteto de Cordas do Teatro São Pedro interpretam autores como Fauré, Hugo Wolf, Hekel Tavares, Villa-Lobos e Björk (abril). O segundo, em maio, vai recuperar a trajetória da cantora e pianista Pauline Viardot, com a participação da meio-soprano Luciana Bueno.
Também em maio, a soprano Camila Titinger e músicos da orquestra relembram duas compositoras: Fanny Mendelssohn e Clara Schumann. E, por fim, em junho, a soprano Erika Muniz interpreta programa formado apenas por autores negros: Tania León, Florence Price e John Daniels Carter.