8 reestilizações polêmicas de carros no Brasil
Novos faróis, grade maior e para-choques esportivos: relembre atualizações de estilo que caíram nas graças do público - ou não
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 14h15.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h23.
São Paulo - Uma reestilização muda a vida de qualquer carro . De mico a objeto de desejo ou de sucesso de vendas a uma aberração sobre rodas, a atualização visual é um recurso bastante utilizado pelas montadoras para prolongar a vida de projetos defasados. Separamos abaixo oito exemplos de reestilizações realizadas no Brasil, que determinaram o sucesso ou a decadência de alguns modelos no mercado nacional.
Ao ser lançado em 2011, o Cobalt não foi bem recebido. Pode botar a "culpa" no design de linhas desajeitadas, com faróis e grade frontal desproporcionalmente grandes para o porte do sedã. Demorou quatro anos, mas o jogo virou com a chegada de sua primeira reestilização, assinada pelo mesmo designer (Carlos Barba) do projeto original. Com faróis mais finos e horizontais e lanternas invadindo a tampa do porta-malas, o Cobalt, enfim, ficou bonito.
Bonita e moderna, a quarta geração do Fiesta foi um sucesso no Brasil. O design inspirado no Focus, com direito até a lanternas em posição elevada, seduziu muitos motoristas. Mas o hatch não precisava ficar tanto tempo assim entre nós. Em 2007, o Fiesta sofreu sua primeira reestilização, ganhando uma nova frente. Mas foi a atualização de 2010 que causou estranheza pela falta de harmonia de suas linhas, combinando elementos arredondados com os traços da era "New Edge". Rebatizado de Fiesta Rocam, ele sobreviveu até 2014.
Eis um bom exemplo de como as reestilizações podem dar mais fôlego a um projeto mais antigo. A Strada surgiu em 1997 com linhas modernas e esportivas, inspiradas no primeiro Palio. As alterações acompanharam as gerações do hatch, mas em 2014 uma alteração mais profunda trouxe novas lanternas e aumentou a altura das paredes da caçamba. Juntamente com soluções criativas, como a terceira porta do lado esquerdo, a Strada se sustenta na liderança das picapes leves há anos.
Um dos projetos mais belos do fim dos anos 90, o 206 arrebatou o coração dos jovens com seu design esportivo e ousado ao chegar às ruas brasileiras. Com o lançamento do 207 em 2006, a Peugeot fez uma leve reestilização no compacto, mas o batizou com a mesma nomenclatura do modelo europeu. Nascia aí o "207 Brasil", apelido dado ao veículo que tinha frente de 207 em um projeto de 1999. Com o passar dos anos, o carro virou o modelo de entrada da Peugeot no país. Apesar do resultado controverso, o 207 "genérico" permaneceu em linha até 2014.
Enquanto os europeus dirigem a quarta geração do Clio, por aqui o carro estacionou na segunda geração. Apresentado em 1998, o Clio teve uma trajetória parecida com a do 206: o carro jovial e de apelo esportivo sofreu sua primeira reestilização em 2003, ganhando faróis mais modernos e uma grade bipartida que combinaram com o restante da carroceria. As mudanças, no entanto, pararam de acontecer. A última reestilização aconteceu em 2013, quando a Renault aplicou no veterano modelo a identidade visual de seus veículos mais recentes. As mudanças estéticas foram acompanhadas de um empobrecimento no conteúdo: o hatch que já teve airbag duplo de série hoje se tornou o modelo mais barato da marca no país.
O Palio é o produto mais bem-sucedido da linha Fiat nos últimos anos. Lançado em 1996, o hatch tinha design moderno assinado pelo estúdio italiano I.D.E.A. As reestilizações dividiram opiniões: a primeira atualização (exibida no fim de 2000) trouxe linhas mais horizontais, enquanto a segunda veio no fim de 2003 e é apontada por muitos como a mais bem resolvida de todas, a ponto de seguir em linha até hoje no Palio Fire. Pena que a terceira reestilização, revelada em 2008, não repetiu o sucesso da anterior, deixando o compacto com aparência tímida demais.
O Gol "bolinha" foi um enorme sucesso de vendas no fim dos anos 90. Em maio de 1999, a marca lançou uma reestilização em sintonia com os modelos vendidos naquela época. A chamada Geração III tinha novos faróis, grade e para-choque, enquanto as lanternas receberam uma nova disposição de luzes. O interior merecia elogios pela iluminação azulada idêntica aos VW mais luxuosos. Em agosto de 2005, porém, estreava a "quarta geração" do Gol - na verdade a segunda reestilização da segunda geração do carro. A frente trazia a grade com o "V" estilizado que caracterizava os modelos daquela época e o interior foi empobrecido com plásticos mais duros e visual pobre.
Apresentada em 2005, a Idea começou a ser produzida no Brasil no auge das minivans. Concorrente de Chevrolet Meriva, Honda Fit e Nissan Livina, ela tinha linhas retas, mas modernas. No fim de 2010, a Fiat realizou uma profunda reestilização no veículo, que ganhou novos faróis, grade dianteira renovada e traseira com belas lanternas de led vindas do Lancia Musa.
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