7 relógios com mais de uma face
O WatchTime Brasil fez uma seleção de sete modelos para comprovar que os “mutantes” não habitam apenas o mundo dos quadrinhos: eles podem estar entre nós
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h39.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h53.
São Paulo - A simples troca das pulseiras proporciona um novo visual para o relógio . Um modelo esportivo, por exemplo, pode se transformar em um relógio clássico ao substituir sua pulseira de metal por uma de couro. Mas as mudanças no universo da alta relojoaria vão muito além do que esta simples alteração de visual. As marcas superam as expectativas ao criarem verdadeiros “relógios mutantes”, ou seja, aqueles que se transformam em algo a mais ou possuem mais de uma função. É possível encontrar peças que mudam completamente o mostrador; outros, com o uso da engenharia, fornecem novas funções para um modelo de pulso – como transformá-lo em um relógio de bolso – e ainda existem aqueles que conseguem alternar as complicações visíveis a seus usuários. Ficou curioso? O WatchTime Brasil fez uma seleção de sete modelos para comprovar que os “mutantes” não habitam apenas o mundo dos quadrinhos: eles podem estar entre nós. Confira.
Este cronógrafo da Bovet é um verdadeiro representante dos relógios mutantes. O Cambiano Special Edition faz o uso da caixa conversível Amadeo, que permite que o relógio de pulso se transforme tanto em um relógio de bolso quanto em uma peça para ser colocada à mesa. Com caixa de 45 mm de diâmetro, o modelo é equipado com um movimento automático, que proporciona 50 horas de reserva de marcha e é resistente a 30 metros sob a água. Para usá-lo como relógio de pulso, basta afixar as pulseiras em couro marrom nas extremidades da caixa.
A primeira impressão quando se olha para o Altiplano Double Jeu, da Piaget, é de um relógio clássico com mostrador de poucas linhas e simples checagem de horas, com subdial de pequenos segundos. Mas seu diferencial está no seu segundo dial escondido atrás de uma espécie de porta. A caixa de 43 mm de diâmetro em ouro rosa pode ser aberta e um novo mecanismo é revelado. O resultado são dois calibres e dois fusos horários em um só relógio com espessura de apenas 11,7 mm. Esta proeza foi conseguida graças à junção dos dois calibres utra-finos da maison – o 838P e 832P.
Considerado o relógio mais complexo já produzido pela Montblanc, o Metamorphosis II carrega no nome a sua característica, pois é possível uma completa mudança em seu mostrador com o simples acionamento de uma alavanca. À primeira vista, o relógio com caixa de 52 mm de diâmetro em ouro rosa apresenta as horas, localizado às 12h, enquanto os minutos são exibidos em uma escala que ocupa apenas 210° do dial, indicados por um ponteiro retrógrado central, e a data é exibida às 6 horas. Ao todo, o movimento do relógio é composto por 746 peças e, destas, 494 são as responsáveis pelo processo de mutação. Este processo dura cinco segundos e, como num balé mecânico, as novas e mais complexas funções do relógio começam a ganhar vida, como o surgimento de um novo disco para contagem dos minutos do cronógrafo na posição das 6h e até a mudança de mostrador – os índices romanos são substituídos por um dial de numeração arábica. Estas são apenas algumas das outras várias mutações desta peça, produzida em edição limitada de 18 exemplares.
Os mostradores dos relógios da Valbray se movimentam da mesma forma que o diafragma das câmeras fotográficas – um pequeno detalhe que faz toda a diferença. Com o simples movimento da coroa é possível cobrir todos os mecanismos do cronógrafo o deixando apenas com a clássica apresentação das horas e minutos. O modelo da foto chama-se Argentic, com caixa de 46 mm de diâmetro em titânio. Seu movimento entrega 44 horas de reserva de energia. O relógio foi produzido em edição limitada de apenas 36 peças.
O L.U.C. Louis-Ulysse The Tribute é uma homenagem da Chopard ao seu fundador. O relógio foi feito originalmente para ser de bolso, com toda a classe e estilo de um representante desta categoria, mas, para acompanhar as tendências atuais, recebeu um suporte engenhosamente criado pela relojoaria. Este assessório permite que a peça seja fixada e usada como relógio de pulso. O modelo possui a caixa de 49,6 mm em ouro branco, mais de 80 horas de energia, resistência de 30 metros sob água e tem o dial feito em porcelana, o mesmo material usado nos históricos modelos da marca. Ao todo, apenas 150 peças foram produzidas.
Os relógios Cadenas (cadeado em francês) foram lançados originalmente no início do século XX. Naquela época, era deselegante uma mulher olhar as horas em público ou até mesmo usar um relógio de pulso. A alternativa encontrada pela Van Cleef & Arpels foi justamente criar uma suntuosa pulseira na qual escondesse um pequeno relógio em seu fecho, assim, o consultar das horas passava despercebido diante de todos. Para este ano, a maison lança nove novos modelos para a coleção com opções em ouro amarelo, branco e rosa. Todos cravejados com diamantes.
Outro relógio que não poderia ficar de fora da nossa lista é o Cartier Santos Triple 100. Podemos dizer que este relógio supera as expectativas de mutação quando o assunto é o design do dial. Ele apresenta três modelos de mostradores que podem ser alternados com a simples rotação do botão localizado às 3 horas. Tudo isso, graças aos 14 prismas móveis feitos em ouro branco. Cada uma de suas três facetas recebeu uma decoração distinta, dando origem a três opções de mostradores: um inteiramente cravejado de diamantes e safiras negras em padrão tabuleiro de xadrez; outro composto pela gravura de um tigre feita de modo artesanal – processo que leva cerca de uma semana para ser finalizado –; ou, para os mais discretos, o clássico dial quadrado da Cartier em algarismos romanos.
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