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1. Acidentes caros
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1/8 (Zach Klein / Flickr Commons)
São Paulo – Errar é humano, mas pode custar caro. Principalmente quando o erro se trata de obras ou objetos de
arte que valem milhares ou até milhões de dólares. Ao longo dos séculos, a humanidade perdeu várias raridades destruídas por guerras, falta de cuidados e pela ação do tempo. Mas fatores, digamos, mais inusitados já colocaram relíquias em risco. Crianças desgovernadas, pessoas desequilibradas e até um cachorro foram responsáveis por danos a importantes obras de grandes
artistas, alguns irreparáveis. Confira a seguir sete desses casos.
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2. Moça cai em cima de "The Actor", de Pablo Picasso
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2/8 (Wikimedia Commons)
A pintura “The Actor”, criada por Pablo Picasso, em 1904, estava exposta no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, quando um acidente provocou um rasgo de cerca de 15 centímetros no canto inferior direito. O dano aconteceu em 2010, por uma estudante de artes que se desequilibrou e caiu sobre a obra de 1,94 metro de altura por 1,15 de altura. No dia seguinte ao tombo, uma mensagem publicada no site Craigslist em nome da moça explicava que o acidente ocorreu porque ela estava distraída tentando se aproximar de um rapaz em quem estava interessada. Verdade ou mentira, o fato é que uma pintura avaliada em mais de 100 milhões de dólares foi danificada e, por sorte, restaurada no mesmo ano.
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3. Homem cai da escada e quebra vasos chineses
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3/8 (Getty Images)
Durante 40 anos, três vasos da dinastia chinesa Qing de mais de 300 anos permaneceram no parapeito de uma janela, localizada na base de uma escadaria do museu
Fitzwilliam, em Cambridge, Inglaterra. Sem nenhuma proteção, as peças foram estilhaçadas, em 2006, por um visitante do museu que tropeçou em um cadarço desamarrado e rolou escada abaixo. Como se nada tivesse acontecido, ele saiu do museu e só reapareceu dias depois, quando foi preso pela polícia, que investigava se ele havia feito aquilo de propósito ou não. Ele garantiu que foi sem querer e que não sabia o valor que as peças tinham, sendo liberado algum tempo depois. Sua punição foi ser proibido de visitar o museu. Por sorte, foi possível restaurar completamente os vasos, que voltaram a ser exibidos na galeria – com mais segurança. O único porém é que, se antes do acidente eles valiam mais de 100 mil libras, depois, eles perderam 75% de seu valor.
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4. Cotovelada rasga quadro de "Le Revê", de Pablo Picasso
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4/8 (Wikimedia Commons)
A pintura de 1932 “Le Revê”, que ilustra Marie-Thérèse Walter, amante de Pablo Picasso, foi outro trabalho do artista espanhol danificado pela imprudência. Dessa vez, o causador do rasgo de 15 centímetros foi o empresário Steve Wynn, dono da obra avaliada em 139 milhões de dólares (antes do acidente, ocorrido em 2006). Pouco antes de tentar vender a pintura, Wynn levou alguns amigos para ver o trabalho e, devido a seus movimentos amplos e a um problema de visão, bateu o cotovelo dentro da tela, abrindo um buraco no antebraço esquerdo da imagem. O reparo custou 90 mil dólares, a avaliação da obra caiu para 85 milhões e o dono sentiu que aquilo era um sinal para não se desfazer da tela.
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5. Menino quebra parte dos Mármores de Elgin
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5/8 (Getty Images/Getty Images)
Abrigadas no British Museum, na Inglaterra, desde o início do século 19, as esculturas gregas retiradas do Parthenon e chamadas de “Mármores de Elgin” sofreram vários danos, provocados por vandalismo e acidentes. Um deles foi a quebra da perna traseira de um centauro, atingida por um menino que estava brigando com outro dentro do museu, na década de 60. A instituição também assumiu que, três décadas antes, os mármores datados de 2.500 anos atrás foram limpos com produtos químicos corrosivos, que, além de tirar a sujeira, extraíram detalhes e a cor própria da relíquia. Já em 1981, um funcionário que trabalhava no teto do museu se desequilibrou e deixou cair uma claraboia de vidro sobre parte da obra, causando arranhões e tirando algumas lascas.
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6. Cão come coleção rara de ursos Teddy
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6/8 (Getty Images)
O urso Teddy que pertenceu a Elvis Presley e grande parte de uma coleção desses brinquedos exposta na caverna Wookey Hole Caves, na Inglaterra, foram destruídos por um funcionário em serviço. O causador da confusão, em 2006, foi Barney, um cão de guarda da raça Dobermann, que deveria estar tomando conta dos ursos indefesos. Mais de 100 bichos de pelúcia foram danificados pelo animal, muitos sem chance de reconstrução. Relatos da época afirmaram que Barney espalhou pedaços de ursos por toda parte e poucas unidades se salvaram. O prejuízo foi grande, já que a coleção inteira estava estimada em 900 mil dólares e o urso de Elvis era avaliado em 75 mil dólares.
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7. Pintura de Lucian Freud foi triturada
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7/8 (Getty Images)
Um trabalho de Lucian Freud deveria ter sido leiloado por 157 mil dólares pela Sotheby's, em Londres, no ano 2000. Mas os planos dos apaixonados por arte foram frustrados quando a pintura que ilustrava um estudo de plantas foi perdida no meio de um triturador de lixo. O acidente aconteceu porque funcionários pensaram que a caixa de madeira que transportava a obra estava vazia. Quando a equipe do leilão percebeu que a imagem havia sido encaminhada para o triturador, era tarde demais. O autor da peça não se pronunciou sobre o assunto, para alívio dos responsáveis pela perda.
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8. Instalação de Damien Hirst vai parar no lixo
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8/8 (Getty Images)
A questão entre o que é arte e o que é lixo foi levantada depois que uma instalação do artista Damien Hirst foi “higienizada” por um faxineiro da Eyestorm Gallery, em Londres, em 2001. Ele pensou que o cinzeiros cheios, copos de café pela metade, garrafas de cerveja vazias e jornais espalhados em uma das dependências da galeria fossem apenas os restos de uma festa do dia anterior, sem desconfiar que aquilo fosse a obra de Hirst. Depois que perceberam o equívoco, os trabalhadores do lugar se reuniram para vasculhar as lixeiras e resgatar a arte, que foi parcialmente recomposta. Apesar de ter tido seu trabalho equiparado a lixo, Hirst achou a situação muito engraçada. Outro caso similar aconteceu com a instalação “Recreation of First Public Demonstration of Auto-Destructive Art”, de Gustav Metzger, no museu Tate Britain, em 2004. No episódio, um funcionário jogou fora um saco plástico que fazia parte da obra, pensando que era lixo. A peça rejeitada chegou a ser recuperada, mas estava muito desgastada e, por isso, foi substituída por outra.