7 carros descontinuados lá fora que sobrevivem no Brasil
A restrição aos modelos importados ocorrida no Brasil entre 1976 e 1990 deixou alguns péssimos legados por aqui
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2016 às 09h31.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h18.
A restrição aos modelos importados ocorrida no Brasil entre 1976 e 1990 deixou alguns péssimos legados por aqui. O principal deles: o atraso da indústria automotiva brasileira em relação ao que ocorria no restante do mundo. Hoje em dia a situação e a oferta de modelos evoluíram, com veículos cada vez mais alinhados com o que existe lá fora, muitas vezes em lançamentos simultâneos com o hemisfério norte. No entanto, há alguns projetos bem antigos que insistem em sobreviver no Brasil, seja pelo fato de continuarem vendendo bem, seja pela lucratividade que eles trazem para montadoras que já amortizaram há muito tempo os custos de desenvolvimento e marketing dos veículos.
O Hyundai Tucson chegou ao Brasil em 2005 ainda como importado, obtendo nos meses seguintes bons números de vendas. Já em 2010, o SUV sul-coreano ganhou passaporte brasileiro quando começou a ser montado em regime de CKD na fábrica do grupo Caoa em Anápolis. A geração atual do utilitário, batizada de ix35 por aqui, foi lançada em 2010 e posta numa faixa de preço acima do antigo Tucson, com quem convive na linha até hoje. Três anos mais tarde, o ix35 também começou a ser montado no Brasil e recebeu uma reestilização de meia vida em setembro do ano passado. No Salão de Genebra de 2015 foi apresentada a nova geração do SUV, que inclusive já foi flagrada rodando no Brasil. Ele deve chegar nos próximos meses para ocupar o lugar do atual ix35. E quanto ao antigo Tucson? Acredite: ele continuará em linha por aqui!
Primeiro modelo fabricado pela Renault em terras tupiniquins, em 1999, o Clio já demonstra sinais de cansaço desde a década passada. Em seu lançamento, ele chamou atenção por trazer airbag duplo de série em todas as versões, numa época em que ver itens de segurança em populares era raro. Desde então, o Clio sofreu dois facelifts locais, nenhum deles suficiente para colocá-lo em sintonia com o europeu - enquanto o nosso ainda pertence à segunda geração, no Velho Continente ele já se encontra na quarta geração.
Lançado em 2008 na Europa , o Peugeot 308 já era um projeto baseado na plataforma do antecessor 307, e chegou ao Brasil no início de 2012. Na Europa, a segunda geração estreou em 2014 - ganhando até o prêmio de Carro do Ano por lá. A previsão era de que essa segunda geração desembarcasse no Brasil em 2015, mas a alta do dólar fez a Peugeot mudar seus planos. Em seu lugar, a primeira geração do 308 recebeu um facelift com frente remodelada e mais equipamentos. Há boatos de que o modelo europeu ainda venha para cá, com direto à versão GTI, que já estaria homologada. Oficialmente, porém, nada está confirmado.
A Fiat Doblò chegou ao Brasil em 2002, quando os monovolumes como Renault Scenic, Citroën Xsara Picasso, Peugeot Partner e Citroën Berlingo eram as novidades do momento. Desde então, a van viu todos os concorrentes serem descontinuados ou substituídos, e permanece praticamente o mesmo carro, com exceção de uma reestilização promovida em 2010. Na Europa, o modelo já está na segunda geração (apresentada no final de 2014) e com visual mais futurista – mas sem deixar de lado o desenho caixote.
Comercializada desde 2006 por aqui, a minivan Fiat Idea nacional era visualmente idêntica ao modelo italiano na época - mas a plataforma (derivada do Palio) e o painel eram diferentes. Em sua chegada, ela enfrentou concorrentes como Honda Fit e Chevrolet Meriva, tendo a seu favor o fator preço, além de equipamentos inéditos no segmento, como vidros laminados, teto solar elétrico e celular com conexão Bluetooth. A única mudança ocorreu em 2010, quando adotou nova frente e lanternas em LED. Na Europa, a Idea saiu de linha em 2012, sendo substituído logo depois pelo descolado Fiat 500L, versão alongada do simpático carrinho. Embora já tenha sido flagrado no Brasil, a Fiat não tem pretensões de vender o 500L por aqui, algo confirmado pelo presidente da marca no Salão de Paris de 2014.
O hatch médio Bravo foi apresentado no país em 2010 para ocupar o lugar do Stilo, mas isso foi feito com três anos de atraso em relação à Europa. Desde então, nunca conseguiu ser um sucesso de vendas capaz de incomodar os nomes mais populares do segmento, como Golf e Focus. Em 2014 adotou um facelift, mas isso não foi o suficiente, principalmente após a chegada dos SUV compactos que reduziram o espaço dos hatches médios no mercado. Na Europa, o modelo já saiu de linha e será substituído pela versão sedã do novo Fiat Tipo.
Com oito anos de mercado, a segunda geração da Nissan Frontier pode ser considerada uma veterana. Atualmente, apesar da robustez elogiável, o modelo ocupa a lanterna entre as picapes médias, com a 6ª colocação e apenas 213 unidades vendidas em fevereiro. Para se ter uma ideia, a Toyota Hilux desponta na liderança com 2.249 emplacamentos no segundo mês de 2016. Mas isso pode mudar: a nova geração, apresentada no Salão de Buenos Aires em 2015, deve começar a ser importada para o Brasil ainda em 2016.
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