6 dados surpreendentes sobre vegetarianos
Pesquisas já associaram a dieta sem carne à vida longa, bom humor e até mesmo ao odor corporal agradável
Vanessa Barbosa
Publicado em 1 de outubro de 2015 às 18h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h30.
São Paulo - As razões para alguém deixar de comer carne são diversas. Elas podem ter base em questões éticas, mercadológicas, religiosas, ambientais, espirituais ou, ainda, de saúde. Independentemente da motivação, a adoção de uma dieta baseada no consumo de alimentos de origem vegetal (seja ela com ou sem uso de laticínios e ovos) gera resultados curiosos—e até mesmo supreendentes. Pesquisas científicas já associaram a dieta sem nehum tipo de carne à vida longa, bom humor e até mesmo ao odor corporal mais agradável. Clique nas imagens e confira >>
Uma revisão científica recente, baseada em sete estudos clínicos e 32 outras pesquisas publicadas entre 1900 e 2013, mostrou que pessoas que não comem carne têm pressão arterial mais baixa em comparação com as pessoas que comem carne. Segundo a pesquisa, publicada em 2014 no JAMA Internal Medicine, revista da Associação Médica Americana, as dietas vegetarianas também podem ser usadas para reduzir a pressão arterial entre pessoas que precisam da intervenção.
A dieta baseada em vegetais também está associada ao bom humor. Um estudo de 2012 dividiu os participantes em três dietas diferentes pelo mesmo período de tempo: todo tipo de carne permitida, apenas peixes, e nenhuma carne permitida. Os pesquisadores descobriram que depois de duas semanas, as pessoas na dieta vegetariana relataram mais melhorias no nivel de humor do que aquelas nas outras duas dietas.
Um estudo de 2006 comparou o odor de um grupo de homens que comiam carne (principalmente vermelha) com o de um grupo de vegetarianos. Acredite, as mulheres, que eram as juízas neste estudo particular, consideraram o suor dos vegetarianos mais atraente em vários níveis. Claro, há outros fatores que podem influenciar. A dieta dos vegetarianos era mais saudável de forma geral, com menor ingestão de alimentos processados, que podem estimular odores menos agradáveis.
Segundo os cientistas, os adeptos de uma dieta sem carne seriam menos propensos a morrer de doenças crônicas de forma geral. Um estudo da Loma Linda University na Califórnia, EUA, com mais de 70.000 participantes, sugeriu, por exemplo, que os vegetarianos vivem mais tempo que os consumidores de carne. Os pesquisadores monitoraram os participantes por um período de seis anos, durante o qual ocorreram 2.570 mortes. Na totalidade dos vegetarianos, a mortalidade por todas as causas foi 12% inferior, quando comparada com os não-vegetarianos.
Devido ao uso da terra, alimentos, energia e água, cientistas ambientais sugerem que pessoas que comem carne têm um impacto significativamente maior para o ambiente em comparação com os vegetarianos. Segundo relatório do Instituto Internacional de Água de Estocolmo, a dieta vegetariana consome de cinco a dez vezes menos água que a de proteína animal – que hoje demanda um terço das terras aráveis do mundo só para o cultivo de colheitas para alimentar os animais.
Mudar de hábitos à mesa nem sempre é fácil. De acordo um relatório do Conselho de Pesquisa Humana (HRC), após um ano de dieta, a maioria (84%) dos novos vegetarianos ou vegans ( que não consomem nada de origem animal) voltam a comer carne.