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48 horas em Visconde de Mauá

Um passeio nas maiores cachoeiras da região, comprinhas e refeições estreladas em um dos destinos mais belos da Serra da Mantiqueira

Cachoeira do Escorrega, Maromba, Itatiaia, RJ, Brasil (Creative Commons)

Cachoeira do Escorrega, Maromba, Itatiaia, RJ, Brasil (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 14h42.

São Paulo - A primeira coisa que você precisa saber é: para passar dois, três ou mais dias em Visconde de Mauá, de preferência, vá acompanhado. O clima romântico da cidade atrai mais os casais, no entanto, um grupo de amigos também consegue se divertir por lá, já que não são poucas as opções de turismo de aventura – com trilhas, passeios e cachoeiras.

Acontece que 48 horas se tornam pouco tempo para desfrutar de tudo que se pode fazer em Mauá. Mas, vamos lá...

Dia 1:

Reserve o primeiro dia para conhecer as maiores cachoeiras da região. Então, a primeira coisa é tomar um café da manhã bem reforçado, geralmente as pousadas dali oferecem boa variedade de frutas, pães e bolos. O Passeio dos Gigantes, realizado pela agência de turismo Remorini (24/3387-1521 / R$110), começa por volta das 10h e vai até às 18h.

Não esqueça de preparar uma mochila com alguns itens indispensáveis como repelente, protetor solar, toalha e uma garrafinha d’água. Ah, vá preparado para um banho de cachoeira, claro. Num só dia, você vai conhecer as três maiores cachoeiras de Mauá – Paiol (120 m), Brumado (90 m) e 5 Estrelas (200 m) – a única onde é possível tomar um banho (bem gelado!).

No caminho, os guias falam sobre pontos históricos do local. Há paradas em mirantes, onde é possível ter uma vista privilegiada de Mauá. Mas o ápice, a melhor vista é possível a partir do Mirante Zé Manuela, na Serra Verde, que fica a 1.800 metros do chão. De lá, é possível ver tanto as pequenas vilas de casinhas simples, como a famosa Pedra Selada, paisagem local. O caminho já é uma aventura, já que só é possível chegar de 4x4. De lá, próxima parada é na cachoeira 5 Estrelas. Prepare-se para um banho em águas congelantes.


As cachoeiras Paiol e Brumado são avistadas no mesmo lugar, em direções opostas, e não formam poço para banho, mesmo assim valem a visita.

No início da tarde é hora de voltar, mas no caminho, uma parada em Santo Antonio do Rio Grande (vila a 22 km de Mauá). O almoço (pago a parte, R$ 12) é no bar e restaurante da Cida. Uma comidinha bem caseira e mineira é servida à vontade.

Ao retornar para a pousada, tome aquele banho relaxante e desfrute da boa estrutura das hospedagens de lá. Muitas delas oferecem ofurô, hidro e até mesmo saunas privativas. Use o fim da tarde/começo da noite para o seu momento SPA.

No jantar, você tem boas opções. A cidade conta com três restaurantes estrelados pelo GUIA QUATRO RODAS. São eles, Rosmarinus Officinalis, Gosto com Gosto e Babel. Se a noite estiver bonita, decida por um jantarzinho gostoso no Rosmarinus. Em noites sem chuva, eles costumam montar mesas ao ar livre, no jardim. Observar o céu estrelado é uma ótima atração para finalizar a noite.

Dia 2

Depois de um bom café da manhã, reservamos o segundo dia para comprar e conhecer um pouco mais das vilas dali: Visconde de Mauá, Maromba e Maringá.


Para começar o dia, vamos a algumas comprinhas? Se você gosta de lembrancinhas e coisas fofas para casa, não pode deixar de passar na Casa das Velas (Al. Gastronômica Tia Sofia – Maringá MG). Na loja, uma infinidade de modelos e formatos. Há também utilitários, como potes e travessas, feitos com cera.

Passeie pela Alameda Gastronômica Tia Sofia e repare que ali estão concentrados muitos restaurantes e pousadas da cidade. Há também um café bem gostoso de ir à tarde, o Café Maringá.

Dali, parta para a rua principal na entrada de Mauá e não deixe de conhecer a Casa da Sogra (R. Wenceslau Braz - Visconde de Mauá). Lá você vai encontrar artesanatos de barro e argila feitos pela proprietária, Yeda, e artesãos locais. Há também oratórios com madeira e barro, pipas de chita e mosaicos feitos de pastilha. A loja tem um ar todo místico e vende acessórios como bruxinhas, duendes, vassouras decoradas e chapéus de bruxa. Ali do lado, vale conhecer o Centro Cultural e Armazém do Artesão, com mostras de artistas plásticos de Mauá, geralmente também à venda. Nessa mesma rua há outras lojinhas com delicados artesanatos.

Mas, se você prefere ficar com comprinhas mais comestíveis, há dois lugares que não podem ser esquecidos. Um é a Pousada do Bolo Húngaro (R. Perciliana, 32 – Mauá), onde a famosa receita, seguida há 20 anos, é vendida. O bolo leva nozes, castanhas-do-pará, passas e canela.

O segundo é o Capril Maluvito’s (Vale do Pavão), onde são vendidos tipos de queijo, geleias e derivados de leite de cabra. O local, desde 2009, cultiva cogumelos orgânicos: shitake, shimeji branco, preto e salmão.


No almoço, se você ficou nas compras artesanais em Mauá, está do ladinho do melhor restaurante mineiro do Brasil, o Gosto com Gosto. Passada obrigatória, principalmente pelo bufê de sobremesas. Mas, se preferiu a compra de queijos no Maluvito’s, siga em frente e estacione no Babel, outro estrelado delicioso de Mauá, que fica no Vale do Pavão.

À tarde, vale uma volta no bairro de Maromba, o antigo reduto hippie de Mauá. Depois de olhar as bijuterias artesanais vendidas em frente à Cachoeira do Escorrega, quem se animar, pode encarar mais um banho gelado... Um escorregador natural te leva ao poço de água fresquinha. Em dias de sol, o local é bem movimentado.

Depois do dia de andanças, a dica de novo é aproveitar o conforto da pousada e jantar no restaurante estrelado que ainda não tiver sido visitado.

Sobrou um tempinho?

Os apaixonados por motos não podem deixar de conhecer o Museu Duas Rodas (Vale do Alcantilado), onde estão expostas bicicletas e motos que o colecionador Robson Pauli acumulou ao longo de 30 anos.

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