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21 mulheres que estão transformando o Brasil

Conheça as 21 finalistas do Prêmio CLAUDIA e o que elas estão fazendo para mudar a vida de quem está ao redor delas

Iniciativas e bons exemplos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 11h49.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h33.

São Paulo - Há 20 anos, o Prêmio CLAUDIA reconhece e homenageia mulheres de todo o Brasil que fazem a diferença. Desde 1996, 150 mulheres que batalham contra o preconceito, superam desafios e lutam por um país melhor já receberam o troféu.  Neste ano, as finalistas estão dividas em sete categorias: Trabalho Social, Ciência, Cultura, Negócios, Revelação, Políticas Públicas e Consultora Natura (categoria especialmente dedicada a mulheres selecionadas pelo Programa Acolher, que fornece apoio técnico e financeiro a ações sociais realizadas pelas consultoras da marca apoiadora do Prêmio).  A eleição é dividida em três fases: voto popular online, voto de um júri formado por personalidades de áreas distintas e votos da própria revista. O anúncio das vencedoras será feito dia 6 de outubro em uma grande festa com as mulheres indicadas , convidados especiais e celebridades.
  • 2. Dagmar Garroux (Tia Dag), pedagoga, 61 anos

    2 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

  • Veja também

    Categoria Trabalho Social — A “tia Dag”, como é mais conhecida, fundou a ONG Casa do Zézinho há 21 anos. Na instituição, 2 mil moradores dos bairros Santo Antônio, Capão Redondo e Jardim Ângela, uma das regiões mais violentas do país, recebem aulas de informática, línguas, música e esportes. Mas a ONG não se restringe à educação. Vizinho à Casa do Zezinho funciona o Se Cuida, Zezinho, clínica de medicina integrativa que oferece consultas à população local. Outros dois projetos integrados à Casa do Zézinho vem chamando a atenção: o Maria Zézinho e o Mãe Zézinho. O primeiro deles propõe a troca de conhecimentos entre netos e avós da comunidade. Os garotos ensinam informática às mulheres mais velhas, e elas os instruem sobre ofícios como costura e culinária. O segundo funciona onde antes existia um ponto de venda de drogas. No Mãe Zezinho, as adolescentes que cuidam de crianças enquanto os adultos trabalham recebem instruções sobre saúde, educação, higiene e desenvolvimento infantil.
  • 3. Juliana de Faria, jornalista, 30 anos

    3 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

  • Categoria Trabalho Social A jornalista lançou a campanha Chega de Fiu Fiu, em seu blog, o Olga, contra o assédio sexual e a violência contra as mulheres sofrida nas ruas. A campanha atraiu simpatizantes e conseguiu dar roupa nova à causa feminista, que em 2013 se restringe à grupos isolados. O blog gerou o fórum online Think Olga, onde as mulheres discutem e repercutem o tema à exaustão. No fim do ano passado, Juliana foi chamada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo para elaborar uma cartilha sobre assédio sexual, com orientações sobre o que é e como denunciar, distribuída à população. Além disso, em parceria com a socióloga Bárbara Castro, escreveu o e-book Meu Corpo Não É Seu – Desvendando a Violência contra a Mulher (Companhia das Letras).
  • 4. Sula Sevillis, 55 anos, radialista

    4 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Trabalho Social Sula é radialista, tem 55 anos e comanda o programa Ponto de Encontro, na Rádio Nacional da Amazônia, da Empresa Brasil de Comunicação (antiga Radiobrás). Encurtar distâncias e promover reencontros, o programa, idealizado por ela, recebe mensagens de migrantes que perdem contato com seus parentes e aproveitam o grande alcance da emissora para enviar notícias. A cada mês, Sula atende cerca de 600 pessoas, que entram em contato por e-mail, ligações para a central do ouvinte ou mesmo para o próprio programa, ao vivo. Ponto de Encontro é o carro-chefe da nossa da Rádio Nacional da Amazônia.
  • 5. Mariangela Hungria, 57 anos, agrônoma

    5 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Ciência Mariangela é pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa da Soja da Embrapa, em Londrina (PR) e a maior especialista brasileira em Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN). Em quase três décadas de trabalho, Mariangela já realizou mais de 150 estudos nas regiões onde há soja no Brasil e desenvolveu 20 tecnologias relacionadas ao método da fixação biológica. Ela também é consultora da Fundação Bill e Melinda Gates para projetos de FBN na África. Nas áreas mais pobres e famintas de países como Quênia e Zimbábue, tem ajudado a introduzir a cultura da soja, alimento mais nutritivo do que os normalmente cultivados ali.
    O resultado é o incremento econômico das famílias de agricultores e a redução da desnutrição.
  • 6. Maria Goretti dos Sales Maciel, 55 anos, médica

    6 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Ciência “Sou uma médica que cuida de quem vai morrer”. Goretti inaugurou uma enfermaria exclusiva para pacientes em estado terminal no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, em 2002. Através de uma série de cuidados paliativos, a médica difundiu no Brasil um novo jeito de levar conforto e dignidade a pacientes com doenças que ameaçam a vida e que frequentemente estão a poucos meses ou dias de morrer. Um dos passos mais importantes que ela deu nesse sentido foi sua participação na Câmara Técnica sobre Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do Conselho Federal de Medicina (CFM). Hoje, graças ao esforço do grupo do qual a médica fez parte, os cuidados paliativos são um direito do paciente e um dever do médico, garantido pelo CFM, em 2006, e pelo novo Código de Ética Médica, de 2009.
  • 7. Maria Isabel Achatz, 45 anos, geneticista

    7 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Ciência A médica paulista, em parceria com o pesquisador Pierre Hainaut, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer de Lyon, descobriu um ancestral comum para os portadores de Li-Fraumeni (câncer reincidente): um tropeiro que percorreu o Sul e o Sudeste, deixando descendentes com seu gene modificado. Em algumas cidades dessas regiões, uma a cada 300 pessoas apresenta a síndrome. Isso significa que há famílias inteiras vítimas de câncer que sofrem mais de 10 vezes com tumores malignos. O próximo passo de Maria Isabel, hoje diretora do Departamento de Oncogenética do Hospital A.C. Camargo, é mapear o Brasil e oferecer acompanhamento a todos os pacientes sob risco.
  • 8. Berna Reale, 49 anos, artista

    8 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Cultura Berna é perita criminal da Polícia Civil, mas é o seu trabalho como artista que choca e impressiona. Berna é reconhecida internacionalmente: faz performance, instalações, fotografias e vídeos, mas não se restringe às manifestações visuais. Ela tempera tudo com dramaturgia e recheia de crítica social. No ano passado, por exemplo, Berna percorreu as ruas de Belém com 48 adolescentes vestidas com uniforme colegial para discutir o tratamento de objeto sexual tantas vezes dado à mulher. Cada uma delas levava entre os lábios próteses de resina que as deixavam com aparência de bonecas infláveis. Para realizar Quando Todos Calam, que denuncia a brutalidade na região do mercado Ver-o-Peso, em Belém, passou quatro horas nua sobre uma mesa ao ar livre. Tinha vísceras bovinas sobre o ventre e estava rodeada por bandos de urubus.
  • 9. Juliana Vicente, 30 anos, cineasta

    9 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Cultura Juliana conta em sua produtora, a Preta Portê Filmes, histórias dos menos favorecidos: negros, pobres, mulheres, gays, lésbicas, bi e transexuais. Em 2012, firmou uma parceria com o grupo de rappers Racionais MCs e fez o videoclipe Marighella, da canção sobre o guerrilheiro que combateu a ditadura militar brasileira. Em maio, o longa La Tierra y la Sombra, do qual assina a coprodução, ganhou o Prêmio Câmera de Ouro, em Cannes. E, no ano passado, Juliana produziu e dirigiu dois curtas-metragens para o Canal Futura: Escola das Águas, sobre uma escola no meio do Pantanal, e As Minas do Rap, que mostra a participação feminina no movimento musical.
  • 10. Renata Meirelles, 44 anos, pesquisadora

    10 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Cultura Renata e o namorado visitaram 16 comunidades indígenas e ribeirinhas para conhecer as brincadeiras das crianças amazônicas e realizaram o projeto Bira – Brincadeiras Infantis da Região Amazônica.

    O material das viagens resultou em documentários, apresentações, oficinas e palestras para escolas e no livro Giramundo, vencedor do Prêmio Jabuti.

    Em 2012, eles viajaram pelo Brasil para registrar brincadeiras em diversos tipos de cultura. Daí nasceu o projeto Território do Brincar. As pesquisas do casal também renderam uma exposição itinerante que percorre escolas, festivais e praças Brasil afora e o documentário Território do Brincar, que estreou nos cinemas no mês passado.

    No próximo ano, Renata quer levar a família para uma nova jornada em busca de brincadeiras. Desta vez, pelo mundo.

  • 11. Raquell Guimarães, 35 anos, estilista

    11 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Negócios Raquel tinha um ateliê onde tricotava com a mãe e a vó, em Juiz de Fora, sua cidade natal. Depois de apresentar sua produção para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, em 2008, foi chamada a participar de uma feira em Paris, na qual fechou vários pedidos. Na volta, deu-se conta de que não dispunha de mão de obra para tantas entregas. Foi então que começou a empregar os detentos do presídio local.No mês passado, Raquell transferiu o ateliê para o presídio de Ribeirão das Neves, mais próximo de Belo Horizonte. Lá trabalham 30 homens. Cada três dias de trabalho rende ao detento um dia a menos na cadeia e recebem três quartos de um salário mínimo por mês para usar em liberdade.
  • 12. Ana Lúcia Fontes, 49 anos, empresária

    12 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Negócios Enquanto Ana Lúcia participava do programa 10 000 Mulheres, da Fundação Getulio Vargas, começou a escrever em um blog e em uma página do Facebook sobre as dificuldades que teve para estudar, ser mãe, empreender e vencer as barreiras do preconceito e do dinheiro escasso. Hoje, Ana tem 200 mil seguidoras e outras 25 mil participantes de um grupo de discussão. O compartilhamento de experiências deu origem ao Rede Mulher Em-preendedora, cujo objetivo é ajudar empresárias. Mantida por apoiadores, como Sebrae e Itaú, o principal serviço da rede é o Café com Empreendedoras, evento mensal que já atendeu 7 mil mulheres.
  • 13. Alcione Albanesi, 53 anos, empresária

    13 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Negócios - No início da década de 1990, Alcione vendeu a confecção de roupas femininas que criou aos 17 anos de idade e abriu uma loja de material elétrico em de São Paulo.

    Em uma viagem de negócios à China, Alcione conheceu as lâmpadas econômicas eletrônicas, que gastam menos energia do que as incandescentes e ainda não estavam disponíveis no Brasil.

    Empolgada com a descoberta, começou a importar e abriu a FLC, que se tornou uma gigante nacional de iluminação e hoje é responsável por 36% do mercado de lâmpadas econômicas no país. No ano passado, Alcione abriu a primeira fábrica de lâmpadas de LED do Brasil. Em seguida à inauguração, largou a presidência da FLC para se dedicar a outro negócio; este, social. Vendeu, então, 80% das ações a um fundo de investimentos e passou a atuar apenas como conselheira.

    Hoje, gasta a maior parte de seu tempo envolvida com a Amigos do Bem, instituição que auxilia pessoas carentes de regiões do interior de Alagoas, Pernambuco e do Ceará.

  • 14. Camila Achutti, 23 anos, cientista da computação

    14 /23(Pablo Saborido/Claudia)

    Categoria Revelação Quando entrou na faculdade de Ciência da Computação, na USP, Camila era a única mulher da sala de aula. Incomodada, percebeu que nos anos 1970 a maioria das alunas do curso eram mulheres. Desde então, Camila começou a escrever em seu blog sobre a disparidade da profissão, o papel das meninas na computação e a compartilhar o conhecimento adquirido nas aulas com uma linguagem mais simples. Logo ganhou seguidoras de todo Brasil. A jovem também chamou a atenção dos organizadores do Technovation, evento que desafia garotas a criar aplicativos para ajudar a resolver um problema da comunidade. Camila tornou-se embaixadora da competição, que, em sua última edição, teve mais de 1,5 mil inscritas. Sua reputação foi além: em 2013, recebeu um convite para fazer um estágio na sede americana do Google.
  • 15. Lorrana Scapioni, 25 anos, empresária

    15 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Revelação Lorrana criou o Bliive, rede online em que qualquer um, esteja onde estiver, pode oferecer sua força de trabalho a outras pessoas. O tempo gasto com a tarefa é computado em TimeMoney, espécie de moeda virtual, e pode ser trocado por outro serviço do qual o usuário necessite. Em 2014, o Bliive foi um dos selecionados por um projeto do governo britânico, que oferece 50 mil libras para empreendedores levarem seu negócio para o país. Já com uma equipe de oito pessoas, a baiana migrou para a Escócia, onde montou parte das operações da plataforma. Quase ao mesmo tempo, mais um reconhecimento: Lorrana integrou a lista dos dez mais inovadores brasileiros com menos de 35 anos da Technology Review, revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Atualmente, há mais de 100 mil pessoas cadastradas no site, que é financiado por uma dupla de investidoras-anjo.
  • 16. Raíssa Müller, 20 anos, estudante

    16 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Revelação Com um amigo, Raíssa desenvolveu um sistema para que a água utilizada em certos processos de frigoríficos e curtumes pudesse ser reaproveitada na agricultura. A técnica deu tão certo que passou a ser usada em empresas da região do Rio dos Sinos, onde mora. Logo depois, o trabalho venceu um prêmio da Mostra Brasileira de Ciências e Engenharia, e a dupla de estudantes foi para a competição International Environmental Project Olympiad (Inepo), na Turquia – ficaram em segundo lugar na categoria meio ambiente. Na volta ao Brasil, Raíssa criou uma esponja capaz de limpar o óleo da água. A invenção poderia ser utilizada em casos de derramamento de petróleo no mar, por exemplo. A esponja rendeu à garota uma vaga no Village to Raise a Child, programa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Em breve ela pretende patentear o produto e buscar investimento para produzi-lo em escala industrial. Também está nos planos a faculdade de neurociências – e por isso passou julho em uma espécie de intensivão da graduação em Harvard.
  • 17. Dora Aparecida Martins, 60 anos, juíza

    17 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Políticas Públicas Dora é conhecida por suas decisões criativas e por envolver-se em causas sociais, como a igualdade de gêneros e de raças. Preocupada com o drama das crianças em situação de abandono, moradoras de abrigos da cidade, que vivem razoavelmente bem até a chegada da adolescência, Dora criou o projeto-piloto Apadrinhar. A ideia é que meninos e meninas com mais de 10 anos tenham a oportunidade de conviver com uma família de verdade sem necessariamente ser adotada. “Queremos encontrar pessoas que tenham perfis semelhantes à ideia antiga de padrinho, aquele que aconselha, serve de exemplo e dá um carinho extra”, explica. As inscrições foram abertas em abril deste ano e, desde então, mais de 5 mil pessoas se cadastraram. Em seguida, os interessados foram selecionados pela equipe do projeto. Os encontros devem começar este mês.
  • 18. Marinalva Dantas, 61 anos, auditora fiscal do trabalho

    18 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Políticas Públicas Nos mercados livres, essa paraibana de Campina Grande flagra as irregularidades, autua os responsáveis e convida os garotos que têm entre 14 e 18 anos para participar do programa federal Aprendizagem, que combina emprego com o ensino de um ofício. No Ministério do Trabalho desde 1984, chefiou por nove anos (de 1995 a 2004) uma equipe do Grupo de Fiscalização Móvel do Governo Federal, que combate o uso de mão de obra escrava. À frente do time, viajou pelo país para libertar trabalhadores rurais. Aos 61 anos, Marinalva é responsável pela libertação de mais de 2,3 mil trabalhadores escravos pelo país.Antes de encerrar sua carreira, Marinalva quer lançar o primeiro guia brasileiro de prevenção ao assédio moral no ambiente profissional.
  • 19. Raquel Domingues do Amaral, 43 anos, juíza

    19 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Políticas Públicas A juíza mato-grossense é idealizadora de um projeto que permite que moradores de áreas muito afastadas de centros urbanos possam emitir documentos ou passar a receber benefícios como salário-maternidade, aposentadoria e pensão por morte de parente. Para isso, Raquel mobilizou o Exército, a Marinha, a Previdência Social, a Receita Federal e a Secretaria de Justiça. Mais de 400 pessoas já foram beneficiadas na região do Rio Paraguai.
  • 20. Anadelli Soares Braz, 50 anos, administradora de empresas

    20 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Consultoria Natura Anadelli desenvolveu o projeto de capacitação Restaurante Escola, que, desde 2010, já deu cursos de garçom e auxiliar de cozinha a 435 jovens entre 18 e 35 anos. A administradora percebeu que em São Paulo, havia 300 mil vagas abertas só no setor da gastronomia. Então firmou parceria com restaurantes, que depois contratam os alunos formados; com empresas, que financiam o projeto; e com uma faculdade de gastronomia, onde as aulas acontecem para que a turma vivencie também o ambiente universitário.  A cada rodada de curso, são abertas 30 vagas, concedidas exclusivamente para quem não está empregado. Os selecionados passam por seis semanas de treinamento diário. Ao final, oito em cada dez deles saem de lá já com trabalho.
  • 21. Flávia Dias Hercolano Raposo, 37 anos, bióloga

    21 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Consultoria Natura A bióloga Flávia se divide entre as aulas de ciências – para alunos do ensino fundamental e médio e para a turma da Educação de Jovens e Adultos – e a coordenação da Cooperativa Aguapé, que ajudou a fundar e hoje é formada por 24 catadores, em Manhumirim, no interior de Minas Gerais. Antes da criação da Aguapé, os dejetos eram descartados em um lixão e famílias inteiras catavam recicláveis para revender sem nenhuma proteção contra contaminação ou acidentes. Além disso, o município padecia de falta de educação ambiental.  Flávia e um colega formalizaram a cooperativa, treinaram os catadores e os orientaram sobre como organizar o trabalho da equipe. Graças ao empenho de Flávia, a cooperativa venceu uma licitação para fazer a coleta também na vizinha Martins Soares. Com isso, 30 mil pessoas são impactadas pela iniciativa nos dois municípios.
  • 22. Lisandra Mazutti Foresti, 40 anos, advogada

    22 /23(Pablo Saborido/ CLAUDIA)

    Categoria Consultoria Natura Caxias do Sul, uma das principais cidades da Serra Gaúcha, convivia com dois graves problemas relacionados à educação infantil: falta de vaga nas creches públicas e o fechamento das escolinhas particulares por falta de alunos. Em 2009, o frei capuchinho Jaime Bettega recebeu uma doação anônima de 5 mil reais para ajudar as crianças. Diante do desafio, ele se reuniu com um grupo de fiéis, incluindo a advogada Lisandra Mazutti Foresti. Juntos, criaram o Projeto Mão Amiga, que subsidia parte das mensalidades de creches particulares para meninos e meninas até 6 anos excluídos das escolas públicas por falta de vaga. Além disso, o Mão Amiga mantém uma parceria com a prefeitura, que repassa parte da verba destinada a creches às escolinhas particulares e cede outros três funcionários para o projeto. Em contrapartida do benefício, os pais dos alunos se comprometem a participar de palestras de formação e educação.
  • 23. Veja agora quais são as mulheres mais poderosas do mundo

    23 /23(REUTERS/Hannibal)

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