10 superesportivos raríssimos que vieram parar no Brasil
Alguns já foram revendidos para clientes de outros países, mas todos deram muitas alegrias a seus donos por aqui
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 12h02.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h09.
Impostos, preços, burocracia, qualidade das vias. Dificuldades para se ter um superesportivo no Brasil não faltam. Ainda assim, vários carros raros não apenas no Brasil mas no mundo já tiveram uma garagem brasileira como lar. A seguir você confere alguns belos exemplos.
Irmão mais velho (e independente) do Veyron, o Bugatti EB110 teve apenas 139 unidades produzidas entre 1991 e 1995. Destas, uma veio para o Brasil, importada pelo empresário e colecionador Alcides Diniz. Era um exemplar prata da versão GT, que por volta de 2009 foi pintado de azul (Blu Bugatti) e transformado pela própria Bugatti em um SuperSport. Com mudanças de acabamento e na mecânica, viu seu motor V12 3.5 com quatro turbos passar dos 561 cv originais para 611 cv. Sempre manual de seis marchas, chega aos 100 km/h em apenas 3,2 s. Foi colocado à venda em 2010 por R$ 1,7 milhão.
Para participar da FIA GT, em 1997, a Mercedes teria de fazer algumas unidades de rua do carro que usaria no campeonato. Só que os carros de rua só ficaram prontos em 1998: era o Mercedes CLK GTR. Custando cerca de 1,5 milhões de euros, era o carro mais caro do mundo àquela altura. Com motor V12 6.0 (que viria a ser usado pelos Pagani), tinha 620 cv e 78,5 mkgf, com câmbio sequencial de seis marchas com acionamento por aletas no volante e pedal de embreagem. Também tinha bancos de couro e controle de tração, que não existiam nos carros de pista. Apenas 20 unidades do cupê (e cinco roadsters) foram produzidas. Um dos cupês veio parar no Brasil importado por Alcides Diniz (sim, de novo ele) e hoje, até onde se sabe, está nas mãos da família Fittipaldi.
Outro raríssimo esportivo trazido por Alcides Diniz, o Cidão, empresário irmão de Abílio Diniz e falecido em 2006. O Lister Storm chegou em 2002, e era um veterano do campeonato da FIA GT em 1999. No Brasil, o carro participou das Mil Milhas 2003 e 2004 em Interlagos e após a morte de Cidão foi vendido para a Inglaterra. A base do Lister Storm foi o Jaguar XJR Sportscars, quem também lhe emprestou o motor V12 7.0 de 554 cv e o câmbio manual de seis marchas que enviava toda a força para as rodas traseiras. Custando 350 mil dólares, apenas quatro carros foram produzidos entre 1993 e 1999.
Até o lançamento do McLaren F1, o Jaguar XJ220 foi o carro mais rápido do mundo: chegava aos 352 km/h. O zero a 100 km/h era cumprido em 3,6 s. E isso com motor V6 3.5 biturbo de 550 cv, câmbio manual de cinco marchas e tração traseira, quando a ideia original era a ter motor V12 7.0 (sim, o mesmo que foi utilizado no Lister) e tração integral. Esta mudança mecânica custou muitos possíveis compradores: foram vendidos apenas 271 carros, sendo que 1.500 interessados se inscreverem na pré-venda. Dois exemplares vieram parar no Brasil, um prata e um azul. Na foto acima, o exemplar prata durante um evento na pista da Embraer em Gavião Peixoto.
Pelo menos três Pagani já passaram pelo Brasil. Um Roadster F Clubsport veio para o Salão do Automóvel de 2008 e um Zonda R (que teve apenas 10 unidades) chegou a ser oferecido no Brasil por R$ 10 milhões, mas logo voltou para a Europa. O único que foi vendido e emplacado foi um Zonda F Clubsport amarelo. O carro ficou quase dois anos no showroom da antiga importadora Platinuss antes de ser comprado, em 2010, por um empresário paulistano que teria desembolsado R$ 4 milhões. Era o único Zonda F com aerofólio do modelo bipartido no mundo, e foi vendido no início deste ano para um milionário de Londres.
Duas das 1.311 Ferrari F40 produzidas entre 1987 e 1992 vieram parar no Brasil. Uma delas ficou com a Fiat e teria sido destruída em acidente durante testes, enquanto outra está nas mãos de um colecionador. Com construção que privilegia o desempenho e não o luxo ou o conforto, tem motor V8 2.9 biturbo de 478 cv e é capaz de chegar aos 100 km/h em 3,8 s.
Uma das grandes atrações do Salão do Automóvel de 2010, o Bugatti Veyron Grand Sport branco foi oferecido no Brasil por cerca de R$ 9 milhões. A versão teve apenas 150 unidades produzidas e se destacava pelo teto removível, mas tinha o mesmo motor W16 6.0 com quatro turbos de 1.001 cv que permite chegar aos 100 km/h em 2,8 s. O modelo ficou alguns meses no país mas, sem interessados, voltou para a Europa.
Você pode odiar o Porsche Cayenne, mas foi o lucro garantido por suas vendas que permitiu à Porsche levar adiante o projeto do Carrera GT. Considerado o melhor esportivo da história da marca (pelo menos até a chegada do híbrido 918), usa motor V10 5.5 de 605 cv e câmbio manual de seis marchas. Chega à máxima de 330 km/h, mas não sem antes alcançar os 100 km/h após 3,5 s de aceleração. Dos 1.270 carros produzidos, 604 estão nos Estados Unidos e três estão no Brasil.
Fruto de parceria entre a McLaren e a Mercedes, o SLR McLaren foi um dos carros mais marcantes da década passada. Foi lançado em 2003 com motor V8 5.4 de 626 cv combinado com o câmbio sequencial de cinco marchas, combinação que permitia chegar aos 100 km/h em 3,2 s e à velocidade máxima de 386 km/h. Vendido por encomenda no Brasil, teve seis unidades roadster e três cupês (uma delas foi a que Thor Batista dirigia quando atropelou e matou um ciclista) importadas.
Antecessor do Murcielago, o Lamborghini Diablo foi o único modelo vendido pela fabricante italiana nos anos 90, quando ainda pertencia à Chrysler. Tinha motor V12 5.7 de 492 cv e câmbio manual de cinco marchas, garantindo aceleração de 0 a 100 km/h em 4 segundos, o que não era nada mal em 1990. Se destacava entre os superesportivos da época pelo bom acabamento (com cor do couro personalizável) e pela possibilidade dos bancos serem fabricados de acordo com as medidas do proprietário. Existem apenas três no Brasil.
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