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Hoje há oportunidades em todas as regiões do Brasil

As economias regionais estão se diversificando. Há também mais investimentos em projetos em todas as regiões do país

São Paulo: a melhor cidade para fazer carreira (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 19h12.

São Paulo - O Brasil vem passando por uma enorme mudança. Isso se deve à descentralização dos investimentos, que agora chegam em maior proporção em todas as regiões. Há grandes projetos de infraestrutura sendo tocados em todas as localidades.

De hidrelétricas a refinarias, de terminais portuários a rodovias e grandes pontes, ligando cidades cujas populações ainda dependem do rio para se locomover. Com isso, milhares de empregos estão sendo criados para profissionais jovens e experientes. O que tem gerado outro fenômeno interessante: a maior mobilidade de brasileiros em busca de melhores condições de salário e carreira. Uma vida melhor, enfim.

Essas são as principais conclusões da décima edição da pesquisa exclusiva 100 Melhores Cidades para Fazer Carreira, coordenada pelo carioca Moisés Balassiano, professor da escola de negócios Fucape, de Vitória, no Espírito Santo. O ranking considera o vigor econômico, medido pelo produto interno bruto (PIB)do município, a oferta de vagas no Ensino Superior e as condições de saúde de cada cidade.

Você vai conhecer a seguir histórias como a da engenheira curitibana Camila Leithsenring, de 26 anos, que saiu do Paraná para trabalhar na indústria do petróleo no Rio de Janeiro. Já o engenheiro José Bosco Silveira Júnior, de 39 anos, deixou São Paulo para se tornar executivo de sucesso em Curitiba, no Paraná.

Claro, nem todo trabalhador precisa mudar de região para se desenvolver. O administrador brasiliense Pedro Correia, de 34 anos, preferiu ficar em Campo Grande. Com a explosão do consumo e novos investimentos na região, ele conseguiu um bom emprego e recentemente assumiu a superintendência do Norte-Sul Plaza, novo shopping da cidade.

Mais crédito nas praças

Entre janeiro e março deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou 169 601 operações de crédito, 38,58% a mais do que no mesmo período de 2010, e desembolsou quase 24,8 bilhões de reais, praticamente o mesmo montante do que no ano passado.

O dinheiro teve como destino diversos setores, de agropecuária ao químico e petroquímico. Você pode estar se perguntando: “Qual a relação desses dados com a minha carreira?”.  Acredite, tem tudo a ver.

Quando uma indústria recebe estímulos, ela passa a ter mais condições de competir e crescer. O que gera demanda por trabalhadores para colocar em prática a estratégia de crescimento da companhia. Esse movimento tem acontecido em todo o  Brasil, o que tem feito mais gente se deslocar em busca de emprego.


Um levantamento do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), com dados do IBGE de 2009, mostra que a imigração (entrada) de pessoas com 12 anos ou mais de estudo foi maior em Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. O mesmo levantamento mostra que cerca de 26 000 estrangeiros escolheram São Paulo e Rio para trabalhar.

O professor Moisés Balassiano, da Fucape, aponta para outro fenômeno ao qual ele dá o nome de “costalização”, que diz respeito ao fluxo de trabalhadores qualificados para trabalhar nas cidades litorâneas do Nordeste ao Sul do país, atraídos pelas oportunidades no setor de óleo e gás. “Há grandes polos prestadores de serviços que estão sendo formados para alimentar a cadeia do pré-sal. Eles estão localizados em torno das cidades do litoral”, diz Moisés.

Segundo os números da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), serão investidos 400 bilhões de dólares apenas nas atividades offshore (em alto mar) até 2020. Outros 400 bilhões de dólares serão aplicados nos próximos dez anos na construção de refinarias e infraestrutura de escoamento.

A previsão é que serão gerados 1,7 milhão de empregos no setor. “O surgimento de importantes polos navais como no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, além do Rio de Janeiro, acaba puxando mais gente para essas regiões. A Bahia também dá sinais de que está se estruturando para entrar nessa corrida”, diz Alfredo Renault, superintendente regional da Onip.

Um dos efeitos do aumento do emprego e da renda nas cidades litorâneas é a elevação do custo de vida nesses municípios. Um exemplo é o que está acontecendo com Santos, em São Paulo, onde o preço dos imóveis quase dobrou. O valor médio do metro quadrado de um imóvel residencial de um dormitório subiu de 2  602 reais para 5 182 reais de agosto de 2006 a abril de 2011.

As vendas dispararam quase 3,5 vezes em relação ao que se vendia em 2006 — 162 imóveis. “O que está havendo é uma especulação antecipada por parte dos investidores”, afirma Renato Monteiro, diretor do Secovi-Baixada Santista. É um preço a se pagar em troca do desenvolvimento regional e de mais oportunidades de renda e emprego para todos os brasileiros.

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São Paulo - O Brasil vem passando por uma enorme mudança. Isso se deve à descentralização dos investimentos, que agora chegam em maior proporção em todas as regiões. Há grandes projetos de infraestrutura sendo tocados em todas as localidades.

De hidrelétricas a refinarias, de terminais portuários a rodovias e grandes pontes, ligando cidades cujas populações ainda dependem do rio para se locomover. Com isso, milhares de empregos estão sendo criados para profissionais jovens e experientes. O que tem gerado outro fenômeno interessante: a maior mobilidade de brasileiros em busca de melhores condições de salário e carreira. Uma vida melhor, enfim.

Essas são as principais conclusões da décima edição da pesquisa exclusiva 100 Melhores Cidades para Fazer Carreira, coordenada pelo carioca Moisés Balassiano, professor da escola de negócios Fucape, de Vitória, no Espírito Santo. O ranking considera o vigor econômico, medido pelo produto interno bruto (PIB)do município, a oferta de vagas no Ensino Superior e as condições de saúde de cada cidade.

Você vai conhecer a seguir histórias como a da engenheira curitibana Camila Leithsenring, de 26 anos, que saiu do Paraná para trabalhar na indústria do petróleo no Rio de Janeiro. Já o engenheiro José Bosco Silveira Júnior, de 39 anos, deixou São Paulo para se tornar executivo de sucesso em Curitiba, no Paraná.

Claro, nem todo trabalhador precisa mudar de região para se desenvolver. O administrador brasiliense Pedro Correia, de 34 anos, preferiu ficar em Campo Grande. Com a explosão do consumo e novos investimentos na região, ele conseguiu um bom emprego e recentemente assumiu a superintendência do Norte-Sul Plaza, novo shopping da cidade.

Mais crédito nas praças

Entre janeiro e março deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou 169 601 operações de crédito, 38,58% a mais do que no mesmo período de 2010, e desembolsou quase 24,8 bilhões de reais, praticamente o mesmo montante do que no ano passado.

O dinheiro teve como destino diversos setores, de agropecuária ao químico e petroquímico. Você pode estar se perguntando: “Qual a relação desses dados com a minha carreira?”.  Acredite, tem tudo a ver.

Quando uma indústria recebe estímulos, ela passa a ter mais condições de competir e crescer. O que gera demanda por trabalhadores para colocar em prática a estratégia de crescimento da companhia. Esse movimento tem acontecido em todo o  Brasil, o que tem feito mais gente se deslocar em busca de emprego.


Um levantamento do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), com dados do IBGE de 2009, mostra que a imigração (entrada) de pessoas com 12 anos ou mais de estudo foi maior em Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. O mesmo levantamento mostra que cerca de 26 000 estrangeiros escolheram São Paulo e Rio para trabalhar.

O professor Moisés Balassiano, da Fucape, aponta para outro fenômeno ao qual ele dá o nome de “costalização”, que diz respeito ao fluxo de trabalhadores qualificados para trabalhar nas cidades litorâneas do Nordeste ao Sul do país, atraídos pelas oportunidades no setor de óleo e gás. “Há grandes polos prestadores de serviços que estão sendo formados para alimentar a cadeia do pré-sal. Eles estão localizados em torno das cidades do litoral”, diz Moisés.

Segundo os números da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), serão investidos 400 bilhões de dólares apenas nas atividades offshore (em alto mar) até 2020. Outros 400 bilhões de dólares serão aplicados nos próximos dez anos na construção de refinarias e infraestrutura de escoamento.

A previsão é que serão gerados 1,7 milhão de empregos no setor. “O surgimento de importantes polos navais como no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, além do Rio de Janeiro, acaba puxando mais gente para essas regiões. A Bahia também dá sinais de que está se estruturando para entrar nessa corrida”, diz Alfredo Renault, superintendente regional da Onip.

Um dos efeitos do aumento do emprego e da renda nas cidades litorâneas é a elevação do custo de vida nesses municípios. Um exemplo é o que está acontecendo com Santos, em São Paulo, onde o preço dos imóveis quase dobrou. O valor médio do metro quadrado de um imóvel residencial de um dormitório subiu de 2  602 reais para 5 182 reais de agosto de 2006 a abril de 2011.

As vendas dispararam quase 3,5 vezes em relação ao que se vendia em 2006 — 162 imóveis. “O que está havendo é uma especulação antecipada por parte dos investidores”, afirma Renato Monteiro, diretor do Secovi-Baixada Santista. É um preço a se pagar em troca do desenvolvimento regional e de mais oportunidades de renda e emprego para todos os brasileiros.

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