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Em pouco tempo será possível investir em ações de empresas americanas por meio de fundos de investimento

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 18h12.

São Paulo - Você já pensou em ser sócio da Apple, do McDonald’s e do Google? A partir deste mês, os investidores institucionais poderão negociar dez ações de empresas americanas na BM&FBovespa. A transação será feita por meio das BDRs nível 1, sigla para Brazilian Depositary Receipts, os recibos de depósitos brasileiros.

As BDRs nível 1 são ações de empresas negociadas fora do seu país de origem. Num primeiro momento, essas ações não estarão disponíveis para a compra direta pelas pessoas físicas. Quem se interessar poderá adquirir os papéis americanos por meio de fundos de investimentos, principalmente os multimercado, mas eles ainda não têm data para ser lançados no mercado financeiro nacional.

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Dois bancos, ambos com operação por aqui, o Deutsche Bank e o Citi, já anunciaram que vão negociar as ações americanas. Eles ficarão responsáveis por garantir a relação entre o papel negociado aqui e nos Estados Unidos. O banco alemão já escolheu as dez ações que vai transacionar.

O Citi ainda não anunciou quais ações farão parte de suas negociações. A estimativa dos analistas financeiros é de que os fundos para pessoas físicas sejam lançados no mercado em até três anos. “Foi assim que aconteceu no México”, diz Ricardo Nascimento, diretor da área de custódia do Deutsche Bank Brasil, responsável pela operação de lançamento das BDRs no país.

Vale a pena investir?

Os Estados Unidos ainda não se recuperaram da crise financeira de 2008, o que poderia fazer com que as ações de suas companhias ficassem menos atrativas, certo? Nem tanto. “As ações brasileiras, a curto e médio prazo, são muito mais atrativas.

Mas a possibilidade de investir em empresas como Google e Apple, que estão sempre inovando, é muito interessante. Mesmo com a situação da economia americana, elas conseguem fazer sua receita crescer”, diz José Góes, consultor econômico da WinTrade, canal de homebroker da Corretora Alpes, de São Paulo.


Na hora de investir em papéis de empresas estrangeiras é preciso ficar atento a alguns pontos importantes. Além de analisar se a economia do país está caminhando bem e se o setor da companhia em que você está investindo tem bons resultados financeiros, é preciso acompanhar os mercados em que atua.

“Se forem ações de multinacionais expostas a países emergentes serão bons papéis para investir. Mas, se os negócios estiverem concentrados apenas no mercado europeu ou no americano, é melhor esperar até as economias se recuperarem”, diz Richard Wahba, chefe de varejo da Fator Corretora, de São Paulo.

O Brasil no mundo

No final de setembro, a BM&FBovespa anunciou que os investidores pessoas físicas de todo o mundo poderão negociar ações brasileiras em seus países e em suas respectivas moedas. É que a bolsa pretende lançar no primeiro trimeste do próximo ano um produto financeiro para viabilizar essas transações em qualquer parte do globo.

Já há um acordo com grandes bancos, como Bradesco, Itaú-Unibanco, Citi e HSBC, para levar essas negociações ao varejo internacional. A expectativa é de que o produto seja uma alternativa à negociação de ADRs (recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na bolsa de Nova York, nos Estados Unidos).

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