Gerente de dia, bombeiro nas horas vagas
Depois de presenciar um acidente grave, o executivo Ricardo Guerreiro tornou-se bombeiro voluntário e fundou uma ONG para ajudar a melhorar o serviço de emergência brasileiro
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 05h00.
São Paulo - Em 2009, durante um período de férias no Brasil, o administrador de empresas paulista Ricardo Augusto Guerreiro da Costa, de 45 anos, então gerente de qualidade e processos da General Dynamics, empresa de defesa em Washington DC, nos Estados Unidos, passou por uma experiência transformadora.
Ricardo presenciou um acidente grave de moto na Costa do Sauípe, no litoral baiano, e se sentiu impotente por não conseguir socorrer o motoqueiro acidentado. “Percebi que meu conhecimento e minhas qualificações não serviam para ajudar aquela pessoa”, diz.
A cena não saiu da cabeça de Ricardo, e a primeira coisa que fez ao retornar a Washington DC foi ingressar no Engine 3, corpo de bombeiros voluntários da cidade.
Depois de um ano de treinamento, Ricardo passou a dividir sua agenda entre a vida executiva e a de bombeiro voluntário — nos Estados Unidos, 70% dos bombeiros em atividade são voluntários.
As noites de quarta-feira e um sábado por mês eram preenchidos com o atendimento a incêndios e acidentes. Algumas chamadas eram tranquilas, outras Ricardo passava a madrugada em claro.
“Lembro-me de ser acordado às 4 horas da manhã e ter de sair em 1 minuto sem saber o que iria encontrar”, diz. Mas nem tudo parecia completo. “Nos Estados Unidos, os serviços de emergência são exemplares, já no Brasil a realidade é diferente e a população sofre”, diz.
No fim de 2012, Ricardo decidiu voltar. Além de ficar mais perto da família, poderia promover o trabalho de bombeiros voluntários no Brasil. No começo do ano, recebeu uma proposta de emprego na Bematech, empresa de automação comercial de São Paulo.
De volta ao país e com emprego novo, Ricardo fundou a ONG Bombeiros e Socorristas Voluntários do Brasil, que tem mais de 100 voluntários.
O administrador voltou à vida dupla, trabalhando como gerente sênior de desenvolvimento de software na Bematech e cuidando do dia a dia da ONG , que fechou uma parceria com a prefeitura de Caieiras para fazer a segurança de um evento em novembro. “A atividade como voluntário me completa.”
São Paulo - Em 2009, durante um período de férias no Brasil, o administrador de empresas paulista Ricardo Augusto Guerreiro da Costa, de 45 anos, então gerente de qualidade e processos da General Dynamics, empresa de defesa em Washington DC, nos Estados Unidos, passou por uma experiência transformadora.
Ricardo presenciou um acidente grave de moto na Costa do Sauípe, no litoral baiano, e se sentiu impotente por não conseguir socorrer o motoqueiro acidentado. “Percebi que meu conhecimento e minhas qualificações não serviam para ajudar aquela pessoa”, diz.
A cena não saiu da cabeça de Ricardo, e a primeira coisa que fez ao retornar a Washington DC foi ingressar no Engine 3, corpo de bombeiros voluntários da cidade.
Depois de um ano de treinamento, Ricardo passou a dividir sua agenda entre a vida executiva e a de bombeiro voluntário — nos Estados Unidos, 70% dos bombeiros em atividade são voluntários.
As noites de quarta-feira e um sábado por mês eram preenchidos com o atendimento a incêndios e acidentes. Algumas chamadas eram tranquilas, outras Ricardo passava a madrugada em claro.
“Lembro-me de ser acordado às 4 horas da manhã e ter de sair em 1 minuto sem saber o que iria encontrar”, diz. Mas nem tudo parecia completo. “Nos Estados Unidos, os serviços de emergência são exemplares, já no Brasil a realidade é diferente e a população sofre”, diz.
No fim de 2012, Ricardo decidiu voltar. Além de ficar mais perto da família, poderia promover o trabalho de bombeiros voluntários no Brasil. No começo do ano, recebeu uma proposta de emprego na Bematech, empresa de automação comercial de São Paulo.
De volta ao país e com emprego novo, Ricardo fundou a ONG Bombeiros e Socorristas Voluntários do Brasil, que tem mais de 100 voluntários.
O administrador voltou à vida dupla, trabalhando como gerente sênior de desenvolvimento de software na Bematech e cuidando do dia a dia da ONG , que fechou uma parceria com a prefeitura de Caieiras para fazer a segurança de um evento em novembro. “A atividade como voluntário me completa.”