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Quer trabalhar com marketing digital? Veja o perfil mais buscado

Confira as habilidades básicas e os diferenciais mais importantes para quem pretende trabalhar com marketing baseado em dispositivos digitais

1. Marketing digital (ViktorCap/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 19h00.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 19h00.

SEO, UX, SQL, Analytics, CRM, Big Data … Estes são apenas alguns dos termos comuns no cotidiano de profissionais de marketing digital , uma área que está em constante transformação.

Em um painel da Conferência Na Prática Gestão Empresarial , um evento de carreira gratuito da Fundação Estudar que reuniu jovens e empresas em busca de novos talentos, duas pessoas que vivem esse universo no dia a dia compartilharam suas experiências: Felipe Padovani, formado em Marketing e especialista sênior em Business Inteligente da TV Globo, e Rafael Untura, publicitário por formação e um dos gerentes de Marketing digital da Natura.

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Perfil da área

Ambos concordam que ter perfil analítico – ou seja, ter a capacidade de analisar grandes volumes de dados e extrair informações – e visão de negócios são aspectos fundamentais para quem quer trabalhar com marketing digital.

Conhecimentos básicos de programação que facilitem a interação com as ferramentas também estão se tornando cruciais, assim como saber manipular muito bem planilhas de Excel.

“Noventa milhões de pessoas acessam a Globo online por mês, o que traz um volume enorme de informações”, explica Felipe. Só que, para realmente agregar valor, não basta apenas saber usar planilhas. “A pessoa precisa saber como argumentar e ‘vender’ aquela informação.”

Rafael, que traz informações tanto para equipes de negócios focadas em venda online quanto para toda a equipe de branding da Natura, concorda. ”Quando se lida com dados, há a questão de precisar abstrair e dar sentido àquela informação. Digamos que há uma taxa de conversão de 2%. Isso é muito? É pouco? Depende de muitas outras coisas.”

Em uma área que constantemente se renova – hoje há ferramentas utilizadas mundo afora que sequer existiam cinco anos antes –, ambos avisam que a capacidade de se atualizar é mais importante que conhecimentos técnicos pontuais.

“Os conhecimentos técnicos vão ficar obsoletos e outros vão surgir do nada para dominar tudo”, explica Rafael, que aplica provas básicas e cases em processos seletivos para avaliar o nível das habilidades dos candidatos.

E se sua faculdade não ensinar o que é necessário ou o que está em alta atualmente? “Estude por conta própria e explore o que a faculdade não te deu”, aconselha ele, destacando que há uma série de cursos online disponíveis (cheque plataformas como edX, Coursera, Veduca e mesmo YouTube para saber mais).

Agilidade é chave

Uma estratégia de Marketing digital pode ser aplicada agora e amanhã, no mesmo horário, já ter passado por diversas alterações baseadas em métricas e feedbacks.

Para acompanhar esse ritmo incessante de melhorias e testes, é importante ser ágil e estar disposto a investir em novidades e pensar em novas maneiras de consertar o que não está funcionando. Pequenos erros, garantem os dois, acontecem diariamente.

O segredo está na simplicidade da execução. “Prefira aquilo que é rápido e que evolui ao que é sofisticado. A pessoa que enrola ou que é burocrática não tem espaço”, fala Rafael.

Para desenvolver essa agilidade, ele também recomenda que se pratique o “sentimento de dono”, quando você puxa para si responsabilidades e encara seu trabalho como se fosse seu próprio negócio. Se aquela empresa fosse sua, você enfrentaria o cansaço para melhorar um relatório ou investiria dinheiro em uma certa ferramenta, por exemplo?

“Isso facilita o caminho para crescer. As pessoas sentem quem tem essa iniciativa”, continua.

Quem pode atuar com marketing digital?

Segundo Rafael e Felipe, qualquer um que tenha os conhecimentos básicos requeridos, seja ele um publicitário, advogado, engenheiro, cientista de computação ou outra coisa por formação, está apto a atuar nessa área em expansão.

“Há até vontade de termos perfis diferentes na mesma equipe”, afirma Rafael. “Mas o que pode limitar suas possibilidades é uma rede de contatos pouco diversificada. Como seu network está formado?”, indaga.

Isso é importante porque quem não convive com colegas de outras profissões pode acabar ficando dentro dos limites de suas próprias formação, sem acesso a oportunidades além das mais comuns em seu campo e sem descobrir que outros caminhos são possíveis.

“Não é preciso ter uma formação específica, mas um mindset digital”, continua Felipe. “Ter o perfil e demonstrar potencial é mais importante do que chegar ‘pronto’.”

* Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar

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