Home-office: Carreiras tradicionais dividem espaço com modelos mais inovadores (Charday Penn/Getty Images)
Que o home office caiu no gosto dos profissionais brasileiros isso não é novidade. Mas, a adesão ao trabalho remoto pelos profissionais de tech é ainda maior do que se imagina: 79,1% deles considerariam trocar de emprego caso a empresa em que trabalham atualmente exigisse a volta ao presencial.
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Pelo menos é isso que aponta uma nova pesquisa realizada pela Revelo, startup de recrutamento especializada em tecnologia, que ouviu 530 profissionais de tecnologia durante os meses de setembro e outubro.
O levantamento ainda apontou que 76,2% dos profissionais trabalhavam presencialmente antes da pandemia e apenas 15,6% já estavam no modelo remoto.
Apesar disso, a flexibilidade conquistada durante o isolamento mudou os hábitos dos trabalhadores de tal forma que o home office, hoje, é o modelo de trabalho preferido de 83,4% dos entrevistados. somente 16,2% optam pelo regime híbrido.
Outros 59,6% afirmaram que não consideram aceitar propostas de emprego caso o modelo de trabalho seja presencial. Já 40,4% estão abertos a avaliar e aceitar trabalhos que exigissem a ida ao escritório.
Entre os benefícios que levam a escolher o home office, 25,7% dos entrevistados citaram a economia de tempo gasto no trânsito. Logo em seguida, 21,4% escolheram trabalhar em casa pela flexibilidade no dia a dia.
Já 21,4% optaram pela modalidade pois permite fazer suas atividades em vários lugares e cidades diferentes. Além disso, 11,5% escolheram por ser um ambiente favorável para concentração e foco e 11,2% por sobrar mais tempo com a família.
Mesmo assim, 65,9% dos profissionais afirmam que a principal vantagem do trabalho presencial é a interação com os colegas no escritório. Outros 9,1% dizem que a estrutura e equipamentos, como as mesas, cadeiras e computadores, contribuem para o dia a dia das atividades.
Por fim, os pontos que os trabalhadores também valorizam no presencial são os momentos de descompressão, como as festas e happy hour com os colegas.
A pesquisa também aumentou um aumento de 12,3% no número de profissionais que não residem na mesma cidade em que está localizado o escritório da empresa.
Como consequência, a prática que já é apontada por especialistas como impulsionadora da diversidade dentro das organizações, contribuiu para uma força de trabalho mais distribuída geograficamente.
Em comparação à mesma pesquisa da Revelo, de 2021, o número de desenvolvedores que moram no sudeste caiu 17,7% neste ano, enquanto profissionais de outras regiões cresceram entre 42% a 50%, dependendo da localidade do país.
O estudo, que também ouviu 35 empresas de tecnologia, apontou que 42,1% delas dizem que a principal dificuldade na hora da contratação é a desistência dos candidatos.
Outros 26,3% pontuaram a escassez de profissionais, 15,3% reiteraram o tempo gasto em trânsito e 10,5% escolheram a opção de alta pretensão salarial.