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Quando vale a pena abandonar a Apple

Everaldo Coelho, designer que pediu demissão da Apple em julho conta como foi abandonar a gigante mundial

Na Movile, Everaldo Coelho sente que fará a diferença (Divulgação)
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José Eduardo Costa

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 11h19.

São Paulo - Formado em teologia, com especialização em psicanálise, o curitibano Everaldo Coelho, de 34 anos, é autodidata em design e tecnologia. Ele fez carreira no Brasil e há dois anos foi contratado como designer sênior da Apple . Fez as malas e se mudou para Cupertino, nos Estados Unidos - sede da empresa.

Em julho, durante um evento promovido pelo consulado do Brasil em São Francisco, Everaldo conheceu Fabricio Bloisi, 35 anos, fundador e presidente da Movile, de Campinas, que desenvolve aplicativos e jogos para celular. Após o evento, os dois foram jantar e conversaram sobre tecnologia, design e games. Pouco antes da conta, Fabricio disparou: "Quer vir trabalhar na Movile?

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O dilema

Para um designer, trabalhar na Apple significa estar entre os melhores da área no mundo. "Nossos desenhos e interfaces influenciam toda a indústria. É uma tremenda exposição", diz Everaldo. A troca de conhecimento entre os profissionais é intensa - "o que gera um enorme aprendizado."

Everaldo, no entanto, ficou tentado pela proposta de Fabricio. A Movile foi fundada em 2001 e nos últimos quatro anos cresce de forma acelerada. A empresa tem nove escritórios em cinco países além do Brasil - e está inclusive no Vale do Silício, bem próximo da Apple. Everaldo veio ao Brasil conhecer a Movile, mas não fechou a contratação com Fabricio. Um mês depois, o presidente da Movile viajou aos Estados Unidos, ligo para Fabricio e fez nova proposta: "Vem trabalhar na Movile"

A decisão

"Decidi sair e quando fui comunicar minha chefe, ela só teve uma reação: ‘O my God’ (Meu Deus). As pessoas se surpreendem quando alguém sai da Apple, não é comum. A empresa me pediu para ficar. Ofereceram aumento de salário e propuseram aumentar meu pacote de stock options. Mas eu já estava de cabeça feita. A possibilidade de estar numa empresa brasileira de tecnologia que tem ambições globais é instigante. Além disso, eu poderei deixar a minha marca. No Brasil, as empresas ainda não desenvolvem softwares pensando no cliente. O foco é o aparelho. Tenho muito o que fazer com o que aprendi na Apple.

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