Por que ser bom de 'conversa fiada' pode te beneficiar no trabalho?
Aprender a se destacar em pequenas conversas pode trazer vantagens na carreira, fortalecer relações e melhorar o bem-estar emocional
Redator na Exame
Publicado em 25 de setembro de 2024 às 12h52.
Em meio a apresentações ou palestras para grandes audiências, muitas pessoas se sentem confiantes. No entanto, a simples ideia de "jogar conversa fora", ou então engajar em uma "conversa fiada", causa pânico. Embora esse tipo de interação possa parecer trivial, dominá-la é uma habilidade que pode trazer recompensas significativas, tanto no âmbito profissional quanto social, afirma um autor e especialista John Bowe em reportagem do CNBC.
Afinal, aqueles que sabem improvisar uma conversa sobre qualquer que seja o assunto– e com qualquer que seja o interlocutor – são considerados mais simpáticos, além de serem capazes de expandir sua rede de contatos.
Especialistas em comunicação apontam que a capacidade de manter conversas informais, ou o famoso "small talk", não é um talento inato, mas sim uma competência que pode ser desenvolvida. Aqueles que conseguem superar o medo inicial e se abrir para essas interações ganham não só conexões importantes, mas também promovem bem-estar emocional e social.O segredo para dominar essa habilidade está em três passos fundamentais que podem tornar qualquer pessoa mais confortável ao iniciar uma conversa com desconhecidos.
1. Deixe o medo de lado
O primeiro passo para iniciar uma conversa casual é afastar o medo de falhar. Iniciar uma troca com alguém não precisa ser um grande desafio. Reconhecer a presença de outra pessoa e oferecer uma oportunidade de interação é o ponto de partida.Mesmo que a tentativa não saia como esperado, os efeitos negativos são mínimos e passageiros. O importante é dar o primeiro passo sem se apegar a possíveis desconfortos.
Antes de abordar alguém, observe se não está interrompendo outra conversa. Se for apropriado, tente uma aproximação com um comentário simples. Lembre-se de que o importante não é o conteúdo profundo da conversa inicial, mas sim o gesto de engajamento.
2. Não se preocupe em ser profundo ou original
Muitas vezes, as primeiras interações podem parecer superficiais ou um pouco forçadas, o que pode desmotivar as pessoas a tentar. Entretanto, todas as relações começam de maneira simples, e essas trocas iniciais são essenciais para construir conexões mais profundas. Comentários sobre o ambiente ou sobre a ocasião são formas eficazes de iniciar uma conversa. Perguntar sobre a opinião da outra pessoa ou fazer observações sobre o local são formas seguras de engajar.
As interações não precisam ser profundas ou memoráveis logo no início.O foco deve estar na criação de uma conexão, independentemente da simplicidade do tema abordado. Pequenas conversas são oportunidades de criar vínculos que podem se fortalecer com o tempo.
3. Foque na outra pessoa, não em si mesmo
Ao iniciar uma conversa, é comum ficar preso em pensamentos autocríticos ou na preocupação sobre como está sendo percebido. No entanto, esse tipo de autorreflexão pode prejudicar a capacidade de ouvir ativamente o que a outra pessoa está dizendo. Uma das chaves para o sucesso nas conversas informais é direcionar toda a atenção para o interlocutor.
Prestar atenção ao que a outra pessoa está dizendo, sem interromper ou fazer julgamentos, permite uma troca mais fluida e autêntica. Fazer perguntas é importante, mas deve ser feito de forma natural, sem transformar a conversa em um interrogatório.Quando o foco é a outra pessoa, o diálogo tende a fluir com mais facilidade, e as conexões se tornam mais significativas.
Essas três estratégias são simples de implementar e podem fazer toda a diferença na maneira como alguém se relaciona em situações sociais ou profissionais. Afinal, a habilidade de se comunicar de forma eficaz, mesmo em pequenas interações, pode abrir portas, fortalecer redes de contatos e melhorar a experiência em diversos contextos.