Carreira

Para maioria dos executivos, pandemia influenciou no surgimento do 'quiet quitting'

Pesquisa da startup HR First Class também mostrou que mais da metade dos líderes dizem que a tendência já é uma realidade nas empresas

Executivos reconhecem que longas jornadas de trabalho na pandemia contribuíram para quiet quitting  (foto/Getty Images)

Executivos reconhecem que longas jornadas de trabalho na pandemia contribuíram para quiet quitting (foto/Getty Images)

Luciana Lima
Luciana Lima

Repórter de Carreira

Publicado em 6 de maio de 2023 às 10h18.

Última atualização em 12 de maio de 2023 às 19h52.

Quase um ano após um vídeo viralizar no TikTok com um jovem dizendo para profissionais adotarem o 'quiet quitting' e fazerem o mínimo no trabalho, a tendência continua sendo motivo de discussão e preocupação entre os profissionais de RH.

Segundo uma pesquisa realizada pela startup de gestão de pessoas HR First Class, que ouviu 500 líderes de RH e C-Levels, mais da metade dos executivos acreditam que o quiet quitting já é uma realidade nas empresas.

Entre eles, 8,6% dizem que a tendência é um movimento concreto dentro da organização e outros 43,9% afirmam perceber a tendência, mas sem um impacto direto no dia a dia. Outros 47,5% dizem que não identificaram a prática entre os funcionários.

A pandemia também foi um fator apontado pelos executivos para o surgimento do quiet quitting, com 56,8% dos líderes afirmando que a crise sanitária agravou casos de saúde mental e levou profissionais a estabelecerem limites no volume de trabalho.

O levantamento também indicou que 54% dos entrevistados conheciam a tendência mundial apenas de maneira superficial. Nessa mesma questão, 23,7% disseram conhecer amplamente o assunto e 22,3% desconheciam o que era o quiet quitting.

Quiet quitting e saúde mental

Uma parcela grande dos executivos 54,3% acredita que entre 50% a 70% dos profissionais adotam o quiet quitting para manter a saúde mental. Outros 18% acreditam que entre 80% e 100% dos funcionários adotam a postura para manter o equílibrio emocional e apenas 8% afirmam que menos de 20% deve adotar o comportamento por questões psicológicas.

“O mundo mudou e a cultura da empresa também deve mudar. Os executivos devem estar atentos as mudanças de comportamento da sociedade", declarou Lucas Nogueira Diretor Regional da Robert Half, durante a apresentação dos resultados da pesquisa na 17ª Edição do HR First Class, evento que reuniu mais de 50 líderes de RH e executivos de alta gestão.


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