Palavra de headhunter
São Paulo - Formado em Economia pela FAAP, com pós-graduação em Administração pelo Insper, Mário Custódio, gerente da divisão de RH da Robert Half, é responsável pelo recrutamento de posições em RH há sete anos. VOCÊ RH - Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostrou que 91% das empresas sofrem para encontrar mão de obra especializada. […]
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2014 às 10h17.
São Paulo - Formado em Economia pela FAAP, com pós-graduação em Administração pelo Insper, Mário Custódio, gerente da divisão de RH da Robert Half, é responsável pelo recrutamento de posições em RH há sete anos.
VOCÊ RH - Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostrou que 91% das empresas sofrem para encontrarmão de obraespecializada. Quais as maiores deficiências de forma geral?
Mário Custódio - Um ponto em comum é a dificuldade de encontrar profissionais com fluência no segundo idioma, especificamente em inglês. Já em relação às posições que vão do meio para a base da pirâmide, o complicado é encontrar candidatos com conhecimento técnico profundo e com perfil comportamental compatível com o do empregador.
Na área de RH , as posições difíceis de ser preenchidas são aquelas que pedem conhecimento de legislação trabalhista e interface com sindicatos, além de experiência em modelos de remuneração específicos.
VOCÊ RH - As empresas estão exigindo mais esse tipo de conhecimento do profissional de RH?
Mário Custódio - Normalmente as posições que mais demandam esse conhecimento são de um profissional generalista de RH, cujo cargo vai de coordenador a gerente, ou de um profissional responsável pela área de administração de pessoal e folha de pagamentos. Há ainda empresas que buscam alguém só para negociar com os sindicatos.
VOCÊ RH - Para as posições de RH, as maiores buscas estão no topo ou no meio da pirâmide?
Mário Custódio - Em volume, as posições de nível médio são as mais demandadas. As organizações buscam profissionais que tenham conhecimento mais profundo nos temas relevantes para a posição e que entendam onde — e como — o RH pode agregar valor à empresa.
VOCÊ RH - Essa maior exigência das empresas no processo de seleção tem impactado o tempo de busca de candidatos?
Mário Custódio - Em média encontramos e apresentamos os candidatos em até dez dias. Para altas posições em RH, o tempo varia de um a seis meses. Temos observado que os clientes cautelosos muitas vezes criam mais etapas na seleção a fim de evitar o erro da má contratação.
É importante ressaltar que a lentidão nesse processo pode significar a perda de talentos. Por causa da demora, eles podem ser contratados por outras organizações ou desistir da seleção.