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Palavra de headhunter

Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, formada em Psicologia pela PUC-Rio, com pós-graduação em Psicologia Clínica pelo IPUB/UFRJ

Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos (André Valentim / VOCÊ RH)

Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos (André Valentim / VOCÊ RH)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 06h00.

São Paulo - Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos. Formada em Psicologia pela PUC-Rio, com pós-graduação em Psicologia Clínica pelo IPUB/UFRJ e MBA pelo COPPEAD, acumula mais de 30 anos em experiência na área de RH.

Quais sãos as principais carências profissionais no mercado carioca atualmente?

As principais carências técnicas são encontradas nas áreas de petróleo, na indústria naval e no segmento de informática. Em relação às competências, a grande dificuldade ainda é o inglês. Às vezes, recebo currículos excelentes, de pessoas com três MBAs, mas que não falam inglês.

Já no nível gerencial executivo, a grande dificuldade é encontrar profissionais que reúnam as competências técnicas e comportamentais, como flexibilidade e versatilidade, bastante desejadas pelas empresas.

Falando nisso, como você vê a flexibilidade do profissional carioca para mudar de cidade diante de uma proposta de emprego? Mudou ao longo do tempo?

Sim. Mudou bastante desde o boom da telecom (em torno do ano 2000), já que naquela época havia muitas oportunidades executivas fora do eixo Rio-São Paulo. Hoje, o carioca está aberto a posições fora da cidade, especialmente para São Paulo, desde que signifique ganho na carreira e visibilidade em seu segmento. A disponibilidade para mudança é também maior entre os mais jovens, sem família constituída.

O que, em sua opinião, destrói um candidato num processo de seleção?

A falta de clareza e de sinceridade. Ser evasivo, inconsistente, tentar manipular o processo ou vender uma ideia diferente daquilo que quer. Quando o candidato disponibiliza informações e expectativas que não sustenta em um momento posterior, ele perde a credibilidade. Se vender como um profissional sem gaps também não funciona, porque sabemos que isso é irreal.

E o que faz ele ganhar pontos?

Demonstrar autoconhecimento, tendo consciência de seus pontos fortes e fracos. Ter histórias de fracasso, por exemplo, não derruba o candidato. É positivo dizer o que aprendeu com os erros. Outro ponto a favor é colocar com clareza o que quer para sua carreira e o que espera de um possível contratante, pois demonstra maturidade e seriedade no processo.

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