Carreira

O que a geração Z quer ser quando crescer? Respostas surpreendem

Para quem acredita que um jovem Z pensa, primeiramente, em se tornar digital influencer, youtuber, gamer e "tiktoker", a realidade pode ser um pouco diferente

Time de estagiários (Eva-Katalin/Getty Images)

Time de estagiários (Eva-Katalin/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 16h01.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2023 às 16h09.

Para quem acredita que um jovem Z pensa, primeiramente, em se tornar digital influencer, youtuber, gamer e "tiktoker", a realidade pode ser um pouco diferente.

Embora as redes sociais estejam em ascensão, a maioria dentre a geração Z está interessada nas mesmas (e tradicionais) carreiras que gerações anteriores, segundo pesquisa compartilhada neste mês pela Axios, que identificou os principais motivadores de carreira, e também listou quais as profissões mais sonhadas por esses jovens. Entenda o que os motiva a escolher uma profissão.

Principais indicadores da pesquisa:

● Cerca de 60% dos jovens da geração Z afirmaram preferir uma empresa de médio ou grande porte a uma startup;
● Para 49% dos entrevistados, o principal motivador da carreira é a realização pessoal;
● Para 25% desses jovens, "ficar rico" é o principal motivador;
● Apenas 14% sonham em trabalhar para o governo e ocupar cargos públicos.

De acordo com os resultados, o topo da lista com as áreas em que a geração Z quer trabalhar quando crescer é ranqueado da seguinte maneira:

1º lugar: negócios

Por terem uma mentalidade mais ágil, serem criativas, inovadores e não temerem em buscar o ‘novo', os jovens Z tendem a se dar bem como empreendedores e estarem a frente de negócios de sucesso, como o caso de Virgínia Fonseca — destaque ao entrar para a Forbes Under 30 2022, e Samara Pink, donas da marca We Pink, que recentemente faturaram R$ 15 milhões em 12 horas de live.

2º lugar: medicina

Tendo em vista a tendência deles serem influenciadas pela mídia, como acontece nas decisões de compra — 43% dos brasileiros já compraram algo influenciados por famosos nas redes sociais, alguns jovens escolheram se tornar médicos após assistirem a filmes e séries que se passam em hospitais.

Alguns são influenciados de tal modo, que se veem aptos a exercerem a profissão antes de se formarem, como aconteceu com o fã de Grey's Anatomy, que deu alta a dois pacientes e foi detido na Santa Casa de SP, em 2019. Parece meme, mas não é. Além disso, nos últimos anos, com a pandemia de covid-19, surgiram inúmeras novas possibilidades para trabalhar na área da saúde — e os profissionais de medicina são uns dos mais bem remunerados do setor.

3º lugar: engenharia

Por falar na pandemia, com ela, diversas indústrias tiveram demandas gigantescas de produção na luta contra o coronavírus, como na área da engenharia química e genética, em pesquisas e produção de soluções para a prevenção de contágio da covid-19.

Em paralelo, a indústria tecnológica teve um crescimento de mais de 60% em 2022, segundo estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo LinkedIn, devido ao processo de transformação digital acelerado, onde quase todos precisamos trabalhar remotamente, aderindo ao "home office forçado".
Poderíamos nos contentar com um tradicional top 3, mas o que vem a seguir é curioso, embora não surpreenda tantos…

4º lugar: carreira artística

Quase todo mundo quer ser “rico e famoso” como um artista de TV, não é?! A superexposição pessoal em redes sociais está em alta, com as pessoas "narrando" seu dia a dia, influenciando e sendo influenciadas por marcas e outras pessoas. O fato é que, do anonimato ao estrelato, algumas fotos e vídeos podem ser suficientes, como acontece com participantes de reality shows.

Essas pessoas são selecionadas por terem personalidades únicas e cativantes, o que gera engajamento com a geração Z. Foi o que aconteceu com Juliette Freire, campeã da edição de 2021 do Big Brother Brasil.

A advogada e maquiadora deixou de ser uma "pessoa comum" e se tornou famosa em nível nacional, ganhando cerca de 586% de novos seguidores nas redes sociais — passando de 3 mil para 22 milhões, durante a edição do programa. Juliette agora é também artista, cantora, e influenciadora digital com um público fiel que acompanha seu dia a dia e seu trabalho.

Ainda que a maioria dos jovens Z não veja a riqueza como principal motivador da carreira, as profissões mais populares entre eles são aquelas com alto potencial de retorno financeiro.

Preferem empregos onde consigam alcançar realização pessoal, em empresas que possam promover conforto, estabilidade, benefícios à sua saúde e bem-estar, e que estejam alinhadas aos seus valores pessoais. Para saber mais sobre o assunto, confira: O que a geração Z espera das empresas em que vão estagiar em 2023?

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