Leonardo Tristão, do Facebook: "Gosto de tecnologia, mas não sou um aficionado" (Divulgação/Facebook)
José Eduardo Costa
Publicado em 5 de abril de 2014 às 17h07.
São Paulo - O engenheiro Leonardo Tristão, de 42 anos, não aparenta ter feito carreira em empresas de telecom e tecnologia. Não denota a inquietude tão comum a profissionais que trabalham nessas indústrias.
Tem fala mansa, diz que não é um aficionado por tecnologia, embora seja ligado nos assuntos da área, e é avesso às longas jornadas de trabalho, frequentes em ambos os setores. A seguir, Leonardo fala como se deu sua trajetória até assumir a direção do Facebook no Brasil, há dois anos, e dos planos para 2014.
"Concluí a faculdade de engenharia de telecomunicações em Santa Rita do Sapucaí (MG) e fui trabalhar na IBM, mas fiz carreira na Ericsson. Lá, ganhei uma mentalidade mais global.
Morei no exterior de 2000 a 2005. Fui responsável por uma divisão da Ericsson para a América Latina. Morava em San Diego, Estados Unidos. Depois, assumi as operações da empresa no Sudeste Asiático.
Fui trabalhar no Google, e comecei uma área de desenvolvimento de negócios e depois assumi uma diretoria de publicidade. Aprendi o que é ubiquidade — a capacidade de estar em vários ambientes — e a trabalhar onde tudo muda a toda hora.
Vim para o Facebook em 2011. Começamos a montar o escritório do zero. Uma das decisões acertadas logo no início foi estruturar as equipes por indústria: bens de consumo, automobilística. Se o profissional conhece o segmento, consegue vender o valor que o Facebook tem para aquele setor.
Uma das características para trabalhar aqui é a capacidade analítica. Essa habilidade faz com que o profissional consiga construir uma narrativa sobre por que o Facebook é importante para o cliente.
Neste ano queremos aproveitar o efeito da chamada segunda tela, que é a utilização de smartphones ou tablets enquanto se assiste tevê. Os usuários têm esse hábito quando entram no nosso site. Isso abre novas oportunidades de interação. "