Conciliar trabalho e vida é um eterno desafio
Durante anos, as empresas operaram sem se preocupar com o impacto que poderiam causar no meio ambiente. A cultura ocidental ainda não tinha se conscientizado de que as atividades humanas poderiam colocar nosso planeta em perigo. Hoje, isso mudou. Existem normas, certificações de qualidade e leis que sensibilizaram as empresas sobre sua responsabilidade em relação […]
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 18h40.
Durante anos, as empresas operaram sem se preocupar com o impacto que poderiam causar no meio ambiente. A cultura ocidental ainda não tinha se conscientizado de que as atividades humanas poderiam colocar nosso planeta em perigo. Hoje, isso mudou. Existem normas, certificações de qualidade e leis que sensibilizaram as empresas sobre sua responsabilidade em relação ao meio ambiente.
Ainda assim, há organizações que seguem destruindo a ecologia humana, ao contaminar sua própria empresa e a sociedade com práticas que desumanizam, como não permitir que seus funcionários tenham vida após o trabalho e possam exercer seu papel como marido e pai, esposa e mãe. Alguns países, especialmente os nórdicos, veem isso de forma bem clara e já puseram mãos à obra. No entanto, oque acontece em superpotências como o Brasil?
Mesmo com o momento favorável vivido pelos brasileiros — elevado índice de exportações, crescimento econômico e dois megaeventos nos próximos anos —, os números indicam que falta ainda um planejamento para que este momento de euforia não gere um efeito negativo na vida após o trabalho.
O Centro Internacional Trabalho e Família (ICWF), do IESE Business School, desenvolveu um índice que mede e compara o nível de conciliação entre emprego e família em mais de 20 países. Os resultados de 2011 classificam os participantes em quatro grandes categorias: A (enriquecedor), quando a conciliação é sistematicamente facilitada; B (positivo), quando é facilitada ocasionalmente; C (difícil), quando, às vezes, a conciliação é dificultada; e D (contaminante), quando é sistematicamente dificultada.
No Brasil, apenas 6% da população se encontra no nível A (em comparação a 10% no resto do mundo). No nível B estão 30%; no C, 59%; e só 5% deles se encontram no nível D.
Nossas recomendações às organizações para que esses índices melhorem são:
1. Não perca de vista a ecologia humana.
2. Adote medidas de flexibilização.
3. Transforme os supervisores em exemplos a serem seguidos.
4. Não deixe que o crescimento espetacular do país desumanize a sociedade brasileira.
Marc Grau i Grau é pesquisador assistente no Centro Internacional Trabalho e Família, do Iese Business School, e é máster em ciências políticas e sociais pela Universidad Pompeu Fabra, ambos na Espanha, e doutorando na Universidade de Edimburgo.
José Luis Ruiz de Alba é pesquisador no Centro Internacional Trabalho e Família, do Iese Business School, doutor em direção de empresas e professor da Universidade de Málaga, também na Espanha.
Durante anos, as empresas operaram sem se preocupar com o impacto que poderiam causar no meio ambiente. A cultura ocidental ainda não tinha se conscientizado de que as atividades humanas poderiam colocar nosso planeta em perigo. Hoje, isso mudou. Existem normas, certificações de qualidade e leis que sensibilizaram as empresas sobre sua responsabilidade em relação ao meio ambiente.
Ainda assim, há organizações que seguem destruindo a ecologia humana, ao contaminar sua própria empresa e a sociedade com práticas que desumanizam, como não permitir que seus funcionários tenham vida após o trabalho e possam exercer seu papel como marido e pai, esposa e mãe. Alguns países, especialmente os nórdicos, veem isso de forma bem clara e já puseram mãos à obra. No entanto, oque acontece em superpotências como o Brasil?
Mesmo com o momento favorável vivido pelos brasileiros — elevado índice de exportações, crescimento econômico e dois megaeventos nos próximos anos —, os números indicam que falta ainda um planejamento para que este momento de euforia não gere um efeito negativo na vida após o trabalho.
O Centro Internacional Trabalho e Família (ICWF), do IESE Business School, desenvolveu um índice que mede e compara o nível de conciliação entre emprego e família em mais de 20 países. Os resultados de 2011 classificam os participantes em quatro grandes categorias: A (enriquecedor), quando a conciliação é sistematicamente facilitada; B (positivo), quando é facilitada ocasionalmente; C (difícil), quando, às vezes, a conciliação é dificultada; e D (contaminante), quando é sistematicamente dificultada.
No Brasil, apenas 6% da população se encontra no nível A (em comparação a 10% no resto do mundo). No nível B estão 30%; no C, 59%; e só 5% deles se encontram no nível D.
Nossas recomendações às organizações para que esses índices melhorem são:
1. Não perca de vista a ecologia humana.
2. Adote medidas de flexibilização.
3. Transforme os supervisores em exemplos a serem seguidos.
4. Não deixe que o crescimento espetacular do país desumanize a sociedade brasileira.
Marc Grau i Grau é pesquisador assistente no Centro Internacional Trabalho e Família, do Iese Business School, e é máster em ciências políticas e sociais pela Universidad Pompeu Fabra, ambos na Espanha, e doutorando na Universidade de Edimburgo.
José Luis Ruiz de Alba é pesquisador no Centro Internacional Trabalho e Família, do Iese Business School, doutor em direção de empresas e professor da Universidade de Málaga, também na Espanha.