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Mudança de gênero é mais recente benefício empresarial

Empresas dos EUA estão adicionando rapidamente benefícios de seguro de saúde para os funcionários que queiram mudar de gênero, mas poucas pessoas de fato o usam

Movimento LGBT: o benefício é um modo relativamente barato de mostrar que empresas estão levando a sério a diversidade da força de trabalho porque muito poucas pessoas de fato os utilizam (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 20h56.

As empresas dos EUA estão adicionando rapidamente benefícios de seguro de saúde para os funcionários que queiram mudar de gênero, um modo relativamente barato de mostrar que estão levando a sério a diversidade da força de trabalho porque muito poucas pessoas de fato os utilizam.

Mais de 415 de cerca de 780 firmas consultadas em relação à cordialidade para com funcionários que são lésbicas, gays, bissexuais e transexuais agora cobrem procedimentos afins, como tratamento hormonal e cirurgias de mudança de gênero, de acordo com a Human Rights Campaign (HRC).

É mais que o dobro do número em 2012 e mais do que somente 49 em 2009.

Netflix Inc., Facebook Inc. e Tesla Motors Inc. estão entre as 82 companhias que se incorporaram neste ano à lista da HRC, com sede em Washington.

A Wal-Mart Stores Inc. poderia analisar a inclusão desses benefícios no futuro; o Goldman Sachs Group Inc. oferece-os desde 2008, disseram as empresas.

“Está virando uma espécie de corrida para ver quem se compromete mais do que os outros” com as iniciativas em prol da diversidade, disse James Baron, um professor que estuda recursos humanos na Faculdade de Administração de Yale.

“Comprometer-se com essa forma de igualdade possibilita que as empresas tenham mais munição sem implicações de custo terrivelmente profundas”.

As pessoas transexuais ganharam visibilidade neste ano com a mudança de sexo de Caitlyn Jenner, ex-campeã olímpica que se tornou mulher, e com o amplo apoio público aos direitos LGBT durante batalhas judiciais muito comentadas.

O Tribunal Supremo dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em junho. Os empregadores, por sua vez, estão muito conscientes da necessidade de atrair pessoas e conservar os trabalhadores que querem uma atmosfera inclusiva.

Poucos casos

Um em cada 10.000 a 20.000 funcionários costuma utilizar a cobertura de mudança de gênero por ano, de acordo com uma pesquisa feita por Jody Herman, que investiga leis e políticas públicas relativas à identidade de gênero na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Desde que as faculdades da Universidade da Califórnia adotaram esses benefícios em 2005, menos de uma dúzia de pessoas por ano, entre mais de 100.000, utilizaram esses recursos, de acordo com um relatório do Departamento de Seguro da Califórnia.

O custo médio das solicitações foi de US$ 29.929.

A HRC, o grupo de defesa, reúne dados relativos aos benefícios para funcionários LGBT de centenas de companhias a cada ano. Uma pontuação perfeita no chamado índice de igualdade corporativa é de 100 pontos, um marco que muda periodicamente à medida que o grupo adiciona mais critérios.

Para entrar na lista das empresas que oferecem cobertura transgênero neste ano é necessário fornecer pelo menos US$ 75.000 em benefícios afins e atender a outros padrões de assistência, como oferecer aconselhamento.

O governo dos EUA propôs novas leis que impediriam que a maioria das companhias de seguro neguem categoricamente a cobertura para tratamentos que podem ajudar as pessoas a mudar de gênero.

As leis não obrigariam as seguradoras a pagar por todos os procedimentos, embora provavelmente impliquem uma cobertura mais ampla para alguns tratamentos, como a terapia hormonal.

Pressão dos pares

Independentemente de quais sejam as regulamentações, é provável que a pressão dos pares leve mais empresas grandes a aderirem, disse David Mayer, um professor de administração da Universidade de Michigan que estuda a diversidade no ambiente de trabalho.

“Outras empresas sentem que deveriam e precisariam oferecer benefícios semelhantes”, disse ele.

Erica Lachowitz, 39, disse que precisou pedir emprestado parte dos US$ 50.000 que gastou em cirurgias faciais para sua transição de homem a mulher, que, segundo ela calcula, acabou custando cerca de US$ 100.000.

A empregadora dela, uma empresa de fabricação de portas, oferece seguro de saúde, mas não cobre os procedimentos de transição.

“Se as empresas seguradoras pagarem a conta, ficará mais fácil preservar mais relacionamentos” em casa, disse ela.

“Isso acaba com uma enorme carga de estresse para a pessoa que vê isso e pensa: ‘Posso fazer isso’”.

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As empresas dos EUA estão adicionando rapidamente benefícios de seguro de saúde para os funcionários que queiram mudar de gênero, um modo relativamente barato de mostrar que estão levando a sério a diversidade da força de trabalho porque muito poucas pessoas de fato os utilizam.

Mais de 415 de cerca de 780 firmas consultadas em relação à cordialidade para com funcionários que são lésbicas, gays, bissexuais e transexuais agora cobrem procedimentos afins, como tratamento hormonal e cirurgias de mudança de gênero, de acordo com a Human Rights Campaign (HRC).

É mais que o dobro do número em 2012 e mais do que somente 49 em 2009.

Netflix Inc., Facebook Inc. e Tesla Motors Inc. estão entre as 82 companhias que se incorporaram neste ano à lista da HRC, com sede em Washington.

A Wal-Mart Stores Inc. poderia analisar a inclusão desses benefícios no futuro; o Goldman Sachs Group Inc. oferece-os desde 2008, disseram as empresas.

“Está virando uma espécie de corrida para ver quem se compromete mais do que os outros” com as iniciativas em prol da diversidade, disse James Baron, um professor que estuda recursos humanos na Faculdade de Administração de Yale.

“Comprometer-se com essa forma de igualdade possibilita que as empresas tenham mais munição sem implicações de custo terrivelmente profundas”.

As pessoas transexuais ganharam visibilidade neste ano com a mudança de sexo de Caitlyn Jenner, ex-campeã olímpica que se tornou mulher, e com o amplo apoio público aos direitos LGBT durante batalhas judiciais muito comentadas.

O Tribunal Supremo dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em junho. Os empregadores, por sua vez, estão muito conscientes da necessidade de atrair pessoas e conservar os trabalhadores que querem uma atmosfera inclusiva.

Poucos casos

Um em cada 10.000 a 20.000 funcionários costuma utilizar a cobertura de mudança de gênero por ano, de acordo com uma pesquisa feita por Jody Herman, que investiga leis e políticas públicas relativas à identidade de gênero na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Desde que as faculdades da Universidade da Califórnia adotaram esses benefícios em 2005, menos de uma dúzia de pessoas por ano, entre mais de 100.000, utilizaram esses recursos, de acordo com um relatório do Departamento de Seguro da Califórnia.

O custo médio das solicitações foi de US$ 29.929.

A HRC, o grupo de defesa, reúne dados relativos aos benefícios para funcionários LGBT de centenas de companhias a cada ano. Uma pontuação perfeita no chamado índice de igualdade corporativa é de 100 pontos, um marco que muda periodicamente à medida que o grupo adiciona mais critérios.

Para entrar na lista das empresas que oferecem cobertura transgênero neste ano é necessário fornecer pelo menos US$ 75.000 em benefícios afins e atender a outros padrões de assistência, como oferecer aconselhamento.

O governo dos EUA propôs novas leis que impediriam que a maioria das companhias de seguro neguem categoricamente a cobertura para tratamentos que podem ajudar as pessoas a mudar de gênero.

As leis não obrigariam as seguradoras a pagar por todos os procedimentos, embora provavelmente impliquem uma cobertura mais ampla para alguns tratamentos, como a terapia hormonal.

Pressão dos pares

Independentemente de quais sejam as regulamentações, é provável que a pressão dos pares leve mais empresas grandes a aderirem, disse David Mayer, um professor de administração da Universidade de Michigan que estuda a diversidade no ambiente de trabalho.

“Outras empresas sentem que deveriam e precisariam oferecer benefícios semelhantes”, disse ele.

Erica Lachowitz, 39, disse que precisou pedir emprestado parte dos US$ 50.000 que gastou em cirurgias faciais para sua transição de homem a mulher, que, segundo ela calcula, acabou custando cerca de US$ 100.000.

A empregadora dela, uma empresa de fabricação de portas, oferece seguro de saúde, mas não cobre os procedimentos de transição.

“Se as empresas seguradoras pagarem a conta, ficará mais fácil preservar mais relacionamentos” em casa, disse ela.

“Isso acaba com uma enorme carga de estresse para a pessoa que vê isso e pensa: ‘Posso fazer isso’”.

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