O de signo de Touro corresponde, no corpo, ao pescoço, e por extensão a todas as bases de sustentação das atividades humanas. Não admira assim que seja o signo solar de economistas das mais variadas tendências, como Antônio Kandir, Antônio Delfim Netto, Antônio de Oliveira Salazar, Karl Marx, Maílson da Nóbrega e André Lara Resende. Touro é regido por Vênus, o planeta do valor agregado, e por isso é também um signo proeminente na carta natal de banqueiros, como Francisco Gros (ex-Banco Central e até recentemente BNDES), Walter Appel (banco Fator), Paulo Egydio Martins (Comind), Catherine e Marie de Médici (da família de banqueiros florentinos da Renascença). E Luiz César Fernandes, nosso personagem do mês, que saiu do banco Garantia para fundar o Pactual.

É interessante que Luiz César, com o Sol no conservador signo de Touro, tenha participado de dois bancos brasileiros que se especializaram na aplicação do chamado "dinheiro esperto", com alta remuneração pelos riscos. Seu espírito de aventura vem de Mercúrio em Áries, símbolo de uma mente pioneira e destemida; nesse contexto, o Sol em Touro, assim como Saturno na segunda casa, equilibra os arroubos arianos. O ex-campeão de xadrez russo Anatoly Karpov, que também tinha o Sol em Touro e Mercúrio em Áries, ajuda a entender esse perfil. Ele desenvolveu a "estratégia da aranha" nos tabuleiros: ocupava o centro e então explorava as fraquezas adversárias.

Luiz César acabou deixando o Pactual por divergências com seus sócios. Percebe-se esse potencial pela presença de Marte (identidade) na sua décima primeira casa (os amigos, a equipe), indicando que ele trabalha bem em equipe, desde que se identifique com o grupo. Quando as divergências começaram, não havia o que fazer para manter o grupo unido. Nos últimos anos, ele dedicou-se a empresas de tecnologia. Pode-se ver o símbolo desse interesse na presença de Urano -- o planeta das novas tecnologias -- na primeira casa de Luiz César, mostrando que ele próprio se apresenta na vida como uma nova tecnologia.