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Harvard, Stanford e outras: conheça o baiano aprovado em 11 universidades americanas

O soteropolitano Rafael Basto, de 20 anos, foi aprovado nas badaladas instituições da Ivy League, além de nomes como Caltech, Johns Hopkins e Northwester

Rafael Basto: estudante foi aprovado nas principais universidades da ivy league americana e estuda física e matemática em Stanford (Arquivo pessoal/Divulgação)
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Luciana Lima

Publicado em 18 de dezembro de 2022 às 10h48.

Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 14h42.

Estudar em Harvard, Stanford, Princeton ou outras 8 das melhores universidades do mundo? Foi esse o “dilema” de Rafael Basto, de 20 anos, soteropolitano que foi aprovado em nada menos que 11 universidades do exterior incluindo as badaladas instituições da Ivy League, além de nomes como:

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O jovem, nascido em Salvador, acabou de concluir o primeiro ano do curso de matemática e física na Universidade de Stanford. Além da bolsa de 90% da instituição americana, Rafael também foi aprovado no programa de Líderes da Fundação Estudar, que ajuda a custear o restante das despesas.

Filho de um servidor público e de uma professora universitária, o estudante conta que, embora tenha nascido na capital baiana, mudou de cidades várias vezes por causa do trabalho do pai.

Basto conta que sempre foi curioso e que, por causa disso, acabou desenvolvendo um interesse pelas áreas de robótica e física.

“Eu sempre quis entender como as coisas funcionavam. Quando criança desmontava brinquedos e aparelhos elétricos. Percebi que muitos aspectos da robótica envolviam os conceitos de física e acabei me interessando bastante pela matéria”, diz.

A curiosidade e o “árduo interesse pelo conhecimento” fizeram com que o estudante se destacasse desde cedo e obtivesse bolsas por mérito em todas as instituições em que frequentou.

Uma delas foi a organização educacional Farias Brito, de Fortaleza, um dos colégios com a maior média no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no Brasil. Um dos divisores de água da sua vida acadêmica, porém, foi quando ganhou a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Física, em 2018.

“Foi ali que eu percebi que eu tinha uma aptidão para física. Talvez, se eu não tivesse conseguido essa medalha não teria desenvolvido um interesse tão forte. As Olimpíadas foram um grande estímulo”, afirma.

O caminho até a Ivy League

O interesse por estudar fora, contudo, veio em 2016, quando o estudante passou um ano estudando nos Estados Unidos. Na ocasião, a mãe de Basto foi fazer um doutorado no país.

Por lá, além de aperfeiçoar o inglês, o estudante teve a oportunidade de fazer estágio no National High Magnetic Field Laboratory, o maior laboratório de magnetismo do mundo.

"Foi ali que tive certeza que queria realizar a graduação fora do país e comecei a construir um currículo para isso", afirma.

A partir de então, Basto começou a pesquisar sobre o processo de admissão em universidades americanas, além de direcionar suas atividades acadêmicas para ser aprovado em um curso superior de física.

Além da participação na Olímpiada de Física, o jovem também participou de campeonatos de robótica, realizou projetos de pesquisas e até dava aula em projetos voluntários.

Como conseguir uma bolsa para estudar de graça nos Estados Unidos? Basto dá a dica

Mesmo com uma rotina puxada, indo dormir meia noite e acordando às seis da manhã, Basto achou tempo para montar um clube de corrida algo que, segundo ele, foi fundamental para manter seu desempenho acadêmico.

"Eu gosto muito de correr e, pensando na minha saúde mental, não abdicava de realizar exercícios. Ter esse equilíbrio é fundamental. Não adianta ficar 12 horas estudando, você acaba não rendendo", afirma.

Para se preparar para o processo seletivo nas universidades americanas, Basto contou com a ajuda do Prep Estudar Fora,preparatório gratuito que oferece apoio como mentorias para jovens que querem cursar graduação no exterior.

"Isso foi fundamental para mim. Além de mentorias com especialistas no processo de aplicação, há mentorias com ex-participantes que conseguiram as bolsas e eles auxiliam em todas as etapas", diz.

"Tem coisas bastante específicas, como o tamanho das redações que algumas universidades exigem. O processo é bastante complicado, sempre é bom ter alguém que já passou por ele para te auxiliar", afirma.

Como dica para quem também quer seguir o exemplo de Basto e pleitear uma bolsa em universidades estrangeiras, o jovem diz que não basta acumular diversos prêmios em competições científicas de todos os tipos, é preciso mostrar coerência.

"Não adianta fazer um monte de coisa aleatória, é preciso demonstrar um pouco de profundidade. E, além de um bom currículo, é preciso saber contar bem sua história e mostrar que você possui interesses para além da sua área de estudo, o que no meu caso foi a corrida", diz.

O jovem, que acabou de iniciar seu segundo ano em Stanford, diz que a escolha pela instituição em detrimento das outras opções foi por causa dos projetos na área de tecnologia. "Quero continuar na área de pesquisa e seguir para o doutorado", afirma.

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