É uma oportunidade e tanto. Alunos de graduação do Ciência sem Fronteiras com bolsas vigentes até agosto de 2016 nos Estados Unidos podem concorrer a cinco vagas de estágio na Nasa (National Aeronautics and Space Administration), a agência espacial dos Estados Unidos — o mais prestigiado centro de estudo de astronomia do mundo. As inscrições podem ser feitas por aqui até as 17h do dia 20 de fevereiro, e o edital pode ser consultado aqui.
Os participantes serão pré-selecionados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), e depois passarão pela seleção final da própria NASA. Os escolhidos integrarão o “NASA I²”, um programa internacional de estágios de verão que visa permitir a troca de experiências entre alunos de diversos países ao longo de 12 semanas, entre junho e agosto de 2016.
São elegíveis alunos de uma das áreas contempladas, como Ciências Exatas, Engenharia, Computação ou Tecnologia de Informação, e que apresentem bom desempenho acadêmico, inglês fluente (é necessário apresentar atestado de proficiência) e entre 60% e 90% do currículo concluído. Premiações de mérito acadêmico como Prêmio Jovem Cientista, Iniciação Científica, e Olimpíadas de Matemática ou Ciências são diferenciais na seleção.
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1. Missões incríveis
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São Paulo -- Nesta terça (3), o programa espacial americano completa seu centenário. Em 1915, o governo americano criou a Naca (National Advisory Committee for Aeronautics), agência que seria o embrião da
Nasa, fundada em 1958. Com apenas 11 funcionários (atualmente, a Nasa tem 3 mil empregados diretos), a Naca surgiu com a intenção de acelerar o desenvolvimento de aeronaves nos Estados Unidos, naquela época muito atrasado em relação aos países europeus. Difícil acreditar que, apenas 54 anos depois, o pequeno escritório levaria o homem à Lua. Cem anos depois, o programa espacial americano gastou 800 bilhões de dólares com a exploração do espaço. Desde a corrida espacial com os soviéticos nos anos 1950 e 1960 até os atuais planos de levar naves tripuladas até Marte, como a agência planeja fazer até meados deste século, a agência americana é sinônimo de inovação e ciência pura. Nas últimas décadas, porém, a Nasa passou por um processo de contenção de gastos, matando muitas ideias sensacionais antes mesmo delas começarem a ser desenvolvidas. Para comemorar o centenário do programa espacial americano, conheça as cinco missões mais incríveis, mas que nunca aconteceram, da agência:
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2. 1. Caminhão lunar
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Durante as missões Apollo, alguns cientistas na Nasa desenvolveram planos para enviar missões mais longas ao satélite, com a intenção de explorar e estudar a superfície lunar. Em 1963, a Nasa entrou em contato com a General Motors para a montadora fabricar um laboratório-dormitório sobre rodas, no qual os astronautas poderiam morar e trabalhar durante sua estadia na Lua. Porém, após o desinteresse gerado pelas últimas missões da Apollo, os planos para estadias mais longas de astronautas na Lua foram cancelados.
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3. 2. Colônias Espaciais
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Ainda durante o frenesi das missões Apollo, a agência espacial americana também cogitou ideias para a construção de colônias espaciais, instaladas em estações na órbita da Terra. Um estudo da Nasa de 1975 projetou um "habitat espacial onde 10 mil pessoas trabalhariam, criariam filhos e teriam vidas humanas normais". As estações usariam a força centrífuga para simular a sensação de gravidade, como a nave do filme Interestelar. Os habitantes usariam terra trazida da Lua para cultivar seus próprios alimentos, purificar a água e teriam a disposição parques, lojas, escolas e hospitais. O projeto, porém, nunca saiu da prancheta.
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4. 3. Sobrevoos em Marte e Vênus
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Também em 1975, a Nasa estudou o lançamento de uma espaçonave semelhante à Apollo, que levaria uma tripulação de astronautas para um rápido sobrevoo em Marte. A jornada até lá iria durar dois anos. Quando os astronautas estivessem próximos do planeta vermelho, enviariam uma sonda que coletaria rochas, e então voltariam a Terra. Uma segunda missão faria astronautas realizarem um rasante duplo, aproveitando o alinhamento da Terra com Marte e Vênus. A espaçonave passaria por Vênus, iria até Marte, e voltaria a Vênus novamente. O plano foi extinto após o congresso americano cortar boa parte do orçamento da Nasa, após o sucesso (e o posterior desinteresse público) das missões Apollo.
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5. 4. Projeto Longshot
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Em 1987, pesquisadores da Nasa e da Marinha dos Estados Unidos criaram o projeto Longshot, no qual uma sonda interestelar viajaria até Alpha Centauri B, uma das estrelas mais próximas do Sol. A espaçonave seria motorizada por um propulsor a fissão nuclear e enviaria as informações coletadas de volta a Terra por meio um raio laser. A jornada até a estrela iria demorar 100 anos, caso a sonda viajasse a mais de 13 mil km/h. Mas a ideia nunca deu certo. Além da Nasa não ter as tecnologias disponíveis para o motor nuclear, o congresso americano indicou que jamais aprovaria uma missão de 100 anos. Atualmente, o objeto que está mais distante da terra, a sonda Voyager 1, está a 19 bilhões de quilômetros do planeta, menos de 0,2% do caminho até Alpha Centauri B.
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6. 5. A sonda Titan Mare Explorer
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Em 2009, a Nasa definiu que iria enviar uma sonda para explorar a superfície de Titã, a maior lua de Saturno, que é coberta com lagos repletos de metano líquido. O Titan Mare Explorer seria equipado com um gerador nuclear de plutônio, aumentando o tempo de vida útil e diminuindo a energia consumida pela sonda. A falta de dinheiro foi novamente a principal causa para o encerramento da missão. Em 2012, o projeto foi adiado por ser caro demais para o orçamento da agência e, no ano seguinte, cancelado após a Nasa desistir de construir o gerador nuclear. Em janeiro, a agência espacial americana anunciou que planeja enviar um submarino para explorar os lagos de Titã, possivelmente na década de 2020.
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7. Agora veja o que a ciência diz sobre raios e tempestades:
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7/7 (REUTERS/Gene Blevins)
* Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal de carreira da Fundação Estudar.