Carreira

Google abre vagas para estudantes negros de qualquer curso

Sem requisito de inglês fluente, o programa oferece aulas do idioma e outros treinamentos para os estagiários

Primeira turma de estagiários Next Step: em setembro, o programa chega a Belo Horizonte (Google/Divulgação)

Primeira turma de estagiários Next Step: em setembro, o programa chega a Belo Horizonte (Google/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 29 de julho de 2021 às 10h00.

O Google lança nesta quinta-feira, 29, a segunda edição do programa Next Step, o estágio exclusivo para estudantes negros. Após o sucesso da edição piloto, a empresa abrirá vagas também para seu escritório de Belo Horizonte.

Como na primeira edição, o programa tirou requisito de inglês fluente para as vagas de negócios em São Paulo. Os candidatos só precisam estar cursando faculdade em qualquer área com formação prevista para março a junho de 2024.

O Google vai oferecer aulas de inglês durante os dois anos de estágio. Segundo Flávia Garcia, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão do Google para América Latina, a ideia de formar os talentos dentro da empresa foi uma aposta que deu muito certo.

“A fluência de inglês era uma barreira impedindo de aplicarem no processo. Parte da comunidade não tem acesso a aulas extras. E não importa com quantos anos você foi fluente em inglês, mas a capacidade da pessoa de aprender”, diz.

A ideia era trazer mais equidade ao processo de seleção e encontrar pessoas com o perfil desejado pelo Google: pessoas talentosas com capacidade analítica, muita vontade de aprender e habilidades interpessoais.

E também com vontade de ensinar. Lia Romano, Gerente do Programa de Estágio Next Step, conta que foram os estagiários do primeiro programa que a ajudaram a fazer ajustes para o novo processo em São Paulo e a pensar no modelo para a turma de estagiários de tecnologia em Belo Horizonte.

“Com a expansão para Belo Horizonte, vamos focar bastante na área de engenharia de software e analisamos quais barreiras poderíamos remover. Sabemos que não precisamos de fluência em inglês. E na programação vamos aceitar conhecimento básico em qualquer linguagem, sem restrição ao que usamos aqui dentro”, afirma a gerente.

Os estagiários também ajudaram na formatação da trilha de formação do processo seletivo e estiveram envolvidos em diversas iniciativas do Afro Googlers, o grupo focado em diversidade étnico-racial da empresa.

“Foi um grande aprendizado ter mais mãos ainda formando esse processo para ser mais inclusivo possível”, afirma Garcia.

Inscrições no Programa de Estágio Next Step

As inscrições para as vagas de São Paulo já estão abertas através do Empodera, consultoria especializada parceria do programa. É possível se inscrever até o dia 30 de agosto pelo site.

Para se candidatar, todos os cursos serão aceitos. É necessário ter disponibilidade para estagiar em São Paulo a partir de março de 2022, quando começa o programa. Dessa forma, é necessário estar matriculado em uma instituição de ensino superior de São Paulo.

Para as vagas de Belo Horizonte, as inscrições estão previstas para abrir em setembro através de outro parceiro local, o Olabi.

Como a equipe atua com atividades específicas em engenharia de software, as vagas serão para cursos focados em tecnologia, como ciência da computação e engenharia da computação.

Nos dois casos, o estágio é de 30 horas e todos os treinamentos e aulas de inglês estarão inclusos no período de trabalho.

A partir do primeiro ano é possível ser efetivado no Google, o que já aconteceu com a maioria dos participantes da primeira turma do Next Step.

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

 

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

 

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeEstágiosGoogleOportunidades de estágios

Mais de Carreira

De geopolítica a autoajuda: os livros preferidos dos CEOs em 2024

Desenvolvimento de jovens talentos: 5 estratégias para preparar a geração do momento

Estas são as principais barreiras geracionais enfrentadas pelos jovens no trabalho

Ela criou o “LinkedIn da Favela” e já ajudou mais de 30 mil pessoas na busca de um trabalho