Google, Apple e mais estas empresas não exigem diploma
Longe de baixar o nível das exigências para as contratações, as empresas têm focado nas habilidades dos profissionais. Entenda a tendência
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 10h32.
Já ouviu falar de empresas que não exigem diploma de graduação na hora da contratação? Essa é uma tendência que se expande pelo mercado de trabalho mundial, principalmente nos grandes centros de tecnologia, como Estados Unidos.
Mas aqui no Brasil algumas companhias já aderiram à prática. Existem motivos e benefícios para ambos os lados. Quer saber por que e conferir uma lista das que já fazem isso por aqui? Confira abaixo!
Por que essa é uma tendência?
As seleções que não exigem graduação, na realidade, se baseiam em habilidades-chave. De um lado, para as empresas, isso é vantajoso porque aumenta o número de possíveis candidatos para suas vagas, o que significa que ela tem uma gama maior de profissionais dentre os quais selecionar.
A tendência começou nos grandes centros de tecnologia, como Estados Unidos. A motivação principal foi uma escassez de especialistas até para compor um processo seletivo com número razoável de participantes. Daí, então, expandir o número de pessoas que podem se candidatar, é uma medida para que não falte mais profissionais.
Porém, isso não quer dizer que os filtros estão mais “frouxos” nessas seleções. Simplesmente, o que vale mais é o nível que a pessoa possui nas habilidades relevantes à oportunidade. Para compensar, essas companhias passaram a avaliar com mais afinco esse tipo de quesito.
Então, enquanto diminui a exigência da graduação, cresce a necessidade de saber mostrar as competências – técnicas, comportamentais, analíticas – que o cargo exige. Por conta disso, muitas vezes, principalmente em vagas mais técnicas, os profissionais fazem treinamentos informais, para complementar gaps de conhecimento prático, por exemplo.
Essa prática se expandindo, no entanto, não significa que a graduação seja uma perda de tempo, esteja desvalorizada, ou tenha perdido sua importância na composição de repertório de um profissional. A tendência mostra apenas que o ensino superior não é mais o único aspecto decisivo em um currículo – outros fatores contam hoje, e muito, como é o caso das competências socioemocionais.
No Brasil, a “moda” ainda não pegou completamente e, em muitas vezes, os diplomas ainda têm efeito decisivo na contratação. Mas algumas empresas já aderiram por aqui à política de não exigir graduação.
6 empresas que não exigem diploma
#1 Google
A gigante de tecnologia foi uma das primeiras grandes empresas a aderir à tendência de recrutamento. Lá, não é preciso ser graduado para se aplicar nas vagas efetivas. Desde que o candidato tenha experiência prática equivalente aos cursos indicados por eles, seu currículo será considerado.
#2 IBM
Outra representante do ramo de tecnologia. Entre 2016 e 2017, por exemplo, mais de um terço dos recém-contatados pela IBM não tinha formação nos moldes universitários tradicionais.
#3 Stone
Nos processos seletivos da Stone, companhia do mercado de pagamentos que em 2018 se juntou ao restrito ranking das startups unicórnio brasileiras, quem não tem graduação pode participar. A empresa, inclusive, está com inscrições abertas para o programa Recruta Stone. Saiba mais por aqui!
#4 Apple
Na Apple, algumas posições mais técnicas exigem formação relevante, mas muitas das oportunidades selecionam também dentre candidatos que não têm diploma, mas possuem as habilidades necessárias, frequentemente comprovadas por outras experiências.
#5 C6 Bank
Em fase de iniciar suas operações no país, o banco digital C6 Bank está montando seu time. Atualmente busca profissionais de acordo com experiência e conhecimentos relevantes.
#6 PwC
A PricewaterhouseCoopers, mais conhecida como PwC, não exige superior completo em muitas de suas oportunidades. Em cargos em que não julga o diploma obrigatório, a empresa se dedica a desenvolver profissionais, principalmente em fases iniciais de carreira.
Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.