Facebook diz muito sobre desempenho profissional
Análise do perfil on-line, no entanto, ainda não é prática comum no Brasil
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 06h49.
As áreas "Sobre você", "Citações favoritas", "Preferências políticas" e "Interesses" podem dizer muito sobre um candidato e seu futuro em uma determinada empresa. Segundo um estudo realizado pela Universidade Northern Illinois, nos Estados Unidos, características pessoais como extroversão, socialização, consciência, estabilidade emocional e franqueza podem ser identificadas com facilidade a partir de uma análise feita no perfil de um usuário no Facebook .
Pesquisadores americanos chegaram à conclusão com base em uma experiência. Eles avaliaram o perfil de 56 estudantes universitários empregados (fotos, mural, comentários, educação e hobbies) e, em seguida, responderam a um teste com perguntas como "esta pessoa é dependente?" e "o quão emocionalmente estável é este voluntário?".
Seis meses depois de analisar os perfis, os cientistas entraram em contato com os supervisores desses estudantes. Eles descobriram, então, uma forte relação entre o desempenho no trabalho desses profissionais e a avaliação de suas páginas no Facebook, especialmente nos quesitos curiosidade intelectual, consciência e franqueza.
De acordo com os pesquisadores, os estudantes que mais viajavam, possuíam mais amigos e mostraram na rede seus interesse foram melhor avaliados na primeira fase e, consequentemente, considerados melhores funcionários pelos seus supervisores. Segundo Don Kluemper, que conduziu o estudo, fotos descontraídas, como as tiradas em festas, não atrapalharam a análise dos especialistas; ao contrário, esse material mostrou ao corpo de cientistas o quanto os voluntários eram amigáveis e extrovertidos.
Para Kluemper, o levantamento mostrou o potencial da ferramenta nos processos de seleção. "É difícil para as pessoas esconder a personalidade diante dos amigos", diz o professor.
Usar o Facebook no recrutamento de candidatos ainda é pouco utilizado no Brasil. De acordo com Iracema Dias de Araújo Andrade, diretora da Viva Talentos, empresa especializada em seleção, a análise comportamental com base no site é pouco usada, embora a plataforma possa ajudar a identificar problemas pontuais de personalidade. "Certa vez, um rapaz adotou um comportamento inadequado durante uma dinâmica de grupo. Pesquisamos o seu perfil no Facebook e percebemos associações com comunidades relacionadas a drogas", conta.
É claro que essas pesquisas não são descartadas, principalmente quando a vaga em questão exige determinados interesses. "Para algumas posições, onde é preciso encontrar uma pessoa alinhada a determinado perfil, é interessante usar o Facebook como um complemento. O problema é que muitos candidatos potenciais não oferecem acesso às suas páginas ou não incluem dados que demonstrem seus interesses pessoais na rede", diz a executiva.
As expectativas de Andrade para o futuro são positivas em relação ao uso da rede nos processos de seleção, embora sua participação no recrutamento de talentos ainda seja tímida no país.
"É preciso ter muito cuidado na hora de se levar em conta um perfil. As pessoas são diferentes em ambos ambientes - offline e on-line - e o profissional precisa estar apto a identificar e a avaliar essas nuances", afirma. "A utilização da plataforma requer treinamento, mas acho que no futuro devem surgir especialistas capazes de fazer essa análise comportamental", completa a executiva.
As áreas "Sobre você", "Citações favoritas", "Preferências políticas" e "Interesses" podem dizer muito sobre um candidato e seu futuro em uma determinada empresa. Segundo um estudo realizado pela Universidade Northern Illinois, nos Estados Unidos, características pessoais como extroversão, socialização, consciência, estabilidade emocional e franqueza podem ser identificadas com facilidade a partir de uma análise feita no perfil de um usuário no Facebook .
Pesquisadores americanos chegaram à conclusão com base em uma experiência. Eles avaliaram o perfil de 56 estudantes universitários empregados (fotos, mural, comentários, educação e hobbies) e, em seguida, responderam a um teste com perguntas como "esta pessoa é dependente?" e "o quão emocionalmente estável é este voluntário?".
Seis meses depois de analisar os perfis, os cientistas entraram em contato com os supervisores desses estudantes. Eles descobriram, então, uma forte relação entre o desempenho no trabalho desses profissionais e a avaliação de suas páginas no Facebook, especialmente nos quesitos curiosidade intelectual, consciência e franqueza.
De acordo com os pesquisadores, os estudantes que mais viajavam, possuíam mais amigos e mostraram na rede seus interesse foram melhor avaliados na primeira fase e, consequentemente, considerados melhores funcionários pelos seus supervisores. Segundo Don Kluemper, que conduziu o estudo, fotos descontraídas, como as tiradas em festas, não atrapalharam a análise dos especialistas; ao contrário, esse material mostrou ao corpo de cientistas o quanto os voluntários eram amigáveis e extrovertidos.
Para Kluemper, o levantamento mostrou o potencial da ferramenta nos processos de seleção. "É difícil para as pessoas esconder a personalidade diante dos amigos", diz o professor.
Usar o Facebook no recrutamento de candidatos ainda é pouco utilizado no Brasil. De acordo com Iracema Dias de Araújo Andrade, diretora da Viva Talentos, empresa especializada em seleção, a análise comportamental com base no site é pouco usada, embora a plataforma possa ajudar a identificar problemas pontuais de personalidade. "Certa vez, um rapaz adotou um comportamento inadequado durante uma dinâmica de grupo. Pesquisamos o seu perfil no Facebook e percebemos associações com comunidades relacionadas a drogas", conta.
É claro que essas pesquisas não são descartadas, principalmente quando a vaga em questão exige determinados interesses. "Para algumas posições, onde é preciso encontrar uma pessoa alinhada a determinado perfil, é interessante usar o Facebook como um complemento. O problema é que muitos candidatos potenciais não oferecem acesso às suas páginas ou não incluem dados que demonstrem seus interesses pessoais na rede", diz a executiva.
As expectativas de Andrade para o futuro são positivas em relação ao uso da rede nos processos de seleção, embora sua participação no recrutamento de talentos ainda seja tímida no país.
"É preciso ter muito cuidado na hora de se levar em conta um perfil. As pessoas são diferentes em ambos ambientes - offline e on-line - e o profissional precisa estar apto a identificar e a avaliar essas nuances", afirma. "A utilização da plataforma requer treinamento, mas acho que no futuro devem surgir especialistas capazes de fazer essa análise comportamental", completa a executiva.